Para Vítor. Com muita dor

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Não saberemos jamais quem você seria se tivesse a chance de crescer, menino Kaingang, nesse Sul onde infelizmente não são poucos os que te querem e aos teus fora do mapa. Dos mapas. Uma liderança indígena lutando pelos direitos do seu povo? Um alcoólatra dando motivo às críticas de sempre? Um doutorando recebendo elogios? Ou uma nota registrando, em uma década, mais um adolescente indígena suicidado pela nossa sociedade?

Este 2015 se fecha dentro de mim com um vasto sentimento de repugnância, mais forte até que o de indignação e revolta. No filmezinho que passa na minha cabeça, encerrado pela tua morte sem rosto, há muitos e muitos outros se entrechocando. E, infelizmente, estão longe de serem boas imagens. (mais…)

Ler Mais

Vítor, um menino Kaingang de apenas dois anos, é assassinado enquanto era amamentado pela mãe

Nota do Cimi Regional Sul

O Conselho Indigenista Missionário, Regional Sul, vem a público manifestar sua indignação com o cruel assassinato de Vítor Pinto, criança Kaingang de dois anos de idade. O crime ocorreu na rodoviária de Imbituba, município de Santa Catarina.

Vitor estava sendo amamentado pela mãe, Sônia da Silva, quando um homem se aproximou, acariciou seu rosto e, com um estilete, o degolou. Enquanto a mãe e o pai – Arcelino Pinto – desesperados tentavam socorrer a criança, o assassino seguiu caminhando pela rodoviária até desaparecer. (mais…)

Ler Mais

Seletividade pouca é bobagem [menino indígena assassinado não sai no jornal]

Por Daniela Felix*, em Combate Racismo Ambiental

Desde domingo passado, dia 27/12, nossos veículos midiáticos estaduais foram tomados por forte comoção, em razão da triste morte de um ciclista, jornalista notório e empresário de sucesso, vítima de atropelamento na SC 401.

A cerimônia de despedida foi marcada pela presença das ilustres classes política, econômica e de comunicação do Estado. (mais…)

Ler Mais

Menino indígena de 2 anos é morto em frente a rodoviária no Sul de SC

Atualização: as notícias mais recentes – do final da noite de ontem e desta madrugada de 31/12 – dizem que o rapaz preso era inocente e foi liberado (parece que após ser autuado por posse de pequena quantidade de droga). A mãe continuava em estado de choque e ainda sem condições de prestar depoimento. A família – Kaingang – estava mesmo em Ibituba para vender artesanato. A Funai já está atuando, e vai levar o corpo da criança (Vítor) e seus pais de volta a Chapecó. (Tania Pacheco)

*

Criança estaria ao lado da mãe quando desconhecido atacou. Suspeito do crime, jovem foi preso às margens da BR-101, em Imbituba.

Do G1 SC

Uma criança indígena foi assassinada por volta das 12h desta quarta-feira (30) em Imbituba, na região Sul de Santa Catarina. Segundo a Polícia Militar, o garoto de dois anos estava com a mãe em frente à rodoviária da cidade quando um homem se aproximou e cortou o pescoço do menino com uma faca. Ele morreu na hora.

(mais…)

Ler Mais

Rádio Yandê lança Revista com sua Retrospectiva 2015 (para ler e baixar)

Combate Racismo Ambiental

A Rádio Yandê está lançando sua Retrospectiva 2015: uma revista de 38 páginas escritas e/ou editadas por indígenas, com o objetivo de registrar “grande fatos e momentos que ficarão na memória dos povos por gerações”. De acordo com a apresentação, são lembranças “deste ano turbulento e danoso ao movimento indígena e à humanidade”, no qual também aconteceram “momentos de avanços gerado pela união dos que buscam um futuro com perspectivas, de força e amor”. E muita luta, claro. (mais…)

Ler Mais

Perú – Problema social silencioso: Suicidios de jóvenes indígenas en Loreto

Por Sonia Condori Sánchez, em Servindi

29 de diciembre, 2015.- La madrugada del 28 de enero del 2015, Rita Catashunga, alertada por sus vecinos de la ciudad amazónica de Nauta, corrió del puerto hacia su casa. Ahí encontró a la policía, la fiscalía y un cuadro estremecedor al ver muerta a su hija de 15 años. “Dorita” se había suicidado.

Este  caso se suma a otros reportes de suicidios de adolescentes en Nauta e Iquitos. Nauta está a 100 kilómetros de Iquitos, en la región de Loreto, al noreste del Perú. (mais…)

Ler Mais

MS – Conflito, morte de indígena e CPIs rivais marcaram disputa por terra

“A reportagem esteve no local [das fazenda retomadas] durante três dias e mostrou como as famílias se organizaram para se manifestar evitando destruir o patrimônio dos fazendeiros. Um móvel com pratos decorativos e uma cristaleira no primeiro cômodo da entrada da casa cheia de xícaras e utensílios de porcelana intactos chamou a atenção dos repórteres”. (Leia AQUI)

Por Caroline Maldonado no Campo Grande News

O ano de 2015 não foi muito diferente para comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul, quando se fala em disputa de terra. Sem resposta do Governo Federal, eles ocuparam fazendas, vieram novas liminares para despejo, tiroteios, Exército, Força Nacional e mais uma morte, a do Kaiowá Semeão Fernandes Vilhalva, 24 anos, baleado em agosto. (mais…)

Ler Mais

MS – Fazendeiros atacam indígenas de Tey’i Jusu com agrotóxicos

“Debaixo do veneno, crianças, velhos, pessoas da etnia indígena Kaiowa que tentam viver sua cultura e plantar seu alimento em paz sobre seu território ancestral”.

Em Correio do Brasil

Uma nova denúncia, desta vez filmada por um líder indígena, mostra ação de supostos fazendeiros da região de Caarapó, no Mato Grosso do Sul, pela expulsão das famílias que permanecem no acampamento Tey’i Jusu, da etnia Kaiowá. De acordo com a filmagem “fazendeiros da região despejam agrotóxico sobre as famílias”. (mais…)

Ler Mais

Por qué me niego a celebrar Navidad, por Ollantay Itzamná*

Si en el siglo III, Aureliano estableció el 25 de diciembre como fiesta de Natalis Solis Invicti; en la segunda mitad del siglo XX, el señor Mercado (con la complicidad de las iglesias) instauró el 25 de diciembre como la celebración demencial de la consumopatia global, en nombre de Dios.

Em Servindi

Por varios años creí ciegamente que cada 25 de diciembre nacía Dios-con-nosotros (Emanuel) para salvar a la humanidad de su perdición.

De un tiempo a esta parte, las contrastantes realidades me inquietaron a sospechar de las verdades/creencias aprehendidas como doctrinas. Puse en “riesgo” mis seguridades existenciales, y comencé a ensayar preguntas sobre mis “verdades constitutivas”, y fue así que la duda me abrió los horizontes. (mais…)

Ler Mais