Parada LGBT de SP define lema para 2013: “Para o armário, nunca mais! – União e conscientização na luta contra a homofobia”

Redação da Agência de Notícias da Aids

A 17ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) de São Paulo, marcada para 2 de junho terá como lema neste ano a frase: “Para o armário, nunca mais! – União e conscientização na luta contra a homofobia”.

Segundo comunicado divulgado pela associação que organizada a Parada, a ideia é dar uma resposta à perseguição dos conservadores e, ao mesmo tempo, convocar a comunidade a se manter firme e esclarecida no combate à discriminação.

Fernando Quaresma, presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT), disse que o lema fala ao Poder Legislativo que o movimento não aceita mais ter seus direitos negociados ou barrados por pressão de fundamentalistas. “Antes não incomodávamos tanto esses setores, pois vivíamos na invisibilidade do gueto. A partir do momento em que a gente sai do armário e começa a reivindicar igualdade, eles passam a nos perseguir e a tentar barrar as nossas conquistas. Isso a gente não vai admitir”, diz o ativista.

Quaresma ainda cita como exemplo a discussão no Congresso em torno da “cura gay”, proposta de lei do deputado João Campos (PSDB-GO). “É inconcebível que a Câmara se utilize de conceitos subjetivos, como a religião, para questionar o parecer do Conselho Federal de Psicologia, que proíbe os profissionais de tratarem a homossexualidade como uma patologia. Essa é uma conquista nossa e não vamos permitir essa politicagem”.

O lema da 17ª Parada também manda um recado para os próprios ativistas LGBT. “Apesar de termos garantido alguns avanços, ainda há muito trabalho pela frente. A militância está dispersa e é preciso engajamento, principalmente da juventude, para que nossa isonomia seja de fato alcançada. Não podemos abaixar a cabeça, pois essa guerra nunca está vencida”, completa Quaresma.

A diretoria da APOGLBT ressalta que objetivo da expressão “Para o armário, nunca mais!” não é incitar que as pessoas assumam sua homossexualidade publicamente, pois essa é uma iniciativa pessoal e cada indivíduo deve ter a sabedoria de tomar essa decisão no momento mais oportuno. Deve ser compreendida como uma palavra de ordem do movimento, para que não haja recuo diante das ameaças dos conservadores.

http://www.agenciaaids.com.br/noticias/interna.php?id=20240

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