RJ – Atualização da situação na Aldeia Maracanã 2

Marcelo Freixo pulando o muro para dentro da Aldeia Maracanã

Por Comitê Popular Rio Copa e Olimpíadas

18:10h – Sem conseguir o mandado favorável à invasão militar para desocupação da terra indígena Aldeia Maracanâ e vencido o prazo (até as 18hs) para consegui-lo, o ‘governo’ do Estado e os seus militares (PM-Choque) estão se retirando.Vitória! Vitória? Vitória… Os Saltimbancos nos ensinam: eles vão voltar. A resistência continua!

Salve a Aldeia Maracanã! Pela Constituição da 1a. Universidade Indígena do Brasil!
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Cerca das 14 horas – Após um período muito tenso em que se esperava a entrada da Polícia, o momento agora é de negociação do lado de fora. A informação que nos chega é a de que o Batalhão de Choque ensaiava uma entrada SEM mandado judicial, apresentando um documento inválido. Fala-se que toda a movimentação foi, portanto, em primeira análise, ilegal. Não há razão apresentada até o momento pelo governo do estado para o deslocamento do Choque até a Aldeia. Além disso, as pessoas que estão no interior da Aldeia estão impossibilitadas de sair, o que pode caracterizar cárcere privado.

A Polícia Federal interveio e, após uma conversa entre PF e o comandante da operação, as coisas parecem mais estáveis, mas existe a iminência de um mandado ser expedido a qualquer momento. Representantes da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, da Defensoria Pública da União, da PF e da PM/governo conversam saídas possíveis. Neste momento, o Defensor Público Daniel Macedo e o deputado estadual Marcelo Freixo, presidente da CDH/Alerj, entraram na Aldeia para conversar com os defensores da Aldeia. Do lado de fora, policiais do Choque colocaram as máscaras de gás, não se sabe se por pura provocação. (mais…)

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PE – Morte misteriosa do universitário Raimundo Matias Dantas Neto vai à ONU

O Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop), ONG que atua na área de de direitos humanos, encaminhou pedido de providências à Organização das Nações Unidas (ONU) em relação ao caso do estudante Raimundo Matias Dantas Neto, 25 anos, conhecido como Samambaia, encontrado morto no último dia 4, na Praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. Em nota pública divulgada ontem, o Gajop manifestou indignação e repúdio ao fato, já que existem fortes indícios de crime motivado por questões raciais.

No documento, além de ressaltar a necessidade do acompanhamento do inquérito policial, a ONG reitera a importância de cobrar às autoridades governamentais a criação de políticas públicas eficazes que combatam a prática de crimes semelhantes.

“Infelizmente, os dados sobre a morte de jovens negros são alarmantes em todo o Brasil. Uma cultura de violência, não poucas vezes levada a cabo pelo próprio aparato institucional, associada a altos índices de impunidade. Apenas 4% dos casos de homicídios no Brasil têm os seus responsáveis identificados e condenados, o que incentiva a perpetuação da violência em suas mais variadas formas”, ressalta o Gajop, exigindo das autoridades estatais ações eficazes para que haja respeito ao direito de acesso à Justiça e aos direitos humanos, especialmente em relação à morte de Raimundo Matias Dantas Neto. (mais…)

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Bahia Singular e Plural: “Chegança de Mouros”

Por Josias Pires

“Chegança de Mouros” é uma manifestação da cultura popular inspirada na saga marítima portuguesa e nas lutas medievais travadas pelos europeus contra árabes, turcos e mouros. São encenadas, principalmente, por pescadores, que representam marujos e oficiais de um navio. O espetáculo pode durar até doze horas e se compõe de vários episódios independentes, que lembram as saudades que os marujos sentiam das suas terras de origem, os amores deixados nos portos e também as dificuldades enfrentadas durante as longas travessias marítimas, como as tempestades, naufrágios e brigas entre tripulantes. O ponto alto do espetáculo são as lutas contra os mouros, que acontecem em alto mar. (mais…)

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Che Guevara: A história por trás da foto mais famosa do século 20

Alberto Korda é o autor da foto mais famosa do último século

Comunista convicto, fotógrafo Alberto Korda nunca se preocupou com os royalties de sua foto. Apenas em 2000, quando uma empresa de bebidas usou a imagem para vender vodka, o cubano entrou com uma ação legal e saiu vitorioso

Todo dia 1º de janeiro comemora-se o aniversário da Revolução Cubana. Seja para homenagear, seja para criticar, o certo é que muitas pessoas relembram a data. O que nem todos sabem, contudo, é a história por trás da foto que registra um de seus personagens principais: Ernesto “Che” Guevara.

No dia 5 de março de 1960, durante uma cerimônia fúnebre que homenageava vítimas da explosão de um barco em Havana, Cuba, o fotógrafo cubano Alberto Korda registrou uma imagem de Che em um momento de concentração, parado, em pé, com um olhar compenetrado. A foto ganharia, mais tarde, o nome de “Guerrillero Heroico”.

Enquanto Fidel Castro discursava, Korda, que registrava o evento a cargo do jornal Revolución, percebeu Che parando por alguns segundos atrás do palanque e prestando atenção. Antes que ele fosse embora, o cubano clicou duas fotos do revolucionário argentino, uma na horizontal e outra na vertical. Como nenhuma das duas foi usada pelo jornal, o fotógrafo apenas as manteve em seu arquivo pessoal. (mais…)

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Nada contra, por Aline Valek

Murillo Chibana

Por Aline Valek

Não tenho nada contra homofóbicos. Eu, inclusive, tenho muitos amigos que são. O problema é que tem uns homofóbicos escandalosos, que não conseguem ser discretos. Ficam dando pinta que não gostam de gay, sabe? Tudo bem ser uma pessoa rancorosa e preconceituosa, mas não em público. Entre quatro paredes e bem longe de mim, tudo bem. Nada contra mesmo.

É impressionante o quanto eles se acham no direito de ficar com pouca vergonha na frente de todo mundo. Outro dia ouvi um cara dizer, em plena luz do dia e para quem quisesse ouvir, que “gay é abusado, mexe com homem na rua mais do que homem mexe com mulher”. Acredita? Mas já vi e ouvi coisas piores. “Tenho nojo de homem se pegando” ou “essas menininhas que se beijam não são bissexuais coisa nenhuma, só querem chamar atenção dos homens” ou ainda “te sento a vara, moleque baitola”, e por aí vai. E se alguém critica, logo apelam para “ah, foi só uma piada” ou “é a minha liberdade de expressão” ou ainda “está na Bíblia”. O horror, o horror. (mais…)

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O Museu do Índio é história…

Fotos: Ricardo Casarini

Contra o “negócio” Copa do Mundo, a beleza e a força do mundo indígena se levantam

Por Elaine Tavares

1556. Rio de Janeiro. Território Tupinambá

No meio da mata os Tupinambás espiam a baia. Desde há muito tempo (1502) que por ali havia chegado uma gente estranha. Traziam cruzes e armas que cuspiam fogo. Por anos foram empurrando os nativos para longe da praia, expulsando das terras que ocupavam em paz e destruindo seu modo de vida. Muitos tinham sido mortos, outros escravizados e uns poucos se embrenhavam para dentro da floresta, ainda livres. As batalhas eram frequentes, mas desiguais. Em 1554, um jovem índio chamado Aimbiré, filho do cacique Kairuçu, depois de ver o pai capturado e morto por conta dos maus tratos na fazenda de Brás Cubas, em São Vicente, consegue fugir do cativeiro e começa a reunir-se com chefes de grupos indígenas que ainda andavam livres pela região. É ele quem vai costurar uma aliança histórica de resistência. Naqueles dias andavam pela baia também os franceses, loucos para abocanhar riquezas. Os Tupinambás – que nos tempos da invasão dominavam todo o litoral – por algum motivo, acreditaram que aqueles poderiam ser amigos e se aliaram a eles para expulsar os portugueses. Lograram um pacto com os Goitacazes e os Guaianases, e essa parceria se configurou na famosa Confederação dos Tamoios, liderada por Aimbiré. Os indígenas pelearam por mais de 10 anos contra os portugueses. Traziam na pele a marca da opressão e queriam suas terras de volta. (mais…)

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RO – Kaxararis são capacitados para proteger território indígena

Com uso das leis ambientais, indigenistas e através da Cartografia Básica e uso de GPS (Sistema de Posicionamento Global, em inglês), 23 indígenas da TI Kaxarari se preparam para vigilância e proteção do seu território. A capacitação para formar vigilantes da TI foi promovida pela Energia Sustentável do Brasil (ESBR) com a parceria da Fundação Nacional do Índio (FUNAI). Os cursos de Cartografia Básica e Uso de GPS e Legislação Ambiental e Indigenista foram realizados no distrito de Extrema (aproximadamente 350 quilômetros de distância de Porto Velho), no período de 10 a 19 de dezembro de 2012.

Durante duas semanas os participantes estudaram as leis e aprenderam a utilizar GPS, bússolas, imagens cartográficas, de satélites, dentre outros equipamentos. Entre aqueles que participaram dos cursos, 14 serão contratados pelo período de um ano para trabalharem no Posto de Vigilância da Terra Indígena, sob a coordenação da FUNAI.

Os Postos de Vigilância, em construção pela ESBR nas comunidades indígenas Kaxarari, Igarapé Ribeirão, Igarapé Laje e Uru-Eu-Wau-Wau, serão equipados com toda a infraestrutura para as ações de proteção e vigilância das Terras Indígenas. Além da mobília, os locais possuirão computadores, equipamentos de localização, comunicação e veículos (camionetes, motocicletas e barcos). (mais…)

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