‘Invasões’ x ‘Ocupações’. Por um curso intensivo para jornalistas, por Alceu Luís Castilho

Como ensinar a editores distraídos a diferença entre ocupação e invasão? Sem complicar muito, com rápidas pinceladas de Constituição e história do Brasil?

No Outras Palavras

Não se trata de algo inocente, como sabemos. Chamar uma ocupação de “invasão” tem consequências graves para a luta política. Para a disputa por espaços. A favor de quem detém o poder, e a favor do nivelamento por baixo, da banalização das verdadeiras invasões. Invasões = assaltos. Uma coisa feia. Um abuso. Violência.

(Como, invadir não significa exatamente assaltar? Deem um Google em “Invadir” e “assaltos” ou “assaltantes” e vejam como as palavras estão estatisticamente associadas.) (mais…)

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Por que 200 soterrados por uma mina em Mianmar não geram catarse?, por Alceu Castilho

Ocidente minimiza catástrofe no Sudeste Asiático motivada por ganância de mineradoras; qualquer semelhança com Minas Gerais não será mera coincidência

Em Outras Palavras

Tome-se a editoria de Internacional do Estadão nesta segunda-feira. Ela que já foi a mais completa do jornalismo brasileiro. Procure-se a última notícia. Lá está: “Deslizamento de mina deixa pelo menos 100 mortos em Mianmar”. Mas há outros 100 trabalhadores desaparecidos. Ou seja, soterrados. Observem a matemática do crime: são duzentos assassinados por falta sistemática de segurança nas minerações de jade – a pedra preciosa. Certamente pendurada em alguns pescoços elegantes pelo planeta. (mais…)

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Entidades provocam MPF contra coronéis da mídia

Ministério Público Federal recebeu, nesta segunda (23/11), representação assinada por 13 entidades da sociedade civil contra 40 deputados e senadores donos de emissoras de rádio e TV

FNDC

Treze organizações da sociedade civil protocolaram, nesta segunda (23/11), representação no Ministério Público Federal (MPF) contra 32 deputados e oito senadores sócios de emissoras de rádio e TV. A representação se baseia no Art. 54, I e II da Constituição Federal, que proíbe a políticos titulares de mandato eletivo possuírem ou controlarem empresas de radiodifusão e empresas que gozem de favor decorrente de contrato com a União. Além de pedir o cancelamento das concessões, permissões e autorizações de funcionamento dessas emissoras, as signatárias também pedem a responsabilização do Ministério das Comunicações pela falta de fiscalização do serviço público de radiodifusão.

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A promiscuidade obscena dos políticos donos de rádio e TV

No Blog do Sakamoto

A Constituição Federal determina que senadores e deputados não podem manter contratos com concessionárias de serviço público, tais como rádios e TVs, entre outros. Usando uma concessão pública de mídia em causa própria, eles podem desequilibrar a democracia, favorecendo interesses pessoais, atacando adversários políticos, facilitando a sua própria eleição e a sua perpetuação no poder. Pedi para Pedro Ekman, conselheiro do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação e produtor audiovisual independente, escrever um texto para este blog explicando uma ação movida pelo Ministério Público Federal em conjunto com organizações da sociedade civil para cassar as licenças de rádio e TV de 40 políticos donos de mídia no país: (mais…)

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MPF receberá representação contra políticos donos de rádio e TV

Intervozes

Entidades da sociedade civil defensoras do direito à comunicação e da democratização da mídia entregarão na manhã desta segunda-feira (23/11), ao Ministério Publico Federal (MPF), uma representação denunciando 32 deputados federais e oito senadores por serem concessionários de rádio e TV. A expectativa é de que o MPF, por meio de suas sedes estaduais, entre com ações para cancelar as licenças. (mais…)

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MPF vai entrar com ações para cassar licenças de rádio e TV de 40 congressistas

Por Ricardo Mendonça, editor-adjunto de Poder, e Paula Reverbel, na Folha de S.Paulo

O Ministério Público Federal, por meio de suas sedes estaduais, promete desencadear ações contra 32 deputados federais e oito senadores que aparecem nos registros oficiais como sócios de emissoras de rádio ou TV pelo país.

Entre os alvos da iniciativa inédita -lançada com aval do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e coautoria do Coletivo Intervozes-, estão alguns dos mais influentes políticos do país, como os senadores Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, Edison Lobão (PMDB-MA), José Agripino Maia (DEM-RN), Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Tasso Jereissati (PSDB-CE). (mais…)

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Poder simbólico e manipulação

Por Thiago Burckhart*, para Desacato.info.

Pierre Bourdieu, um dos maiores pensadores do século XX, cunhou o termo poder simbólico. Essa categoria visa expressar e ao mesmo tempo denunciar os mecanismos de poder e dominação que se disseminam de modo invisível na dimensão simbólica da vida, por meio dos discursos e da comunicação de modo geral. Expressa, portanto, o poder das palavras enquanto potência no âmbito da vida de criar performatividades, ou seja, ações. (mais…)

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A mídia alternativa e a liberdade de expressão

A grande mídia tem sido beneficiada por um afrouxamento de seus limites. Já a mídia alternativa é reprimida, inclusive com o apoio da grande mídia

Por Pedro Estevam Serrano, em Carta Maior

Discutir as relações entre mídia e liberdade de expressão se faz cada vez mais necessário no Brasil, na medida que a desigualdade de direitos entre veículos tradicionais e plataformas menores se acentua. No caso da dita grande imprensa, esse direito é bastante dilatado, ao ponto de ser quase impossível alguém, que se julgue ofendido por algo que ela tenha veiculado, sair vitorioso em um pleito judicial.

É reiterada na nossa jurisprudência a dificuldade de se obter uma condenação de um grande órgão de imprensa. Em geral, as ações de defesa da honra acabam não progredindo ou sendo julgadas improcedentes e é nítida a percepção de que os tribunais têm protegido a liberdade de expressão da mídia commercial, desidratando eventuais limitações desse direito. (mais…)

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Omar Rincón: “Falta diversificar estéticas y poner más ciudadanos en la pantalla”

Profesor de la Universidad de los Andes de Colombia y director del Centro de Estudios en Periodismo (CEPER), señala que las televisiones públicas latinoamericanas diversificaron los mensajes pero aún no le abrieron las puertas a los sectores populares.

Por Liana Rodríguez, em Servindi

Reproducimos una entrevista de la Agencia de Noticias de la carrera de Ciencias de la Comunicación de la Universidad de Buenos Aires (ANCCOM) al crítico y académico colombiano Omar Rincón.

“La Ley de Medios amplificó la enunciación de mensajes, formó un colectivo audiovisual de emisión, pero falta diversificar estéticas y poner más ciudadanos en pantalla”, afirma Rincón en su diagnóstico sobre el nuevo territorio de los medios en Argentina. (mais…)

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Intervozes publica cartilha sobre ilegalidades praticadas no rádio e TV

Intervozes

Propriedade de meios por políticos e controle de vários veículos, venda ilegal de espaço na programação, excesso de publicidade e violações de direitos humanos nos programas policialescos são alguns dos problemas presentes no sistema de comunicação brasileiro. Para informar sobre tais práticas e apresentar formas de enfrentá-las, o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social lança a publicação “Caminhos para a luta pelo direito à comunicação no Brasil – como combater as ilegalidades praticadas no rádio e na TV”.

O estudo apresenta um panorama do setor de radiodifusão, discute os motivos pelos quais as infrações têm sido permitidas e aponta os impactos dessa lógica, como a concentração de poder e a exclusão das maiorias sociais dos espaços midiáticos. Com linguagem simples e ilustrações que ajudam a compreender um assunto abordado frequentemente de forma tecnicista, a publicação debate a regulação da mídia, prática democrática presente na maioria das democracias do mundo, bem como os desafios para sua efetivação no Brasil. (mais…)

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