João Zinclar. Um ano sem ele

João Zinclar, em foto de Flaldemir Sant’Anna
João Zinclar, em foto de Flaldemir Sant’Anna

Mudar o mundo eu acho que é uma tarefa muito maior do que a fotografia. Mudar o mundo é ter milhões de pessoas na rua em movimentos contra os opressores, contra as ditaduras, é isso que muda o mundo. E a fotografia, se ela quiser cumprir esse papel, tem que andar pari passu com esses movimentos, colocando realidades objetivas e subjetivas, porque não existe verdade absoluta.”
(João Zinclar, em “Caçadores de Alma”, de Silvio Tendler).

Ele eternizou várias lutas, manifestações e ações de movimentos sociais por meio de suas imagens. João Zinclar Lima Silva, fotógrafo e militante…, nos deixou há um ano.

Elvis Marques, da Comunicação da CPT Nacional (mais…)

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“Tropa” de vereadores barra Comissão da Verdade em BH

Projeto de lei para formar a Comissão da Verdade municipal está há um ano parado na Câmara
Projeto de lei para formar a Comissão da Verdade municipal está há um ano parado na Câmara

Bancada de ex-policiais militares e civis trava na Câmara Municipal a criação de grupo para investigar abusos contra presos políticos na capital durante a ditadura

Daniel Camargos – Estado de Minas

Ao contrário do que ocorre nos planos federal e estadual, Belo Horizonte não consegue criar uma Comissão da Verdade para, principalmente, apurar as violações cometidas durante a ditadura militar (1964 a 1985). Este ano é emblemático para aqueles que desejam esclarecer os crimes cometidos pelos militares, pois em 31 de março o golpe completará 50 anos. O projeto de lei que prevê a criação da Comissão Municipal da Memória e Verdade Edgar de Godói da Mata Machado completa um ano de tramitação na Câmara Municipal e está parado na Comissão de Legislação e Justiça (CLJ). (mais…)

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A indigência jurídica do veto aos rolezinhos

44A8456C5D3B7181D910E9E39BCC20021FE95E258B7F088E50A5AE47E89B210BOs vetos de juízes aos rolezinhos parecem expressar um problema que merece atenção: a indigência de nossas instituições para lidar com os conflitos atuais

Fábio de Sá e Silva* – Articulação Justiça e Direitos Humanos

Não tardou para que os rolezinhos transpusessem as páginas de jornal, as postagens das redes sociais e os debates das mesas de almoço em família ou entre colegas de trabalho e viessem a ocupar a agenda dos Tribunais. Temerosas pela propagação dessas práticas – nas quais jovens de periferia ocupam Shoppings Centers, um pouco para afirmar hábitos e estilos de vida próprios, um pouco para partilhar dos hábitos e estilos de vida de classes médias e médias alta –, várias administrações desses empreendimentos tomaram a iniciativa de acionar “preventivamente” a justiça. Aqui e ali, assim, começam a aparecer notícias de que juízes “vetaram” a realização de mais um rolezinho ou, ainda, de que determinaram a redes sociais que excluam os “eventos” pelos quais eles vinham sendo convocados. Uma atitude que, na prática, pode ajudar a arrefecê-los, mas também pode alimentá-los e/ou torná-los mais acirrados, como, de resto, também tende a ocorrer com outras tentativas de controle, especialmente o uso da força policial. (mais…)

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IMA e Justiça na decisão

exibirA instalação do Barra de São Miguel Empreendimento Imobiliário, pelo IMA, desrespeitaria as licenças ambientais

Correio do Povo de Alagoas – Caberá ao juiz da 13ª Vara Federal, em Alagoas, Raimundo Alves de Campos Jr., resolver um imbróglio que atinge o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e um empreendimento de luxo, que pode varrer do mapa as Dunas do Cavalo Russo (Marechal Deodoro), área recomendada pelo Ministério do Turismo a quem vem de fora atrás de belezas naturais.

O magistrado recebeu em dezembro- do Tribunal Regional Federal da 5ª Região- o processo que põe em lados diferentes o Ministério Público Federal  e o IMA. No dia 10/12/13 pediu explicações às partes do processo.

Isso porque a instalação do Barra de São Miguel Empreendimento Imobiliário (2,2 milhões de metros quadrados), pelo IMA, desrespeitaria as licenças ambientais.

Pior: a equipe técnica que realizou o Estudo Prévio de Impacto Ambiental foi formada por um irmão do diretor técnico do IMA, Fernando Silva de Carvalho, e a esposa do diretor presidente do instituto, Adriano Augusto de Araújo Jorge. (mais…)

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Incra deve remover ocupantes de reserva indígena para assentamento

Criança Awá. Foto: Survival
Criança Awá. Foto: Survival

Operação está desocupando terras dos Awá-Guajá no Maranhão. Objetivo da Justiça é conter o desmatamento na região

Do G1 MA com informações de O Estado

Desde o início deste mês foi montada uma operação para desocupar as terras dos índios Awá-Guajá, no noroeste do Maranhão. O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) pretende remover as famílias que ocuparam a reserva indígena para uma área de assentamento. De acordo com a Funai, aproximadamente 300 famílias que estão ocupando a reserva indígena serão notificadas. Objetivo da Justiça é conter o desmatamento na região.

No meio da floresta fazendas, vilarejos e posseiros que, por ordem da Justiça Federal, devem ser retirados da reserva indígena. As trilhas abertas por madeireiros para extrair as árvores retiradas ilegalmente do que restou da mata Amazônica no Maranhão. (mais…)

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Relato de Moradora: Gentrificação no Vidigal em Processo

Vista-do-Vidigal1-300x225Rio On Watch – Da praia de Ipanema, eu via o morro onde nem eu e nem muitos cariocas havíamos subido. Era o ano de 2006 e eu precisava morar perto do meu local de trabalho, a referida praia.

Subindo aquela ladeira, indagava por casa pra alugar. Havia aos montes. Um lugar violento, desassistido pelo poder público, em estado de guerra por disputa de território. Preço barato, podia escolher à vontade.

Me mudei para um apartamento que estava vazio há três anos, devido ao medo da guerra. Eu nem tinha ideia do que era aquela guerra. Não demorei duas semanas pra saber. Era sinistro, tiroteio quase toda noite. Por duas vezes vivi a experiência de subir morrendo de medo de levar uma bala perdida, e ver os moradores da parte mais alta terem que passar a noite no pé do morro. Quando a facção da Rocinha finalmente ocupou o território, os tiroteios diminuíram e o morro foi ficando numa aparente paz.

Aos poucos começamos a ver pessoas voltando a se mudar. Uma classe meio média, uns gringos meio pobres. O mercadinho ocupando um espaço bem maior, aumentando a oferta de consumo. Os alugueis, aos poucos, sendo valorizados. (mais…)

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Es momento de dar la cara y levantar la voz: indígenas del Estado de México

xochi-391x293En un estado donde el poder gubernamental se concentra con todo el apoyo de la federación, las organizaciones indígenas y populares tejen alianzas para la defensa del territorio

Jaime Quintana Guerrero – Desinformémonos

México. “Lo que está pasando en las comunidades indígenas del Estado de México es el despojo del territorio y la represión a los pueblos”, explica Antonio Lara, defensor de derechos humanos. Pero también “las comunidades están resistiendo; están tejiendo y consolidando sus procesos organizativos al interior”.

La problemática principal de los pueblos indios en el estado de México es de tipo ambiental y la lucha es por la defensa de los recursos naturales, coinciden José Luis Fernández, de la comunidad de Xochicuautla, y Antonio Lara, del Centro de Derechos Humanos Zeferino Ladrillero. (mais…)

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Lei cria política estadual de desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades tradicionais

img_IMG_4659_mdMinistério Público de Minas Gerais – Foi sancionada pelo governador do estado e publicada no diário oficial de 15 de janeiro de 2014, a Lei n.º 21.147, que institui a política estadual para o desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades tradicionais de Minas Gerais. O projeto de lei, que tramitava desde 2008 na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), voltou à pauta em 2013, a partir de mobilização realizada em torno do tema pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Sociais (Cimos).

A Cimos, a Coordenadoria Regional das Promotorias de Meio Ambiente das Bacias dos Rios Verde Grande e Pardo de Minas – ambos órgãos do MPMG – e o programa Vereda viva, da Unimontes, realizaram, em 2012 e 2013, nos municípios de Januária, Buritizeiro e Arinos, reuniões temáticas para levantar as demandas das comunidades veredeiras do Norte de Minas. Na sequência, foi realizada Audiência Pública em Belo Horizonte, com a  participação de veredeiros,  acadêmicos e gestores públicos.  (mais…)

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Ativistas prestam solidariedade ao povo Guarani Kaiowá

Cacique Ládio Veron. Foto Luana Luizy
Cacique Ládio Veron. Foto Luana Luizy

Por Luana Luizy – Brasil de Fato

“Não morreremos educadamente”, esse foi o slogan que levou 30 ativistas e independentes de Brasília rumo ao Mato Grosso do Sul, no último dia 6 de janeiro, com objetivo de prestar solidariedade ao povo Guarani Kaiowá. O grupo se chama “Brigada em Solidariedade aos povos Guarani Kaiowá”.

“Tivemos nas ruas no ano passado e acreditamos que a luta na cidade se soma à luta no campo”, aponta Thiago Ávila, um dos participantes da brigada. O primeiro dia da viagem contou com visita na Terra Indígena (TI) de Água Bonita, localizada na periferia de Campo Grande. Na aldeia vivem atualmente os povos Terena, Guató, Kadiwéu, Guarani e Kaiowá. Apesar de terem o reconhecimento de 36 hectares no cartório, os indígenas habitam atualmente apenas 14 hectares espalhados em 62 casas. (mais…)

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I Encontro de Jovens Indígenas do Ceará, entre 07 e 09 de fevereiro

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A Juventude Indígena do Estado do Ceará irá realizar o I ENCONTRO DA JUVENTUDE INDÍGENA DO CEARÁ: PELA GARANTIA DOS DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS.

Será realizado nos dias 07 à 09 de Fevereiro na Aldeia Pitaguary em Pacatuba com a presença 14 povos indígenas do Ceará.

O I Encontro de Jovens Indígenas do Ceará terá o objetivo de promover a troca de experiências entre os jovens das várias regiões do estado, mobilizar e conscientizar os jovens sobre a sua importância no movimento indígena e abordar as demandas relacionadas a juventude indígena.

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