Nota de Apoio da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados à Aldeia Maracanã

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) se solidariza com o povo da Aldeia Maracanã, comunidade indígena que se opõe à desocupação e à demolição do prédio do antigo Museu do Índio no Rio de Janeiro.

A CDHM entende que o progresso e as melhorias pretendidas para a capital fluminense são necessárias, mas o poder público e a iniciativa privada só podem levá-las à frente sempre que esses projetos atenderem o que a lei prevê e num claro e justo acordo com a sociedade.

O coletivo parlamentar que presidimos ademais vê com preocupação a mobilização de intenso aparato policial para cerco ao local e a pressa com que os governos municipal e estadual do Rio de Janeiro querem fazer a retirada dos ocupantes do prédio. É inaceitável que, no estágio atual da democracia brasileira, um governador estadual, integrante de um partido da base de apoio ao governo presidencial, democrático e popular do PT, utilize métodos da ditadura para solução de problemas socais. (mais…)

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Dez Mandamentos para Jornalistas no Facebook e Twitter, por Leonardo Sakamoto

Eu sei que a ideia de “mandamentos” pode soar um tanto quanto arrogante. Mas, vivendo em uma sociedade com forte influência cristã, não há nada melhor para chamar a atenção e, indiretamente, fomentar uma certa culpa em nós pecadores. Resgato um debate que já passou aqui por este blog, quando me referi particularmente ao Twitter.

Estou um tanto quanto indignado com o que ando lendo no Facebook, com boatos e porcarias circulando como fatos checados em forma de notícia, reproduzidos por uma população de mortos-vivos que não pensam, não questionam, nada – apenas compartilham. Nada de novo, mas não precisa ser assim. Dá para ter em mente alguns cuidados, que não exigem mais do que o uso de uma fila indiana de neurônios cansados, que poupariam muita dor de cabeça futura.

Bem, como já escrevi aqui, fico assustado com a quantidade de coisa mal checada e precipitada que circula pelas redes sociais, principalmente em momentos de grande comoção. Fofoca sempre existiu, mas agora é transmitida em massa e em tempo real. As plataformas digitais em redes sociais, principalmente o Facebook e o Twitter, ajudam a mudar o modo como nos comunicamos e fazemos fluir informação pela sociedade, alterando – consequentemente – as estruturas tradicionais de poder. Mas se elas ajudam a formar, também desinformam.

Tem sempre um pilantra distorcendo informação e divulgando-a, achando que está ajudando ou com o intuito de prejudicar. Ou aqueles que misturam realidade e desejo, fato e ficção, consciente ou inconscientemente. (mais…)

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Autores da morte de Rubens Paiva poderão ser identificados

Por Patrícia Brito, de São Paulo

O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Cláudio Fonteles, divulgará em fevereiro relatório que, segundo ele, ajudará a identificar os responsáveis pela morte do ex-deputado federal Rubens Paiva, desaparecido há 42 anos pela ditadura militar.

Na semana passada, Fonteles já havia anunciado que o texto de sua autoria comprovará, com base em documentos do Arquivo Nacional, que Paiva foi morto por agentes da ditadura no DOI-Codi –um dos principais centros de repressão do regime–, no Rio de Janeiro.

Apesar de não identificar os autores do assassinato, o coordenador afirma que os novos documentos ajudarão a chegar até eles e que esse é o objetivo de suas pesquisas. “Pode se chegar sim [a essas pessoas], esses textos vêm para isso”, disse Fonteles. (mais…)

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Grécia manifesta-se contra o racismo e a xenofobia, após assassinato de paquistanês

Entre 3000 e 5000 pessoas marcharam, este sábado, em Atenas, contra o racismo e o aumento das violência xenófoba na Grécia. A manifestação foi convocada na sequência da morte de um imigrante paquistanês, esfaqueado por dois homens, nos subúrbios da capital, quando seguia de moto para o trabalho na quarta-feira de manhã.

Dois gregos, de 25 e 29 anos, foram detidos pela polícia que, para além armas brancas e munições, encontrou inúmeros panfletos do partido de extrema-direita radical “Aurora Dourada” em casa de um dos suspeitos. (mais…)

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Spike Lee, Tarantino e racismo

Linguagem é poder, como sabem economistas, advogados, marqueteiros e qualquer um que use jargão para demonstrar autoridade. Logo, é também política: uma guerra começa a ser ganha quando um indivíduo é chamado de “militante” em vez de “terrorista”, e vice-versa.

Spike Lee sempre teve consciência disso, e não por acaso se fixou num termo pejorativo –“nigger”– para atacar diálogos escritos por Quentin Tarantino nos anos 1990.

A controvérsia foi citada num ótimo filme do cineasta negro, “Bamboozled” (2000), que fala de um executivo de TV cujo emprego é salvo por um seriado racista.

Há algumas semanas, Lee voltou à carga, a pretexto de “Django Livre”. O filme, que estreia hoje no Brasil, é mais uma paródia tarantinesca cheia de sangue e glória pop, desta vez usando referências do faroeste italiano para acompanhar um ex-escravo (Jamie Foxx) nos Estados Unidos de 1858. Como quase sempre nesse tipo de briga, há um tanto de oportunismo e autopromoção. Mas é interessante perceber o que está sendo de fato discutido. (mais…)

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“O mundo do trabalho”: impasses da atual classe trabalhadora

Por João Paulo

As greves vão voltar. O que é muito bom para a economia, para a política e para a sociedade. Os momentos de confronto entre capital e trabalho foram, historicamente, determinantes da evolução das relações laborais. Sem greves, não teríamos jornada de trabalho regulamentar, férias, salário mínimo e outros direitos trabalhistas. Foi por meio do conflito que se plasmaram os avanços, até criar um solo inegociável de regras, que pode ser traduzido como dignidade.

No entanto, de uns tempos para cá, a falsa noção de modernidade vem tentando solapar as bases sobre as quais se fundam as relações trabalhistas, em nome da competitividade que tem como objetivo apenas os resultados econômicos. Assim, vai ganhando corpo a ideia da desregulamentação extrema, que transforme o direito trabalhista em um conjunto de acordos, quase sempre feitos em torno de situações extremas, em que a parte mais fraca é sempre o trabalhador.

O curioso é que, muitas vezes, partem de alguns sindicatos, ou de entidades que se dizem sindicatos, propostas de desmontagem da estrutura de proteção social criada ao longo dos séculos pela luta dos trabalhadores. A atual situação econômica do país não deixa dúvida: precisamos de mais direitos, não de menos garantias. A todo momento, continuam a ser denunciados de trabalho escravo a formas perversas de assédio moral que visam tornar o trabalhador o elo mais fraco dessa cadeia. (mais…)

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PEC da Impunidade provoca visão dupla sobre o combate ao crime

Dois grupos se contrapõem na análise de proposta que tira poder de investigação do MP: um diz que ela abre espaço para a impunidade e o outro a vê como instrumento da legalidade

Maria Clara Prates – Estado de Minas

Um manifesto público contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37, que retira o poder de investigação criminal do Ministério Público (MP), hoje com cerca de 13 mil assinaturas colhidas nas redes sociais, põe mais lenha na fogueira do debate entre essa instituição e as polícias Civil e Federal do país. A proposta é chamada de “PEC da Impunidade” pelo grupo contrário a ela e de “PEC da Legalidade”, pelos que a defendem, mas o argumento central dos dois lados é um só: a garantia dos direitos individuais do cidadão. (mais…)

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20 de Janeiro – Lançamento do Dia Nacional da Consciência Indígena, na Aldeia Maracanã

O Dia Nacional da Consciência Indígena é uma ideia que estava germinando na cabeça de Marcos Terena desde 1985, quando subiu a Serra da Barriga, acompanhando o Movimento Negro Brasileiro, que comemorava o tombamento da montanha em que Zumbi dos Palmares enfrentou os colonialistas escravizadores e morreu defendendo a liberdade e igualdade de todos no Brasil.

Cunhambebe e Aimberê, guerreiros Tubinambá, também se revoltaram contra a escravização dos povos indígenas no Brasil. Organizaram a Confederação Tamoio com indígenas de Campos até São Paulo e combateram heroicamente contra os colonialistas e escravizadores portugueses.

Com a derrota da Confederação Tamoio, o resultado da guerra que envolveu os franceses que forneciam armas aos Tamoios e portugueses que foram buscar apoio junto aos Tupiniquins em Niterói, foi a fundada a cidade do Rio de Janeiro  por Estácio de Sá,  em 1° de março de 1565, com o objetivo de estabelecer uma fortificação, para impedir futuras revoltas indígenas e invasões de outros poderes coloniais.

Para lembrar a história de luta dos Povos Indígenas na construção do Brasil, os representantes dos povos indígenas, atualmente aldeados no antigo Museu do Índio ao lado do Maracanã no Rio de Janeiro, local que ele batizaram de “Aldeia Maracanã”, pegaram a ideia de Marcos Terena e irão aproveitar hoje, 20 de Janeiro de 2013, dia do Padroeiro da cidade, São Sebastião do Rio de Janeiro, para lançarem nacionalmente o“Dia Nacional da Consciência Indígena” e assim divulgarem sua embaixada para toda a humanidade. (mais…)

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Projeto da Prefeitura na candidatura vencedora às Olimpíadas mantém ex-Museu do Índio

Vídeo compartilhado por Ana Paula Medeiros, arquiteta e urbanista, via Vanessa Rodrigues, com o comentário: “este é o verdadeiro projeto da prefeitura para a urbanização do entorno do Maracanã, com a manutenção do antigo Museu do Índio, do estádio Célio de Barros e do Parque Aquático Júlio Delamare. Esse projeto ajudou a candidatura do Rio às Olimpíadas de 2016 e precisa ser respeitado!”

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