Nos últimos dias de dezembro, a força-tarefa do governo federal que trabalha na desintrusão da Terra Indígena Marãiwatsédé (MT) priorizou a desocupação da comunidade de Posto da Mata, foco de maior resistência à devolução das terras aos índios Xavante. Os oficiais de Justiça deram prazo final até dia 4/1 para que os moradores deixem a área. Quem não sair até essa data terá os bens confiscados pela Justiça e deverá responder pelo crime de desobediência.
A mudança estratégica nos planos foi necessária para permitir o acesso às áreas rurais que ainda precisavam ser desocupadas, além de garantir à população o direito de ir e vir.
Desde o início da operação, manifestantes contrários ao cumprimento da ordem judicial bloqueavam rodovias, impedindo pessoas e veículos de transitarem pelo local.
Como resultado desse bloqueio, os próprios habitantes ficaram sem os serviços públicos essenciais, como atendimento médico, por exemplo. Suspeitas de casos de dengue, inclusive hemorrágica, têm sido registradas na região. De 26/12 a 1/1, a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do estado de Mato Grosso que acompanha a operação atendeu mais de vinte moradores que necessitavam de atendimentos diversos. Desses, quatro eram de suspeita de dengue. (mais…)