Loja é acusada de racismo após associar imagem de criança negra com macaco

Aerin Call
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Em Boa Informação

Uma loja de roupas de San Diego, nos Estados Unidos, foi acusada de racismo por internautas, nesta quarta-feira, após uma imagem da nova campanha de vestuário infantil deles parar no Twitter. A fotografia, feita dentro do estabelecimento, mostra, em uma arara, um cabide estilizado – com a impressão do rosto de um menino negro – sendo usado para sustentar uma camisa cuja estampa é o corpo de um macaco. A empresa responsável pela loja classificou o caso como um mal-entendido. As informações são do “Daily Mail”.

A enxurrada de críticas contra a loja de roupas “Just Add A Kid” começou depois que um internauta, indignado, usou o Twitter para compartilhar a foto polêmica do modelo e sua camisa estampada. “Senhor e Senhora Obama, como podemos tolerar isso?”, escreveu ele na legenda da imagem. (mais…)

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Guaranis resistem a preconceito enquanto exigem demarcações no Paraná [excelente!]

Líder do Tekoha Jevy, Anatálio relata ameaças de morte nas ruas e hostilidades pelo rádio ( Tadeu Breda)
Líder do Tekoha Jevy, Anatálio relata ameaças de morte nas ruas e hostilidades pelo rádio ( Tadeu Breda)

Intolerância contamina população de Guaíra e Terra Roxa, na fronteira com Paraguai; ao retomar territórios, índios tentam restituir aos filhos o direito à terra dos avós

por Tadeu Breda, da RBA

O coração de Amélia disparou ao perceber que um carro preto se aproximava lentamente até frear. “Não, nem conheço vocês”, responderia, assustada, depois que um dos ocupantes baixou o vidro escuro e lhe mandou subir. A jovem tentaria escapar segundos depois, ao perceber que a ordem ganhava rispidez e se transformava em ultimato, “Entra logo!”, mas não conseguiu.

“Estava de salto e não pude correr”, justifica. A voz é baixa, as mãos não param de amarrotar um pedaço colorido do vestido. “Então, um deles pegou meu cabelo, tapou minha boca e me colocou pra dentro.”

O sequestro se transformou numa longa sessão de agressões e abusos sexuais que Amélia, nove meses depois, ainda não conseguia verbalizar. Repetia apenas “Judiaram muito de mim” ou “Me judiaram bastante” para descrever o que passou nas mãos de três homens e as mãos que passaram sobre seu corpo de 19 anos, rodando pelas ruas da cidade com o som ligado no último volume. (mais…)

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Mapa da Violência 2014 confirma caso de violência epidêmica no Brasil. Entrevista especial com Julio Jacobo Waselfisz

Foto: www.mapadaviolencia.org.br
Foto: www.mapadaviolencia.org.br

“As instituições que deveriam priorizar o atendimento e a proteção dos setores vulneráveis pela Lei Maria da Penha, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, pelo Estatuto da Igualdade Racial, criam grupos dentro de suas próprias instituições que, por um lado, culpabilizam as vítimas, dizendo que é o negro da favela, o negro do crack ou a mulher que provocou o homem; ou, por outro lado, e ainda mais sério, criam-se, dentro dessas instituições, mecanismos de fazer justiça com as próprias mãos, já que a Justiça brasileira é lenta”, critica o sociólogo

IHU On-Line – Dezesseis anos após a publicação do primeiro, o Mapa da Violência 2014 evidencia a situação de violência entre os jovens brasileiros. “Não temos muita coisa para festejar”, declara Julio Jacobo Waselfisz, sociólogo argentino radicado no Brasil e responsável pelas análises dos dados.

“Em cada aniversário fazemos um balanço do que foi feito no ano, do que faltou fazer e, depois de 16 anos de publicações de mapas, também fizemos um balanço desses anos e percebemos que em todas as áreas que pesquisamos — suicídios, homicídios, acidentes de transporte, uso de arma de fogo — os índices pioraram”, afirma, na entrevista a seguir, concedida por telefone à IHU On-Line.

O Mapa da Violência 2014 demonstra que “os remédios não foram suficientes para estagnar essa UTI onde estão os jovens. Praticamente pode-se dizer que há uma pandemia de morte de jovens no Brasil”, frisa.

O Brasil registra 100 homicídios por 100 mil habitantes.

Entre os sociólogos, explica Waselfisz, a partir de dez homicídios por 100 mil habitantes, constata-se uma situação de violência epidêmica e em expansão. (mais…)

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Fábio Hideki: sem liberdade, sem cabelo e sem direito de escolha

Preso há dezessete dias, o ativista teve seus cabelos longos raspados e foi obrigado a largar sua dieta  vegetariana; manifestação na praça Roosevelt pedirá sua liberdade

SpressoSP

Além de ter sido preso simplesmente pelo fato de se manifestar, o ativista Fábio Hideki Harano, encarcerado há dezessete dias no presídio de Tremembé, não pode mais sequer determinar o que come.

Depois de um período de adaptação, Harano, que é estudante e funcionário da Universidade de São Paulo (USP), divide agora uma cela comum com outros dois presos e teve que largar sua dieta vegetariana por falta de opções no cardápio da penitenciária. Ele também foi obrigado a raspar os longos cabelos que cultivava já há alguns anos.

De acodo com Alexandre Harano, irmão do estudante que já o visitou duas vezes na prisão, o estudante tem aproveitado o tempo para ler e se exercitar na academia da penitenciária.

Militante político pacifista e adepto a hobbies como jogos de RPG e desenhos japoneses, Fábio Hideki foi detido por policiais civis à paisana no último dia 23 de junho em um protesto contra a Copa do Mundo , na avenida Paulista. Ele foi acusado pelos policiais de portar um artefato explosivo, suspeita que já foi desconstruída com imagens de um vídeo gravado no momento da revista pessoal do manifestante.

Até agora o artefato não foi apresentado publicamente. (mais…)

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Bolivia: Tres detenidos en protesta indígena por contaminación minera

bloqueo_tarija

Servindi, 11 de julio, 2014.- Tres detenidos dejó el desbloqueo de la carretera que une a los departamentos de Potosí y Tarija luego de que fuera retomada por pobladores del municipio de Puna, departamento de Potosí, en protesta por la contaminación minera en su región.

La semana pasada comuneros de las localidades de Chaquilla Pampa, Vitichi, Cotagaita, Puna y Caiza tomaron la citada vía por la contaminación que estarían produciendo los mineros informales denominados “cooperativistas mineros” en la zona.

La toma de la carretera terminó con un acuerdo entre los campesinos y el ministro de Minería y Metalurgia, César Navarro. (mais…)

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Juventude do campo escracha mercado de agrotóxicos em Rondônia

escracho_ROPor Maura Silva
Da Página do MST

Cerca de 100 jovens da Via Campesina presentes no Acampamento Estadual da Juventude, em Rondônia, realizaram um ato pela Reforma Política e escracharam a Casa da Lavoura, mercado que vende agrotóxicos, na manhã desta quarta-feira (09).

Músicas, faixas e panfletos foram algumas das ferramentas utilizadas pela juventude, que se dividiram em três frentes e ocuparam todos os espaços da cidade para denunciar os limites do atual sistema político, a precariedade da educação no campo e apontar os males causados pelos venenos agrícolas. 

Desde o último dia 3 de julho, a juventude dos movimentos sociais do campo, como MST, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT), estão reunidos na cidade de Ouro Preto do Oeste, no Acampamento Estadual da Juventude da Via Campesina.  (mais…)

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Lembrando Lélia Gonzalez

Lélia-Gonzalez-AfroReggaeA antropóloga e militante negra faleceu há 20 anos, no dia 10 de julho de 1994

SEPPIR* – Filha de um ferroviário negro e de uma empregada doméstica indígena, Lélia Gonzalez nasceu em Belo Horizonte-MG, em 1º de fevereiro de 1935. Autora de artigos, ensaios e livros sobre a temática racial, a antropóloga e militante do movimento negro nos anos 1970, Lélia foi também um expoente no combate ao preconceito contra a mulher.

Sua obra acadêmica e seu trabalho como militante contribuíram para impulsionar não apenas o debate sobre a problemática racial no Brasil, mas também os seus desdobramentos a partir, basicamente, de dois temas correlatos: o tema da ideologia do branqueamento e seus efeitos e o da dupla exposição da mulher negra, discriminada pelo racismo e pelo sexismo.

A antropóloga fez parte do grupo de fundadores do Movimento Negro Unificado – MNU, principal canal de ressurgimento da luta pela igualdade racial, nos anos 70. Incansável na luta contra o racismo e a discriminação racial, foi também uma militante da causa feminina, particularmente da mulher negra. Sua importância para o movimento negro brasileiro tem sido comparada à de Ângela Davis, grande ícone do movimento negro americano.

Lélia faleceu há 20 anos, no dia 10 de julho de 1994.

*Fonte: Fundação Cultural Palmares

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População de rua leva cartão vermelho, por Viviane Tavares

População de rua aumenta nos últimos anos e a resposta da gestão pública é a violência, principalmente no entorno dos estádios da Copa do Mundo

Viviane Tavares – Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz)

Publicado no mês de junho pelo Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores de Materiais Recicláveis (CNDDH), o relatório ‘Violações de direitos da população em situação de rua nos meses que antecedem a realização da Copa do Mundo’ mostra uma unidade nas ações nas cidades-sede do mundial em relação a esta população. Até agora, cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre já tiveram denúncias de ações como as de limpeza urbana e remoções forçadas.

As denúncias, como aponta o texto, foram registradas pelo Disque 100, serviço de atendimento telefônico criado pelo Serviço da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, além de denúncias recolhidas por instituições de segurança pública, polícia civil, Ministério Público, sociedade civil organizada, movimentos sociais, denúncias espontâneas feitas diretamente ao CNDDH e ainda a busca ativa em veículos de comunicação. “Essas denúncias, em sua grande maioria, tratam de violência institucional cometida pelo poder público e apresentam caráter higienista, podendo apresentar relação com a preparação para a Copa do Mundo”, explica o relatório.

Para o coordenador do Movimento Nacional dos Moradores de Rua, Samuel Rodrigues, a questão não é apenas em grandes eventos. “Na verdade, nós temos uma população de rua crescente e pouca política pública voltada a ela. No lugar de políticas, encontramos serviço de abrigamento, mas muito aquém do que este segmento demanda. Atrelado a isso, uma forte repressão policial e de seguranças privados de lojas e shoppings. E é evidente que em um período de mega eventos, de uma maior concentração de pessoas de outros países, essa tendência aumente”, explica. (mais…)

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Documentos secretos dos EUA revelam técnicas de tortura usadas por militares brasileiros

Créditos da foto: National Security Archive
Créditos da foto: National Security Archive

Vice presidente Joseph Biden entregou à presidenta Dilma documentos que revelam técnicas de tortura empregadas durante a ditadura militar brasileira

National Security Archive

O regime militar brasileiro empregou “um sistema sofisticado e elaborado de coação psicofísica” para “intimidar e aterrorizar” suspeitos de serem militantes de esquerda no começo dos anos 1970, de acordo com um relatório do Departamento de Estado datado de abril de 1973 e que foi tornado público segunda-feira (07/08). Entre as técnicas de tortura usadas durante a era militar, o relatório reporta detalhadamente “salas de efeitos especiais” nos centros de detenção militar brasileiros nos quais os suspeitos eram “colocados nus” em um piso de metal “pelo qual passava uma corrente elétrica.” Alguns suspeitos foram “eliminados” mas a imprensa noticiava que eles morreram em “tiroteios” enquanto tentavam escapar da polícia. “A técnica do tiroteio tem sido cada vez mais usada” — notava o Cônsul Geral dos EUA no Rio de Janeiro em um telegrama — “para lidar com as relações públicas quando se eliminava os subversivos,” e para “prevenir acusações de ‘mortes por tortura’ na imprensa internacional.” (mais…)

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Projeto avança na regulamentação da atuação de organizações da sociedade civil

2014_07_lei_organizacoes_sociedade_civil_tie-brasil.com.brMarcela Belchior – Adital

Criando novas normas para parcerias voluntárias entre a União, estados, Distrito Federal e municípios com Organizações da Sociedade Civil (OSCs), Projeto de Lei foi aprovado no Brasil pela Câmara dos Deputados no último dia 02 de julho e aguarda sanção da Presidenta da República, Dilma Rousseff, que já manifestou apoio ao projeto. A matéria garante maior segurança jurídica para as partes envolvidas.

A propositura estabelece à sociedade brasileira regras claras para parcerias que envolvam ou não transferência de recursos financeiros. Entre as especificidades do Projeto nº 7.168, de 2014, estão: a criação de instrumentos jurídicos específicos para esse tipo de ação conjunta; a exigência de qualificação das organizações participantes; a desburocratização dos orçamentos; e maior segurança jurídica na prestação de contas.

O texto é resultado de rodadas de consultas e debates públicos com a participação de representantes das OSCs e da Plataforma por um Novo Marco Regulatório para as Organizações da Sociedade Civil, aliança criada em 2010, que reúne mais de 50 mil entidades defensoras do avanço da legislação para o setor. A elaboração de leis que garantam autonomia, transparência e segurança jurídica às relações entre as OSCs e o Poder Público é uma luta de quase 30 anos no Brasil. (mais…)

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