Exército monta base de apoio e retirada definitiva de não índios da terra dos Awá-Guajá começou hoje

Criança Awá. Foto: Survival
Criança Awá. Foto: Survival

Agência O Globo/Yahoo

BRASÍLIA – Apenas índios devem ficar na Terra Indígena Awá-Guajá, no Maranhão, onde estão os pouco mais de 400 indígenas do povo Awá, um dos últimos caçadores e coletores do planeta, e o processo de retirada dos não índios tem seu começo formal neste sexta-feira. A Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou hoje que o governo começou a cumprir hoje o processo de retirada de não indígenas da área, definido por decisão judicial, com o começo da montagem no local de uma base do Exército para apoiar o processo. A história da ameaça aos Awá-Guajá foi registrada em uma série de reportagens da colunista Miriam Leitão, do GLOBO, com fotos de Sebastião Salgado.

A expectativa, informou a Funai, é que a partir da próxima semana os oficiais de justiça comecem a notificar os não índios para que saiam voluntariamente da terra em 40 dias, levando seus bens. Nesse período, os posseiros poderão retirar seus bens da área. (mais…)

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Pastaza: os povos indígenas da Amazônia Peruana e o petróleo (em castelhano, com legendas em inglês)

Una película para las personas quienes valoran el agua y la vida; PASTAZA ilumina la realidad de los pueblos indígenas que viven en la Amazonía Peruana, en zonas altamente contaminadas por petróleo durante casi medio siglo. Demuestra su lucha para una vida sana y la determinación de sus federaciones para levantar la voz del pueblo, exigiendo justicia.

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Passou da hora de consultar os índios

índios no congresso talvez

Por Daniela Chiaretti em Valor

Previsão fácil para 2014, sem consultar astrólogos ou jogar búzios: a pressão sobre as terras indígenas vai recrudescer. É ano de Copa e de eleições, mas os conflitos que ficaram mal parados em 2013 têm potencial para se espalhar pelo país sem nem esperar que se apaguem os fogos de artifício. Terras indígenas estão na pauta ruralista, na mira de mineradoras e na arquitetura das hidrelétricas amazônicas. São muitas frentes abertas no Congresso, no campo e no governo. É um mosaico de argumentos que têm em comum a complexidade e a briga pela terra.

Há o conflito histórico dos guaranis e kaiowás no Mato Grosso do Sul, o conflito recente dos Tenharim no sul do Amazonas e uma miríade de outros casos. No Congresso, a bancada ruralista fechou o ano ressuscitando a PEC 215 – a Proposta de Emenda à Constituição que transfere do Executivo para o Legislativo a prerrogativa de demarcação de terras indígenas. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, cansou de dizer que a iniciativa é inconstitucional, enquanto sua pasta prepara uma proposta sobre o assunto. Em meio a essa agenda explosiva há a necessidade de se definir algo contemporâneo – a consulta aos povos indígenas quando forem afetados por algum projeto. Isso agrada ao setor elétrico e porções progressistas do governo, animou indigenistas e colocou à mesa lideranças indígenas – até o governo mandar uma mensagem ambígua e o diálogo ser rompido. (mais…)

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AYRCA apoia Hutukara e afirma que consideram chefe da DSEI Yanomami “demitida há muito tempo”

AYRCA

Maturacá, 02/01/2014

Da: AYRCA

Para: Secretaria Especial de Saúde Indígena – DF
ILMO. SR. ANTONIO ALVES DE SOUZA

Assunto: ratificação para afastamento da senhora Joana Claudete, chefe da DSEI/Yanomami e Yekuana/Boa Vista/Roraima e apoio a ação da Hutukara

 C/C: Ministério Publico Federal – Boa Vista RR, Ministério Publico Federal – AM, Fundação Nacional do Índio- FUNAI/ Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami e Ye’kuana- FPEYY – Boa Vista RR /DF.

Aos 02 de janeiro de 2014 as 9horas da manhã reunimos ao Ginásio Poli esportivo Padre Antônio Góis da Escola Estadual Indígena Imaculada Conceição, lideranças, professores, diretoria da AYRCA (Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes) e o povo com objetivos de reafirmar documento anterior encaminhada no final de ano de 2013 para a SESAI, na qual solicitamos exoneração da senhora Joana Claudete do seu cargo na gestão do Distrito Yanomami e Yé kuana, e juntamente com os coordenadores de programas existentes dentre ao Distrito Yanomami.  Por meio desta reunião povo decidem reafirmar posicionamento coletiva da seguinte forma: (mais…)

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No Congresso, até ruralistas são ‘verdes’

Latuff agronegócioA defesa do meio ambiente é uma bandeira difusa no mundo político brasileiro. Governantes e parlamentares que se definem como ambientalistas não se sentem obrigados a demonstrar, no dia a dia de suas atividades, envolvimento direto com a causa.

Por Daniel Bramatti do O Estado de S.Paulo

Alguém definiria como “verdes” os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR)? Ou as deputadas Elcione Barbalho (PMDB-PA) e Jandira Feghali (PC do B-RJ)? Pois são todos integrantes da chamada Frente Parlamentar Ambientalista, uma das maiores bancadas temáticas do Congresso. Nada menos que 175 deputados e 11 senadores integram o grupo, criado em 2011 e coordenado por Sarney Filho (PV-MA). Quase um terço do Congresso, portanto. Estão lá parlamentares de 20 partidos, do DEM ao PSOL, do PT ao PSDB.

Mas esse grupo atua, na prática, como uma bancada? A resposta é não. E isso fica claro a partir de análises feitas com o Basômetro – ferramenta online desenvolvida pelo Estadão Dados que mostra o comportamento de indivíduos e partidos nas votações realizadas na Câmara e no Senado. (mais…)

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Apoio ao povo Yanomami pelo atendimento de saúde sério e com respeito

cirO Conselho Indígena de Roraima-CIR, vem publicamente afirmar o apoio total a reivindicação do povo Yanomami em Roraima pelo atendimento de saúde sério e com respeito. E repudiamos o ato corrupto que está sendo feito com recurso financeiro e serviço em prol a saúde do povo Yanomami por gestores do Distrito Yanoamami. E também afirmamos que a tal tuxua Maria não tem legitimidade de representar os demais tuxauas Macuxi, por sempre estar envolvido com politicagem a mando de pessoas que não querem ver indígenas organizados e fortalecidos.

E confirmamos que em 2014, também os indígenas que são atendidos pelo distrito leste estarão em mobilização por entender que as reivindicações feitas de forma pacifica em assembleias de tuxauas com gestores do distrito não estar tendo resultado em prol a qualidade da saúde indígena do leste.

Assim com os Yanomami do Distrito Yanomami, nós também indígenas atendidos pelo Distrito Leste vamos partir para o Vai ou Racha, pois já esperamos o bastante para apenas chegar no final do ano e apenas ouvir lamentações e planos sendo desviados a mando de ingerência política partidária. (mais…)

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Por que a Militância Negra?

cabeça de mulher negra nos ladrilhos

Por Mariana Barbosa do blog Blogueiras negras

Quando, inspirada por alguns/algumas amigos/as, parei para refletir o que foi ano de 2013 na minha vida, me peguei refletindo a minha negritude.

Enquanto eu ouvia um vídeo do coral de Soweto fazendo uma homenagem à Mandela num supermercado, não conseguia parar de chorar. Aquele canto que mais parecia pranto, carregado de dor e também de história, parecia descer pela minha espinha, chegar aos meus pés e estabelecer uma conexão com meu passado. Foi uma sensação muito estranha. Eu me senti conectada, de fato, à minha negritude, como poucas vezes havia experimentado. Cada uma daquelas vozes era um relato de resistência, de força, de comunhão.

Pareciam me contar uma história…

Então eu refleti! (mais…)

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Sem-abrigo japoneses recrutados para limpar Fukushima

Sem-abrigo e desempregados são levados a trabalhar abaixo do salário mínimo na descontaminação de Fukushima. A mafia e as ETT ficam com uma parte do salário.
Sem-abrigo e desempregados são levados a trabalhar abaixo do salário mínimo na descontaminação de Fukushima. A mafia e as ETT ficam com uma parte do salário.

O lixo radioativo da central nuclear de Fukushima vai demorar décadas a limpar e escasseiam os candidatos ao trabalho. Os gangs da Yakuza também lucram com o negócio da exploração.

 Do site Esquerda.net

A Tokyo Electric Power Co (Tepco) está a tentar recrutar 12 mil trabalhadores até 2013 para o desmantelamento do complexo Fukushima Daiichi, afetado pelo tsunami que despoletou o maior desastre nuclear desde Chernobil. Como os candidatos escasseiam para este trabalho arriscado, que é pago abaixo do salário mínimo, a empresa tem recorrido a empresas de trabalho temporário e à máfia Yakuza para recrutarem trabalhadores, informa a agência Reuters.

Entre os alvos dos angariadores estão os sem-abrigo da região, a par dos desempregados. Por cada contratado, as empresas recebem cerca de 73 euros, e as autoridades calculam que a Yakuza tenha lucrado mais de 40 mil euros com a sua percentagem do salário de cada trabalhador enviado para Fukushima. (mais…)

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Usinas no rio Tapajós: desconstruindo mentiras do governo – Parte 2

plataforma petrobrás afundando

Hoje fiquei muito indignada com a matéria da Folha de SP (Governo quer leiloar neste ano a 1ª ‘usina-plataformano Pará) sobre as usinas planejadas para serem construídas no rio Tapajós. Lamentável, também, é que em uma lauda de informações quase que totalmente questionáveis, há lá no finalzinho, uma fala do meu amigo Celio Bermann que, tenho certeza, disse muito mais do que foi publicado.

Tanto a Folha de SP como os demais veículos chamados de grande mídia, que eu chamo de mídia alienadora, perdem uma grande oportunidade de mostrar aos leitores a verdade. Não é preciso dar opinião, já que os jornalistas, em sua maioria, se esquivam disso em nome da neutralidade. Porém, é preciso mostrar sempre com igual isenção, e equidade de espaço, os argumentos de especialistas.

Nesse caso específico, a Folha mostrou apenas o que diz o governo e seus apaniguados. Sabidamente Mario Zimmermann e Maurício Tolmasquim são instrumentos de um setor caquético, mal administrado, sem transparência e que se tornou uma verdadeira caixa preta inexpugnável. Eles fazem coro com o secretário do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho, que despejou mentiras em outra publicação e que foi objeto da minha nota anterior (Parte I). (mais…)

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A canoa de tolda faz parte da história do Velho Chico e do Brasil

canoa de toldaCanoa de tolda; uma lembrança viva para quem viu, um exemplar para vê agora

Correio do Povo de Alagoas

Ao passar pela orla de Penedo deparei-me com uma cena que há décadas Penedo não mostra mais. A presença de uma canoa de tolda ancorada no resto de leito do Velho Chico, nas imediações Rodoviária da cidade.

A minha memoria ainda fértil das lembranças de uma conversa que mantive com Murilo Resende, oriundo da fazenda Intans, pertencente ao Curral das Pedras, município de Gararu que nos relatava no ano comemorativo dos 500 anos do rio São Francisco.

Com a propriedade de quem viveu nos tempos da canoa de tolda, Murilo puxou pela memória que lhe fazia encher os olhos de lágrimas o que passo a narrar. (mais…)

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