“Só se eu arranjasse uma coluna de ferro pra aguentar mais…”

Síntese de Tese de Doutorado sobre o que acontece com os trabalhadores rurais na colheita do feijão no município de Unaí, Noroeste de Minas

Por Gilvander Luís Moreira

1 – Primeiras palavras…

Primeiro, agradecemos, de coração, à Dra. Magali Costa Guimarães pela pesquisa realizada junto aos trabalhadores da colheita de feijão no município de Unaí, que, além da grande produção de grãos, está sendo questionado, porque, segundo Relatório do deputado federal Padre João: “Em média, por ano 1.260 pessoas contraem câncer no município de Unaí”, o que é gravíssimo. A Tese de Magali é mais um argumento científico que temos para fortalecer a luta pela produção de alimentos saudáveis e de qualidade, sem agrotóxicos, com respeito à dignidade dos trabalhadores. A Tese, abaixo, resumida, demonstra a grande injustiça que envolve a produção de feijão pelo agronegócio no Noroeste de Minas.

O uso indiscriminado de agrotóxicos adoece inclusive os trabalhadores da colheita do feijão. O pagamento por produção impõe a intensificação do trabalho, o que arrebenta com a saúde dos trabalhadores. As condições precárias de transporte, a bóia fria, as deficientes condições sanitárias, a concorrência incentivada entre os trabalhadores, dentre outros fatores, afetam dramaticamente a saúde dos trabalhadores. Muito mal-estar e pouco bem-estar! Enfim, o custo humano envolvido na produção do feijão é enorme, infelizmente não é considerado na hora de alardear Unaí como um celeiro de graus. Quantos trabalhadores estão ficando com a coluna arrebentada? Quantos foram encostados porque se desgastaram na colheita do feijão? (mais…)

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Belíssimo! Que venha do Paraguai uma primeira lição da vitória dos sonhos neste 2013!

Enviado para Combate ao Racismo Ambiental por Ruben Siqueira, com o comentário: “este vídeo, sobre pobres do Paraguai que fazem música da melhor reciclando materiais do lixo é emocionante. No primeiro dia do ano novo – depois deste 2012, em que não faltou quem faz lixo dos nossos sonhos e lutas – me fez reafirmar a fé nos trabalhadores pobres como construtores do mundo novo! Feliz seja este ano de lutas e sonho!”. Valeu, Companheiro querido! TP.

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“Antes que fuéramos tu y yo, éramos un nosotros y éramos uno solo”

San Cristóbal de las Casas, Chiapas – El segundo día del seminario “Planeta Tierra: Movimientos Antisistémicos” trajo experiencias de lucha norteamericanas, a través de las ponencias de Emory Douglas, ex integrante del partido de los Panteras Negras, y de un representante del Movimiento por la Justicia del Barrio de Nueva York.

Testo y Fotografías: Luiza Mandetta, Frederico Ravioli y Fábio Alkmin
Traducción: Brisa Araujo

Panteras Negras: historia de lucha

Emory dibujó un panorama de la segregación que sufrían los negros en Estados Unidos y de la resistencia construida por ellos alrededor del país. En los años sesenta y setenta, el Partido Demócrata se aprovechaba de la mayoría analfabeta de la población para mantenerse en el poder, utilizando como símbolo la figura de un gallo. En respuesta a esto, la población negra y pobre se organizó con el símbolo de la pantera negra, en la defensa de sus derechos y ciudadanía.

El partido de los Panteras Negras pasó a organizar desde abajo soluciones para los problemas causados por la negligencia y la segregación que sufrían. Son ejemplos clínicas de salud, programas de alimentación para los que no podían comprar comida y escuelas en las comunidades de Oklahoma, con proyecto curricular basado en la capacitación para el pensamiento crítico y conectado a la realidad vivida por los alumnos. El ex-Pantera Negra también recordó la importante participación de las mujeres, que muchas veces eran mayoría en los trabajos comunitarios y asambleas. Una de ellas, dijo Emory, fue protagonista del estopín de toda la movilización por los derechos de la población negra, cuando se sentó en la parte delantera de un autobús reservada entonces para los blancos, y se rehusó a salir de allí. (mais…)

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Contra la crisis, repensar completamente la realidad de la Tierra

François Houtart

Construcciones de autonomías y luchas por la libre determinación a lo largo de América se escucharon en castellano, inglés, tzeltal y tzotzil en el segundo día del seminario Planeta Tierra: Movimientos Antisistémicos.

Desinformémonos
Foto: Moyséz Zúñiga

México. Experiencias diversas de resistencia y autonomía en Estados Unidos, Puerto Rico y Chile, así como un llamado a repensar totalmente la realidad humana, se compartieron durante el segundo día del tercer Seminario Internacional de Reflexión y Análisis “Planeta Tierra: Movimientos Antisistémicos”, que se realiza en CIDECI-Universidad de la Tierra en San Cristóbal de las Casas, Chiapas.

Francois Houtart, sacerdote católico y sociólogo marxista, saludó a la resistencia zapatista señalando que sobre la posibilidad de construir otro sistema, hay quienes lo dicen y quienes lo hacen; a estos últimos pertenecen los zapatistas, que son una inspiración “para construir el otro mundo”, apuntó. (mais…)

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Condenados por lutar

Por Elaine Tavares, em Palavras Insurgentes

Elke Debiazi é uma mulher jovem, bonita, ponderada, com certa doçura no jeito de se expressar. Mas, que ninguém se engane, quando precisa ela vira fera, seja para defender seus direitos ou proteger a filha de 11 anos. Foi guerreira durante toda a faculdade, feita na UFSC. Tão logo entrou no curso de História, percebeu que aquela universidade não podia ser como era. E começou a luta por uma Universidade Popular. Antenada, passou a militar num grupo organizado, percebendo que só no coletivo as coisas mudam de fato. Passou pelo Centro Acadêmico e logo estava no Diretório Central dos Estudantes, disposta a fazer uma universidade nova. Assim, esteve presente em todas as lutas que aconteceram nos anos de universidade. Um desses anos em particular, mudou sua vida. Foi o de 2005. Nele ela iria se encontrar com a difícil condição de ser considerada uma “criminosa social”, com todas as implicações que isso pode trazer a alguém.

O ano de 2005 foi intenso na UFSC. Primeiro foram os estudantes que começaram uma luta renhida pela melhoria das chamadas bolsas-treinamento. Naqueles dias, a UFSC pagava 250,00 e o aluno era obrigado a cumprir uma jornada de quatro horas diárias. Nela, em vez de estudar ou fazer pesquisa, os estudantes atuavam como trabalhadores técnico-administrativos. Esse tipo de bolsa já vinha sendo questionado inclusive pelo Ministério Público, que orientava um ajuste de conduta havia sete anos. Assim, naquele ano a indignação chegou ao auge, gerando inclusive, duas greves de bolsistas. Era o mês de junho, as negociações não avançavam, o Conselho Universitário não se decidia a aumentar o valor da bolsa e os estudantes decidiram então por um ato radical: ocupar a reitoria. E foi o que fizeram. A movimentação garantiu que o Conselho decidisse finalmente discutir o assunto. Os estudantes não queriam apenas aumento do valor, mas também mudanças no sistema. A bolsa de estudos tinha de ser para estudar e deveria durar o tempo todo do curso, garantindo assim a permanência do aluno, sem a necessidade de renovação a cada semestre. Nesse processo, eles conseguiram o apoio irrestrito dos trabalhadores que também já vinham denunciando o uso do aluno como um tapa-buraco para os problemas administrativos. (mais…)

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A NESA afirma que sim, mas o Sistema de Transposição de Embarcações não funciona em Belo Monte

Rampa improvisada para o transbordo das embarcações

Altamira/PA, 28 de dezembro de 2012

 A semana anterior ao Natal foi surpreendida com a circulação de uma matéria veiculada por uma das maiores mídias do País. A matéria dizia que o sistema de transposição para navegabilidade do rio Xingu, na área da ensecadeira do sítio Pimental, já estava concluído e em pleno funcionamento. A notícia logo se espalhou, mas para algumas pessoas que viajam constantemente para a volta grande do Xingu tudo isso não passava de mais uma grande mentira da Norte Energia (NESA).

Hoje às 09h30m uma equipe composta por nove pessoas, entre estas um cinegrafista, uma repórter, ativistas socioambientais, um pescador, artistas que divulgam a luta contra Belo Monte e o piloto da voadeira, dirigiram-se até a ensecadeira para saber a verdade dos fatos. Encontraram o seguinte: (mais…)

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