2015, o ano que não terminou: uma conversa com Virgínia Fontes

“Quem imaginou que chegar ao capitalismo e chegar à democracia seria garantia de uma vida sossegada: bem-vindo ao mundo real! O mundo real no capitalismo é isso, tensão o tempo todo, crise o tempo todo – isso quando não tem guerra…”

Por Rejane Carolina Hoeveler, em Blog Junho

No último dia 29 de dezembro de 2015, entrevistamos a professora e pesquisadora Virgínia Fontes em sua casa, no Rio de Janeiro. Ela falou sobre o balanço de 2015 e as perspectivas para as lutas sociais em 2016, entre outros temas. Confira a entrevista na íntegra. (mais…)

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Em 2015, Mais Médicos ocupa todas as vagas abertas com brasileiros pela 1ª vez

Por Aline Leal, repórter da Agência Brasil

Depois de muita polêmica envolvendo a contratação de profissionais cubanos para o Mais Médicos, em 2015 o programa conseguiu atrair um número maior de clínicos com registro nos Conselhos Regionais de Medicina (CRM) brasileiros. Enquanto 79%  dos médicos que entraram no programa de julho de 2013 a dezembro de 2014 são cooperados cubanos, todos os que entraram em 2015 são brasileiros. (mais…)

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Bastardos inglórios: essa situação de ódio e de intolerância que arranha o Brasil vai passar?

Por Reginaldo Penezi Júnior, em Justificando

Certa feita pululava nas redes sociais uma manchete sobre Chico Buarque a comprar pão numa padaria. Não fosse a sequência cadenciada de comentários que surgiu por causa dela, formando uma paródia da música Construção, obviamente não teria perdido meu tempo para ler alguma nota da notícia. Mas o fato é que a paródia me divertiu. (mais…)

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Chico, da Mangueira, cidadão brasileiro

Mais ainda que artista, Chico é cidadão brasileiro. Um dos cidadãos mais estimados do país, e o documentário sobre sua vida prova isso.

Por Léa Maria Aarão Reis*, em Carta Maior

Entre as histórias, vinhetas, músicas, e deliciosas lembranças que ele proporciona, no filme documentário de cerca de duas horas sobre sua vida e trajetória, um presente maior e “soberano” de fim de ano aos cinéfilos e não cinéfilos, uma observação de Chico Buarque resume sua maneira de ser. “Se eu precisasse me identificar, eu falaria ‘eu sou Chico, da Mangueira’, ele diz, em uma das oito entrevistas registradas no filme do seu amigo, o cineasta Miguel Faria Jr., com o título de Chico– Artista brasileiro. Mais ainda que artista, Chico é cidadão brasileiro. Um dos cidadãos mais estimados do país, dentro e fora do bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, onde foi abordado e insultado, na calçada, há dez dias, por meia dúzia de pilantras desocupados. (mais…)

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A Vida de Brian: Pelos direitos humanos, contra a realidade

No filme, religião e política se misturam. A religião é vista de maneira política e a política tratada como religião com seu elenco de verdades absoluta.

Por Léa Maria Aarão Reis*, no Carta Maior

Brian Cohen nasceu no ano de 33, na província da Judéia, quando a Roma imperial ocupava a região através do seu preposto, o prefeito Pôncio Pilatos. Brian nasceu no canto de uma manjedoura, vizinho de outro bebê que também viera a este mundo na mesma hora: o menino chamado Jesus. Desde os primeiros momentos, a existência de Brian foi atribulada por sempre confundirem-no com o bebê do lado. Quando sua execrável mãe enxotou os três Reis Magos e deles tentou surrupiar o ouro que traziam destinado na verdade ao bebê vizinho, a cupidez humana se mostra entranhada na sua saga. Mais adiante, a ignorância, a alienação da massa histérica repetindo dogmas e mantras de forma cega e robotizada, e o cinismo do ambiente são a moldura da breve vida de Brian, morto crucificado aos 33 anos por ordem do juiz Pilatos sem qualquer culpa formada – exceto a de exalar carisma, motivar e mobilizar as massas, e entusiasmar os indivíduos humildes, aqueles que eram “o problema”, no dizer dos personagens dos burgueses ricos. (mais…)

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Espírito natalino? ‘Grupo de jovens joga gasolina e ateia fogo em travesti em Curitiba’

Por Paula Weidlich, na Tribuna/Gazeta do Povo

Uma travesti de 37 anos foi atacada por um grupo de jovens, na madrugada deste domingo (27), em Curitiba. A vítima estava na Avenida Victor Ferreira do Amaral, esquina com Rua Paulo Kissula, no Capão da Imbuia e foi abordada por ocupantes de um carro, que desceram do veículo, jogaram gasolina em seu corpo e depois atearam fogo. (mais…)

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Ano pelo avesso, por Rubens Casara

Em Justificando

Em um de seus últimos livros, Eduardo Galeano retratou o mundo pelo avesso, as vilanias que ganhavam aplausos, os absurdos naturalizados, as opressões patrocinadas pelo mercado (sempre idealizado pela “Inteligência Brasileira”, mesmo diante de catástrofes como a de Mariana) e executadas pela ação ou omissão do Estado que impediam as potencialidades humanas, os sonhos e os sorrisos. O historiador do mundo pelo avesso, uma das muitas perdas deste ano, teria muito trabalho para contar o ano de 2015, em especial no Brasil. (mais…)

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Por qué me niego a celebrar Navidad, por Ollantay Itzamná*

Si en el siglo III, Aureliano estableció el 25 de diciembre como fiesta de Natalis Solis Invicti; en la segunda mitad del siglo XX, el señor Mercado (con la complicidad de las iglesias) instauró el 25 de diciembre como la celebración demencial de la consumopatia global, en nombre de Dios.

Em Servindi

Por varios años creí ciegamente que cada 25 de diciembre nacía Dios-con-nosotros (Emanuel) para salvar a la humanidad de su perdición.

De un tiempo a esta parte, las contrastantes realidades me inquietaron a sospechar de las verdades/creencias aprehendidas como doctrinas. Puse en “riesgo” mis seguridades existenciales, y comencé a ensayar preguntas sobre mis “verdades constitutivas”, y fue así que la duda me abrió los horizontes. (mais…)

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Das cinzas do Museu: uma pátria, muitas línguas, por José Ribamar Bessa Freire

“Este museu de tudo (…) / é mais do que um museu de tudo: / 
é um circo-feira,é um teatro / onde o tudo está vivo e em uso”.
(João Cabral de Melo Neto – Museu de Tudo)

Em Taqui Pra Ti

O Museu da Língua Portuguesa ali, no coração da Cracolândia, em São Paulo, em dez anos de existência foi visitado algumas vezes por mim, uma delas na companhia de um índio guarani. Cada vez saí de lá deslumbrado por conta do que presenciara, mas também bastante incomodado, confesso, pelo que gostaria de ter visto e a exposição não me mostrara. (mais…)

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O PT envelhece[u], por Rudá Ricci

Em seu Blog

Outro dia, um internauta, possivelmente petista (o que não lhe dá mais ou menos crédito), criticou minhas postagens por serem muito negativas em relação ao PT. Talvez, o internauta não tenha lido minhas notas sobre os outros partidos políticos brasileiros. A questão de fundo é que tenho dúvidas se os partidos políticos – surgidos originalmente no século XVIII – mantêm o poder de representação político-social numa sociedade gelatinosa, móvel, provisória como a atual. As “estruturas totais” do mundo moderno, avalio, desmancham no ar. (mais…)

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