Survival condena retrato que o fotógrafo Jimmy Nelson oferece dos povos Indígenas

2014_07_survival_fotos_indigenas_survival_2Adital – O trabalho do famoso fotógrafo Jimmy Nelson, criador do livro de grande formato “Before they pass away” (Antes que eles desapareçam), foi recebido com críticas pelo diretor da Survival Internacional, Stephen Corry, por meio de um artigo publicado no Rl Huffington Post, em que condena a imagem falsa e prejudicial que apresenta dos povos indígenas.

Nelson explica que seu recente livro de “retratos” de pessoas indígenas, a venda por 128 euros, surgiu motivado pelo desejo de “buscar as antigas civilizações (…) e documentar sua pureza em lugares onde ainda existem culturas inalteradas”. As “culturas” que encontra supostamente permaneceram “sem mudanças durante milhares de anos”.

Mas Corry qualifica esse trabalho como uma fantasia do fotógrafo, que tem pouca semelhança, tanto com a aparência que esses povos apresentam na atualidade, como com a que alguma vez tenham tido.

Nas fotografias das meninas huaronis do Equador, por exemplo, elas são retratadas desprovidas da roupa que, habitualmente, a tribo veste e, em seu lugar, usam folhas de figueiras para esconderem as partes íntimas, algo que nunca foi feito (gerações anteriores de mulheres huaoranis somente usavam uma corda ao redor da sua cintura). Corry expõe que Nelson não só apresenta um retrato fictício dos povos indígenas, como ignora a violência genocida a que estão submetidas muitas das tribos fotografadas e, inclusive, vai mais além e pretende que, pelo mero feito de retratá-los, esses povos indígenas podem ser “salvos” da “inevitabilidade” “do desaparecimento”. (mais…)

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Tortura é algo imperdoável e bárbaro, diz Dilma

Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil 

A presidenta Dilma Rousseff afirmou que a dor praticada por uma pessoa sobre outra é  “algo imperdoável, bárbaro”, e que provoca uma perda de valores humanos e de “tudo o que nós conquistamos, ao sair das cavernas, e nos elevarmos à condição de civilizados”. Falando sobre a tortura que sofreu nos três anos em que esteve presa durante a ditadura militar, ela disse que é um momento em que se aprende a resistir e que percebe que “só você mesmo pode te derrotar”.

Em entrevista para a jornalista Christiane Amanpour, do canal americano CNN, exibida nesta quinta-feira (10), Dilma contou que foi submetida a formas de tortura como o chamado pau de arara e o choque elétrico, “uma dor que anda”, nas suas palavras. “Não que seja fácil suportar a tortura, não é, e você só suporta a tortura se você se enganar, deliberadamente, dizendo: mais um pouco eu suporto, mais outro pouco eu suporto”, disse.

Perguntada sobre como esse período mudou sua visão de mundo, disse que não se pode criar ódio nem raiva contra quem pratica a tortura; esses sentimentos não podem se estender para ideologia e cultura dos torturados, avaliou. “Tem uma coisa que eu acho que a tortura me fez viver de uma forma intensa, é a certeza absoluta de que nós derrotamos, no Brasil, quem a praticou”, avaliou, completando que a vitória não é pessoal, mas da democracia. (mais…)

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Presas teriam tido esterilizações ilegais em presídio da California

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Relatório aponta que ocorreram 144 laqueaduras e que política prisional foi violada

População Negra e Saúde*

RIO – Um relatório feito pela California State Auditors (Auditores do Estado da Califórnia, em tradução livre) apontou e criticou esterilizações ilegais feitas sem consentimento em prisões femininas no estado americano. O grupo afirma que o Departamento de Correção e Reabilitação está violando a política prisional fazendo 144 laqueaduras bilaterais ou procedimentos similares entre os anos de 2005 e 2006 e de 2012 e 2013.

Das 144 laqueaduras, os auditores constataram que 39 foram feitas sem pleno consentimento e que destas, 27 não tiveram assinatura do médico garantindo que “o detento apareceu mentalmente competente e entendeu os efeitos duradouros do procedimento”. Destes mesmos 39, em 18 os médicos violaram o tempo estabelecido entre o consentimento do preso e a operação. As presidiárias que consentiram com a ação não tinham uma testemunha a sua escolha, como exigido pelos regulamentos prisionais e em nenhum dos 144 prontuários há a exigida obrigatória descrição da conversa com os presos ou autorização do comitê de supervisão de profissionais médicos do Estado. (mais…)

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Arqueólogos descobrem cemitérios indígenas no Amapá

urnas funerárias e de oferendasPoços funerários abrigavam restos mortais indígenas. Material estava enterrado em uma vila de remanescentes de quilombo.

G1

Poços funerários que abrigavam restos mortais indígenas foram descobertos no Amapá. O sítio arqueológico fica na zona rural de Macapá.

A espátula pouco a pouco revela o passado de índios que viveram na região do Amapá há mil anos. O trabalho é minucioso, feito com muita paciência pelos arqueólogos do Instituto de Pesquisas Científicas do Amapá (IEPA).

O material estava enterrado em uma área de quatro hectares, próximo a comunidade do Curiaú, uma vila de remanescentes de quilombo, a 15 quilômetros do centro de Macapá.

“Esse aqui é o achado mais significativo no sitio até agora. A gente tem um poço funerário com três câmeras laterais contendo urnas funerais em cada uma. É um achado inédito”, explica o arqueólogo João Saldanha. (mais…)

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