Surto de virose causa mortes de crianças indígenas e agrava situação de aldeia no Alto Rio Negro (AM)

Comunidade Hupda - Alto Rio Negro

Aldeia da etnia hupda, em São Gabriel da Cachoeira, não vem recebendo atendimento de saúde, segundo relatos de moradores

Elaíze Farias

Um surto de virose em uma aldeia da etnia hupda, no município de São Gabriel da Cachoeira, região do Alto Rio Negro (AM), causou a morte somente neste mês de duas crianças indígenas. Há informação de que pelo menos outras 13 crianças estão doentes. Os hupda, conhecidos de forma pejorativa como maku, muito preocupados, solicitaram urgência no atendimento de saúde na aldeia Taracuá-Igarapé.

No último dia 18, Marcelino Massa, funcionário da Associação Saúde Sem Limite, enviou um ofício ao Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena (Dsei/RN) do Alto Rio Negro, com base em relato de Jovino Pinoá, agente indígena de Taracuá-Igarapé. No ofício, Marcelino afirma que as crianças morreram de vômito e diarréia e informa que a aldeia vem registrando casos de virose. “Precisamos urgente muito da equipe de saúde”, pede Jovino, que também se queixa da dificuldade de comunicação com a coordenação do Dsei. Por isso, justifica ele, o relato foi dado a Marcelino Massa. (mais…)

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“Índios ‘alugam’ terras para exploração ilegal de madeira”

Serraria ilegal flagrada no entorno da área de Anambé, no Pará, em 2011

Índios da Amazônia têm loteado e “alugado” terras para madeireiros desmatarem e retirarem madeira de forma ilegal –e a preços módicos

Aguirre Talento – Belém e Felipe Luchete – São Paulo

Folha identificou casos em ao menos 15 áreas indígenas (no Amazonas, Pará, Maranhão, Mato Grosso e Rondônia), com base em investigações da Polícia Federal, Ministério Público e relatos de servidores da Funai (Fundação Nacional do Índio). (mais…)

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Prefeitura comandava retirada de madeira de terra indígena no MA

De Belém e São Paulo

Um grupo armado controlava a entrada e saída de caminhões na terra indígena Alto Turiaçu, no norte do Maranhão. A extração de madeira era liberada, desde que madeireiros se cadastrassem e pagassem R$ 150 por viagem.

O controle era feito pela Prefeitura de Maranhãozinho, segundo a Polícia Federal, que em dezembro indiciou o então prefeito e outras dez pessoas sob suspeita de participação no esquema.

A PF diz que índios tinham conhecimento e participavam da atividade, mas nenhum foi identificado até o momento. Também havia policiais militares no grupo, de acordo com as investigações. (mais…)

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Direitos Humanos do Rio pede investigação em caso de racismo na BMW

A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio informou hoje que vai enviar um ofício à chefe da Polícia Civil do Estado para que abra um inquérito para investigar o suposto caso de racismo ocorrido há duas semanas em uma concessionária BMW Autocraft na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.

Em nota de repúdio, a pasta ainda defendeu que o possível crime seja denunciado ao Ministério Público.

O consultor Ronald Munk, 55, e a mulher Priscilla Celeste, 53, afirmam que seu filho mais novo, de sete anos, foi vítima de racismo no local. O menino, filho adotivo do casal, é negro. (mais…)

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Ocupação independente é faceta oculta da crescente luta pela moradia em São Paulo

Gabriel Brito – Correio da Cidadania

O ano de 2013 ainda amanhece, mas na cidade de São Paulo as lutas sociais dos setores marginalizados já fervilham, inaugurando novo embate com a institucionalidade e seus maliciosos trâmites de concessão de direitos a não apenas uma parcela de nossa população.

E num país no qual jamais se realizaram as reformas agrária e urbana, nada mais previsível que depararmos com a questão da terra ocupando um ponto central de nossas chagas. Enquanto assentados e sem terra lutam pela sobrevivência no campo livres da submissão ao agronegócio e seu modelo baseado em uso intensivo de agrotóxicos e monocultivos, é cada vez maior o número de habitantes sem casa própria protagonizando ocupações de imóveis abandonados, especialmente no centro da capital. (mais…)

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Governador anti-indígena do MS desafia a lei e complica a obtenção de registro civil pelos índios

Governador diz que serão beneficiados somente quem conseguir atestado de pobreza (Foto: Luciano Muta)

Puccinelli reafirma que MS não vai “dar identidade de graça”

Gabriel Neris e Mariana Lopes

O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), afirmou no último dia 14 que manterá a primeira via da identidade gratuita para 15% da população, desde que haja comprovação de carência.

“Não vou dar carteira de identidade de graça, não”, afirmou Puccinelli, durante o lançamento da campanha que pede mudança na lei de crimes hediondos e contra agentes de segurança pública no Comando da Polícia Militar.

O governador afirmou que serão beneficiados somente aqueles que conseguirem o atestado de pobreza. (mais…)

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Ysani Kalapalo – Orgulho de ser Indígena

Ysani Kalapalo, índia xinguana, aos 12 anos de idade veio para cidade juntamente com sua família guerreira com objetivo de conhecer e estudar a cultura branca, com o sonho de um dia expandir sua cultura e sua luta. Fundadora-Presidente do Movimento Indígenas em Ação-MIA; Ativista em prol do índio, meio ambiente e direito animal.

Fonte: http://ysanikalapalo.blogspot.com.br/2012/12/pagina-oficial-ysani-kalapalo-facebook.html

Enviada por Isabela Pacola.

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Muito bom: “Subalternidade e soberania: Auto-representação indígena e a reformulação da política nacional”

RESUMO: Face às pressões econômicas e sociais das últimas duas décadas, o Movimento Indígena Brasileiro tem visado uma transformação política em que a auto-representação poderia suplantar o neocolonialismo do discurso indigenista tradicional. Baseando-se na potencial compatibilidade da indigeneidade e da brasilidade, o ativismo político e cultural indígena demostra que um conceito indígena de soberania oferece uma oportunidade para superar a antiga condição de subalternidade e repensar o significado da pertinência nacional e da nacionalidade.

Por Tracy Devine Guzmán*

A questão indígena e o problema da soberania

“Posso ser o que você é sem deixar de ser quem sou” é uma frase que tem mais de três décadas de circulação no Brasil. Para os participantes, colaboradores e estudiosos do movimento indígena brasileiro, é um manifesto conhecido e uma afirmação política batalhada. Para a maioria dominante, que pode ter um conhecimento básico da história indígena e indigenista, é uma reivindicação enigmática, se também, às vezes, hostil. Para um público geral, a frase articula um clamor ignorado ou desconhecido, assim como o desejo pela auto-representação das pessoas e comunidades que articulam essas palavras sem esmorecer há tantas décadas. “Posso ser o que você é sem deixar de ser quem sou” é uma frase simples, mas a simplicidade é enganadora: Quem sou eu? Quem é você? Que significa “ser como” outra pessoa? Alguém pode deixar de ser o que é? Como? Por que e para quê? Quais são, e quais poderiam ser as consequências políticas e filosóficas dessa reivindicação tão enigmática? (mais…)

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Cabral desmente Marta Suplicy sobre tombamento do Museu do Índio

Ministra defendeu Aldeia Maracanã que governo do Rio diz ser “invasão”

Jornal do Brasil – Caio Lima*

O governo Sérgio Cabral desmentiu a ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT), negando que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão ligado ao Ministério da Cultura (MinC), tenha recomendado ao estado do Rio tombar o antigo Museu do Índio, onde hoje vivem os indígenas da Aldeia Maracanã, que lutam para permanecer no local.

Na manhã desta quinta-feira (24), a assessoria da ministra divulgou nota na qual Marta manifestou a posição do seu ministério favorável à preservação da cultura indígena, com a permanência dos índios no local. Numa estocada  ao governo do estado, ela teria comentado com o vice-governador Luiz Fernando Pezão esperar que “prevaleça a sensibilidade do governo do estado”. (mais…)

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