Acusados de atear fogo em moradores de rua em Brasília vão à júri popular

Os cinco acusados teriam jogado gasolina em dois moradores de rua, em Santa Maria

Correio Braziliense

Os cinco acusados de atear fogo em dois moradores de rua em Santa Maria, em fevereiro do ano passado, vão à júri popular na manhã desta quinta-feira, no Tribunal do Júri da cidade.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o crime ocorreu quando um dos acusados, incomodado com a presença dos moradores de rua, Paulo Cézar Maia, 42 anos, e José Edson Miclos de Freitas, 26 anos, nas proximidades do comércio dele, ofereceu R$ 100 para quem o ajudasse a espantar as vítimas do local.

Um dos acusados teria ateado fogo na parte de trás de um sofá onde um dos mendigos estava deitado, mas as vítimas, com ajuda de populares, conseguiram apagar o fogo e voltaram a dormir. Mais tarde, os acusados teriam despejado gasolina sobre as vítimas e ateado fogo nelas.

O caso

O crime ocorreu na madrugada do dia 26 de fevereiro, na QR 118 conjunto H, em Santa Maria. Os suspeitos teriam ateado fogo em um sofá e depois nas duas vítimas. José Edson teve cerca de 63% do corpo queimado pelas chamas, e não resistiu.

Já o morador de rua, Paulo Cezar, que teve 22% do corpo queimado, sobreviveu. Testemunhas informaram que as vítimas foram atacadas após rirem dos agressores, que só tinham ateado fogo no sofá.

http://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2013/01/24/interna_nacional,345671/acusados-de-atear-fogo-em-moradores-de-rua-em-brasilia-vao-a-juri-popular.shtml#.UQEfVMwxUp0.gmail

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

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Inscrições de projetos no Fundo Fiduciário da ONU pela Eliminação da Violência contra a Mulher vão até 12 de fevereiro

As inscrições de projetos no Fundo Fiduciário das Nações Unidas pela Eliminação da Violência contra a Mulher (UN Trust Fund) estarão abertas até o dia 12 de Fevereiro, às 23h59 (horário de Nova York).

O Edital do Fundo Fiduciário da ONU solicita propostas nas seguintes áreas de ação:

i. Fechamento da lacuna na implementação de Leis Nacionais e Locais, Políticas e Planos de Ação, que abordem a violência contra as mulheres;

ii. Enfrentamento da violência contra mulheres jovens e adolescentes.
Para organizações de sociedade civil de grande porte, governos e Equipes de País da ONU, o montante total do orçamento do projeto deve se manter dentro do limite mínimo de US$ 300.000 e o máximo de US$ 1 milhão, para períodos de dois a três anos.
Para organizações de sociedade civil de menor porte, especialmente organizações e redes comunitárias de mulheres, poderão ser consideradas propostas com orçamento mínimo de US$ 100.000.

Os projetos deverão ser apresentados no formato de Notas Conceituais e serão validadas somente propostas enviadas nos idiomas Inglês, Francês ou Espanhol. (mais…)

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Agricultoras podem concorrer a prêmio

Mulheres do campo e da floresta podem concorrer a prêmio criado para valorizar a contribuição feminina para o desenvolvimento sustentável, até 1º de fevereiro. A Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), irão premiar dez projetos, com R$ 20 mil cada, além de conceder um troféu para as 30 finalistas.

O foco é na produção e disseminação de conteúdos que subsidiem a Política Nacional para as Mulheres com participação e controle social. Serão aceitas trajetórias e experiências que se destacam pela viabilidade econômica, social, cultural e ambiental de organizações produtivas com, no mínimo, 70% de mulheres e ter presença feminina na direção geral.

O concurso irá avaliar o grau de articulação com o mercado local e as formas de organização interna e participação das mulheres nas decisões. Outro critério será como é a relação do trabalho que gera renda com o trabalho doméstico não remunerado. Serão premiadas as instituições que mais pontuarem a partir desses critérios. A premiação será dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, em Brasília.

Inscrições – As inscrições podem ser feitas pelo endereço eletrônico premio.mulheresrurais2013@spmulheres.gov.br ou por via postal: Secretaria de Políticas para as Mulheres – Prêmio Mulheres Rurais que Produzem o Brasil Sustentável, Via N1 Leste s/nº, Pavilhão de Metas, Praça dos Três Poderes, Zona Cívico-Administrativa, CEP: 70.150-908, Brasília-DF.

http://www.secom.gov.br/sobre-a-secom/acoes-e-programas/comunicacao-publica/em-questao/edicoes-anteriores/janeiro-2013/boletim-1700-23.01/agricultoras-podem-concorrer-a-premio?utm_campaign=Newsletteremquestao&utm_medium=Agricultoras&utm_source=Agricultoras.Podem.Concorrer.A.Premio&utm_content=230113

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Não adianta ficar incomodado com Django e Lincoln, mas ignorar a realidade

Leonardo Sakamoto

Sindicalistas percorrendo corredores de Brasília defenderam a MRV Engenharia por conta da sua reinclusão na “lista suja” do trabalho escravo. Uma vez que novos contratos de financiamento públicos estão impossibilitados enquanto ela estiver relacionada, a empresa enfrenta dificuldades de lançar obras.

O que é mais importante: novos empregos gerados ou a existência de escravos sob responsabilidade da empresa? Apesar do que possa parecer, não é uma resposta difícil. Mesmo que a quantidade de empregos gerados, muitos deles de boa qualidade pela MRV, seja muito maior do que a de escravos encontrados.

Afinal, a existência de trabalho escravo direto ou indireto é um termômetro do comportamento adotado por uma corporação para atingir seus objetivos. E a resposta que damos a ele é um bom indicador sobre o patamar de decência da sociedade em que essa corporação está inserida.

Trabalho escravo contemporâneo não é uma simples falha de operação ou resquício de práticas sob responsabilidade de mentes tacanhas que sobreviveram temporariamente ao capitalismo. Mas pode ter uma utilidade para o desenvolvimento de determinados empreendimentos, ajudando na competitividade e fazendo parte de uma política de redução de custos atrelada à redução de direitos via terceirização ilegal. Que tem também como consequência a concorrência desleal e o dumping social. (mais…)

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Não somos classe média, não somos morenos

Por Ramatis Jacino

Trezentos e cinqüenta anos de escravidão e 124 de discriminação racial condenaram à marginalização econômica e social a esmagadora maioria dos descendentes de escravizados no Brasil. À exclusão somou-se uma série de adjetivos para justificar a escravidão e o racismo. Negro, no Brasil, tornou-se sinônimo de criminoso, desonesto, ocioso, ignorante, imoral etc. Por outro lado, os poucos que, driblando as colossais barreiras impostas pelo racismo, conquistam alguma ascensão social, são imediatamente “promovidos” à morenos, mulatos, escurinhos. (mais…)

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Setor elétrico: a batalha da comunicação

Heitor Scalambrini Costa*

A questão energética definitivamente esta incorporada no debate da sucessão presidencial. Ela o foi na eleição de 2002. Assunto que rendeu após o racionamento de longos 8 meses, pela barbeiragem do governo FHC, que preferiu obedecer aos ditames do FMI quanto ao ajuste fiscal, ao invés de investir na geração e transmissão de energia. Sem dúvida a falta de energia para atender as necessidades da população com o corte imposto de 20%, contribuiu decisivamente para a derrocada do seu candidato, indicado para sucedê-lo.

Em 2008, voltou em destaque. E o País passou “raspando” de um novo racionamento. Em 2010, 2011 e 2012 as interrupções temporárias no fornecimento de energia proliferaram Brasil afora. Nunca antes na história recente tivemos tantos “apagões” e “apaguinhos”, atingindo as varias regiões do Sul ao Norte, do Leste ao Oeste, caracterizados por uma grande freqüência e longa duração no tempo. São Pedro, equipamentos com defeitos, mão de obra desatenciosa, foram alguns dos responsáveis aos olhos do governo federal.

Agora, no inicio de 2013 os níveis de água dos reservatórios das hidrelétricas atingiram patamares semelhantes aos alcançados no racionamento de 2001/2002. O alerta amarelo foi acionado, e voltou-se a discutir o porque do sistema elétrico brasileiro viver aos sobressaltos.

Nestes episódios recorrentes já se passaram 12 anos desde o maior racionamento da história brasileira, e verificou-se neste período que as tarifas não pararam de aumentar, e a qualidade dos serviços oferecidos à população, deterioraram. (mais…)

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Asfoc-SN, Fórum de Saúde do RJ e Frente Nacional contra a Privatização da Saúde na luta em defesa da Aldeia Maracanã

O Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN), o Fórum de Saúde do Rio de Janeiro e a Frente Nacional contra a Privatização da Saúde apoiam a luta da Aldeia Maracanã, marco museográfico e patrimônio histórico-cultural. Nesse sentido, subscrevem a nota pública abaixo, emitida pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Rio de Janeiro (CEDDH/RJ.

Nota Pública

O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Rio de Janeiro (CEDDH/RJ) vem a público manifestar seu profundo repúdio à tentativa de demolição do prédio que abrigou o primeiro Museu do Índio da América Latina, atual Aldeia Maracanã, por parte do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

O Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro (CPMC/RJ), por determinação do Decreto Municipal 20.048/2001, tem competência para deliberar acerca da demolição e da alteração das edificações construídas até 1937. Em dezembro de 2012, o CPMC/RJ posicionou-se contrário à demolição do antigo Museu do Índio, prédio que data de 1865 e atualmente é um importante espaço para diversas etnias indígenas. (mais…)

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México: Huelga de hambre contra el maíz transgénico?

Carta de la Unión Nacional de Organisaciones Regionales Campesinas Autónomas (UNORCA)

(Carta al pueblo y gobierno de México: Manifiesto del Maíz: NO al Maíz transgénico)

Ciudad de México, 21 de enero de 2013

APRECIABLE COMPAÑERO(A):

Este miércoles 23 de enero iniciaremos una etapa de lucha contra la siembra de maíz transgénico en nuestro país, consistente en un ayuno colectivo en el Ángel de la Independencia. Nos plantaremos en ese simbólico lugar un grupo de dirigentes nacionales de nuestra organización procedentes de más de 20 estados de la república.

En ese acto de mortificación voluntaria del propio cuerpo como manifestación cívica, también recordaremos a los cerca de 30 millones de compatriotas que cada día no encuentran alimento suficiente para llevar a sus bocas.

Queremos llegar a las mentes y los corazones de la gente de México y el mundo para compartir nuestra preocupación por la salud, la cultura y la economía de nuestra nación, deterioradas por un modelo de desarrollo que favorece a una minoría, incluidas las empresas trasnacionales que ahora conspiran para apoderarse de una de las mayores riquezas de nuestros pueblos: el maíz. (mais…)

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Protestos contra ordem racista fazem Secretaria prometer explicações

Da Redação

S. Paulo – A tentativa do comando da Polícia Militar de S. Paulo de abafar o caso da Ordem de Serviço em que a 2ª Companhia do Batalhão de Campinas é orientada a fazer revistas “especialmente em indivíduos de cor parda e negra com idade aparentemente de 18 a 25 anos”, alegando ter havido equívoco na redação e designando um porta-voz negro – o Capitão Sérgio Marques – para falar do caso, não pegou.

Indignados com a orientação de caráter racista do comando da PM, lideranças negras procuraram a Secretaria de Segurança Pública na manhã desta quarta-feira (23/01) para pedir explicações ao Secretário Fernando Grella, a quem a Polícia paulista – inclusive a PM – está subordinada.

Segundo o diretor executivo da Educafro, Frei David Raimundo dos Santos, os líderes foram recebidos pelo Secretário adjunto de Grella, Antonio Carlos da Ponte, a quem foi entregue documento com três reivindicações: 1) levantamento de todos os casos de registro de Boletins de Ocorrência de brancos e negros na Companhia de Campinas; 2) quantos são os casos de anotação de prisões e mortes nestes Boletins; 3) o registro de todos os casos de morte no Estado de S. Paulo, com o perfil étnico das vítimas, idade e sexo, de janeiro de 2011 a dezembro de 2012. (mais…)

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Morte de índia extingue idioma e cultura de tribo amazônica

Busi morreu pouco depois da visita da BBC à sua tribo, no interior da Amazônia boliviana

Em uma voz firme e profunda, Bose Yacu entoa os cânticos que ela aprendeu com seu pai na região boliviana da floresta Amazônica, há 50 anos.

“Meu pai, Papa Yacu, cantava esse quando ele via trilhas de porco e saía para caçar… já esse outro, quando colhia amêndoas… e esse outro era para mostrar que vínhamos em paz, quando visitávamos alguém”, explica Bose, ao fim de cada canção.

Sentada do lado de fora de sua casa feita de madeira, Bose – uma mulher magra com longos cabelos negros presos em um rabo de cavalo – era a mais velha dos pacahuaras e a única que ainda mantinha algumas das tradições da sua tribo, como usar uma franja e um pequeno pedaço de pau em seu nariz, com uma pena vermelha de cada lado.

Quando eu a visitei em seu vilarejo, em setembro, senti que suas histórias e cânticos escreveriam o último capítulo da história de sua tribo.

Bose morreu recentemente, deixando cinco irmãs: as últimas pacahuaras do mundo.

A notícia de sua morte não foi manchete em nenhum jornal, mas foi uma imensa perda, já que as pacahuaras não têm para quem transmitir seus conhecimentos. (mais…)

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