História da ocupação da Aldeia Maracanã – Para Não Esquecer

Relatos sobre a ocupação do antigo museu do Índio no Maracanã. Comemoração do primeiro ano da ocupação – outubro de 2007. Após mais de 4 anos deste vídeo, as autoridades federais e estaduais ainda nada fizeram como resposta. Um local histórico que precisa ser preservado e utilizado com objetivos nobres, como a formação de uma Universidade Indígena dentro de um centro urbano.

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

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Nota de diversas entidades contra marca de cosmésticos que faz campanha racista na internet

Não é fenômeno atual o fato de que o fenótipo de pessoas negras é adjetivado como ‘ruim’; conforme ensaio de G.K. Hunter (“Othello and color prejudice”, 1978, p.41), na literatura religiosa, nos romances medievais e na tradição pictórica, todos os demônios, pagãos, maus espíritos, mouros e turcos eram negros.

Dito fenômeno se acentuou por ocasião da escravidão de negros africanos; conforme ensinou Octave Mannoni, em “Próspero e Caliban”, as diferenças entre os seres humanos foi usada pelo colonizador como um instrumento de dominação, pois ele, além de não perceber o mundo do colonizado como um mundo a ser respeitado, ainda buscava satisfação psicológica na imposição de seus próprios valores e tradições como ‘algo superior’.

Essa dominação se deu, no caso dos escravos africanos, com uma total repressão a tudo que se referisse ao povo africano: seus valores, deuses, tradições e fenótipo. A palavra diáspora refere-se a um trauma coletivo de um povo que, banido de sua terra e vivendo em um lugar inóspito, sente-se como que desenraizado de sua cultura e de seu lar. Esse trauma leva muitas pessoas negras a, buscando a aceitação do dominador, negar sua própria afrodescendência ao buscar a adequação de seus corpos (e cabelos) aos padrões eurocêntricos impostos.

Mesmo após passados anos da abolição da escravatura, essa desvalorização da pessoa negra, de sua cultura e valores se perpetua através de outros meios, como a demonização das religiões de matriz africana, a qualificação pejorativa do fenótipo negro e o tratamento de pessoas negras como que inferiores, com o uso de linguajar infantil que reflete exatamente esse sentimento de superioridade de quem o adota. (mais…)

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CE – Povos Indígenas e Movimentos Sociais dão seu apoio a Daniel Fonsêca contra processo movido pela Ypióca

Dança do Toré em defesa de Daniel Fonsêca

A Ypióca Agroindustrial Ltda. e o Everaldo Ferreira Teles acusam o Jornalista Daniel Fonsêca de calúnia e difamação, atribuindo a ele a autoria de Nota Pública escrita e divulgada por dezenas de movimentos sociais e ativistas

Por Camila Garcia – Portal do Mar
Fotos: Sandra (Crítica Radical)

“As matas virgens estavam escuras, quando o luar clareou, as matas virgens estavam escuras, quando luar clareou, quando ouviu a voz do meu povo, todo índio aqui chegou”. Assim, 60 indígenas Pitaguarys e Tapebas começaram a dançar o Toré, na manhã do dia 15 de janeiro, em frente ao 9º Juizado Especial Cível Criminal, no prédio da Faculdade 7 de Setembro, em Fortaleza, Ceará. Pediam forças aos Encantados para que fosse feita justiça no processo movido pela Empresa Ypióca Agroindustrial Ltda e Everaldo Ferreira Teles contra o jornalista Daniel Fonsêca.

“Estamos aqui pelo Daniel e por todos os povos indígenas. Os empresários querem nos encurralar e tomar nossas terras, pois elas são o que resta de verde e de mata no país. Desse jeito, vamos todos acabar voltando a ser um povo só”, disse Ceiça Pitaguary, afirmando também que a acusação contra o jornalista representa uma tentativa de acuar os povos indígenas e quem apoiar a demarcação de seus territórios. (mais…)

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