MG – Chacina de Unaí: 10 anos de impunidade para os mandantes

UNAIBANNERPINGOPor Frei Gilvander Moreira

Chacina de 4 fiscais, em Unaí: dia 28/01/2014 serão 10 anos, com os mandantes ainda livres, sem julgamento e impunes.

Impunidade até quando? O STF já deveria ter definido o local do julgamento dos mandantes do massacre. O justo é que o julgamento dos mandantes aconteça “pra ontem”  em Belo Horizonte. Os jagunços foram julgados na 4a Vara Federal, em Belo Horizonte, MG. Não é justo julgar os mandantes do massacre em Patos de Minas, pois lá os jurados estarão sob a influência do latifúndio, do agronegócio e dos latifundiários.

Para manter acesa a memória, assista à Grande Reportagem, da TV Record sobre a Chacina dos 4 fiscais, em Unaí, Noroeste de MG, clicando no link abaixo:

A Grande Reportagem traz depoimentos de pistoleiros sobre a chacina de Unaí

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Educação de Jovens e Adultos visa alfabetizar 1200 trabalhadores no PR

Por Geani Paula, da Página do MST

De 3 a 17 de janeiro, ocorreu a Formação para educadores do Projeto de Educação de Jovens e Adultos (EJA), no município de Cascavel, Paraná. O EJA é uma parceria entre o MST, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e tem como órgão executor o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).

A semana de formação teve como objetivo capacitar educadores e educadoras para a educação de Jovens e Adultos, proporcionando subsídios teóricos e metodológicos para trabalhar com os educandos.

O projeto terá duração de dois anos e visa escolarizar 1200 educandos, com turmas distribuídas em acampamentos e assentamentos do Paraná.

Para a educadora Marlene Sapelli, o EJA é uma maneira de consolidar políticas públicas e democratizar o conhecimento. “Nos últimos anos a Educação de Jovens e Adultos tem sido excluída das políticas públicas. A sua retomada por parte do MST expressa as necessidades das comunidades em acessar o conhecimento na perspectiva de ocupar espaços e realizar ações que exigem domínio cada vez maior de conhecimento”. (mais…)

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Mapa de resgates reforça relação entre trabalho escravo e desmatamento na Amazônia

Mapa de resgates de escravos na Amazônia: clique aqui para visualizar
Mapa de resgates de escravos na Amazônia: clique aqui para visualizar

Visualização permite observar a alta incidência de flagrantes em áreas de desmatamento, e reforça a relação entre avanço da fronteira agrícola, degradação social e devastação do meio ambiente

Por Daniel Santini, Repórter Brasil

Todos os resgates de trabalho escravo realizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego entre 2003 e 2013 foram organizados em um mapa no projeto Infoamazonia. A visualização permite observar a alta incidência de flagrantes nas áreas em que mais houve desmatamento na Amazônia e reforça a relação entre avanço da fronteira agrícola, degradação social e devastação do meio ambiente.

No mapa, passe o cursor sobre os círculos vermelhos para ver a quantidade de trabalhadores libertados por município no período – quanto maior o círculo, maior a incidência. Clique nos botões “frigoríficos” e “desmatamento” para visualizar onde estão frigoríficos na Amazônia e onde ocorreu o desmatamento. (mais…)

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Prefeito de Coari (AM) é acusado de abusar de meninas de 9 a 15 anos

Segundo denúncia, Adail Pinheiro oferecia dinheiro e presentes em troca de práticas sexuais com menores de idade.

Fantástico

O Fantástico denuncia uma vergonha nacional: um lugar onde meninas de 9 a 15 anos sofrem abusos sexuais por parte de um grupo de pedófilos que seria liderado por um prefeito.

“Eu tinha 9 anos. E a minha mãe cozinhava no barco. Eu ficava lá brincando, enquanto minha mãe estava trabalhando. Ele me estuprou dentro do barco mesmo, entendeu. Eu fiquei muito apavorada, com vergonha, nunca consegui colocar isso para fora. Hoje em dia, ele quer a minha filha”, conta uma vítima.

“Ela tem 11 anos, então ele está destruindo a minha vida inteira, porque aconteceu comigo, aconteceu com o meu sangue e agora ele quer a minha filha. É monstruoso demais”. (mais…)

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A cor da fé – relações estreitas entre intolerância, raça e religiões de matriz africana

intolerancia religiosaCasos de intolerância religiosa registrados no país subiram de 15 para 109 entre os anos de 2011 a 2012

Por Guilherme Lemos*, no Medium.com

Quando escuto notícias do tipo “Evangélicos tentam invadir terreiro em Olinda” ou “Traficante evangélico proíbe terreiros no Morro do Dendê”, me pergunto se os lideres religiosos estão realmente passando a mensagem escrita na bíblia ou se as pessoas se cegam diante de intolerâncias medíocres construídas outrora. Cresci num lar protestante e, mesmo me identificando hoje com religiões de matriz africana, faço questão de guardar mensagens para refletir episódios diversos na vida.

Lembro que o princípio teológico regente do cristianismo é a salvação pela fé, numa operação feita pelo Espírito Santo “… pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós é dom de Deus” (Ef 2:8). Diante disso, pergunto a alguns que se dizem cristãos: por que tomam o lugar de Deus tentando converter os outros a suas verdades se o próprio livro sagrado que seguem não lhes permite convencer ninguém? Não seria mais interessante exercer amor ao invés de perseguirem outras crenças? Parece-me que alguns estão muito ocupados com seu próprio umbigo, tão ocupados que só pensam na própria “prosperidade”. A ironia e a cegueira são tantas que destruir um templo umbandista e mantê-lo de portas fechadas é plausível ou ignorável, mas se torna um absurdo a forma como alguns países tratam os cristãos. Não percebem os fanáticos que incorrem no mesmo erro. (mais…)

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Rastros de Brecht: o poeta-movimento

Por Sally Satler, em Desacato

Chegar na casa onde Brecht viveu os últimos anos de sua vida foi emocionante. Após 15 anos de exílio, em razão da ascensão de Hitler ao poder, Brecht finalmente conseguiu retornar a Berlim. Não era mais a cidade que deixou. Mas foi na Chaussestrasse, 125 que voltou a criar suas peças de teatro e escrever poesias, além de fundar, bem perto dali, a companhia de teatro ‘Berliner Ensemble’, junto com a esposa Helene Weigel, e que existe até os dias atuais.

Ao adentrar na casa, é perceptível a simplicidade do poeta. Na sala-escritório, os móveis eram bem simples, tal como nos demais cômodos. Foi ali que ele criou parte de sua obra, caminhando por entre as cinco mesas espalhadas pelos cantos, com cinzeiros à espera de seu charuto. Sim, o poeta era movimento, tal como sua vida de intelectual militante; e não foi difícil senti-lo naquele lugar, mesmo após tantos anos. Da janela ao canto da sala, ele observava o cemitério onde hoje está enterrado, próximo ao túmulo de Hegel. No outro canto, sua máquina de escrever, onde datilografava seus poemas e depois os percorria novamente corrigindo-os à caneta. Poemas hoje guardados em um armário de gavetas brancas, protegidos em plásticos transparentes, mas ao alcance da leitura daqueles que lhe visitam.

Brecht Escritório

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MT – Demarcação de terras quilombolas é exigida em ação civil pública em Cáceres

Fonte: Jornal Oeste
Foto: Expressão Notícias

Defensoria Pública da União

Nesta segunda-feira (20), a comunidade Pita Canudos foi representada pela Defensoria Pública da União (DPU) em Cáceres (MT), que ajuizou uma Ação Civil Pública para obrigar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a União a promoverem estudos e levantamentos necessários à regularização fundiária da área sobre a qual incide a gleba da comunidade.

Em setembro de 2013, a Comunidade Pita Canudos foi certificada pela Fundação Cultural Palmares, entidade veiculada à preservação de manifestações culturais afro-brasileiras, como remanescente de comunidades de quilombos. No entanto, a regularização do seu espaço ainda não teve início.

Segundo o defensor público federal Hendrikus Simões Garcia, que atua no caso, “a presente Ação Civil Pública tem por objetivo a tutela dos interesses difusos e coletivos de diversas famílias de trabalhadores rurais remanescentes de quilombos que se encontram destituídas de todo e qualquer amparo por parte do poder público, em razão da mora estatal em promover a regularização fundiária de uma considerável parcela de suas terras situada neste município de Cáceres, assim como em desenvolver os trabalhos necessários à implantação de um projeto de assentamento local”.

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Jornal Nacional veicula matéria que distorce posição do ISA em relação à construção de Belo Monte

LOGO ISAISA

Na última sexta-feira, 17 de janeiro, o Jornal Nacional, da TV Globo, levou ao ar uma reportagem sobre a construção da usina de Belo Monte , na qual a declaração do representante do ISA, Marcelo Salazar, foi distorcida. A entrevista tinha como pauta o não cumprimento das condicionantes envolvendo a construção da hidrelétrica, no Rio Xingu. O ISA monitora e acompanha o cumprimento dessas condicionantes – estabelecidas quando da concessão da licença de instalação do canteiro de obras, no início de 2011 – por parte da Norte Energia, construtora da usina. E tem denunciado constantemente o não cumprimento e o atraso nos compromissos assumidos pela empresa.

Marcelo Salazar recebeu a equipe do telejornal em Altamira e disponibilizou mapas, dados, referências e arquivos além de falar longamente sobre os problemas de Belo Monte, como as condicionantes não cumpridas e atrasadas, impactos sobre a saúde, sobre as populações indígenas e falta de transparência sobre os investimentos realizados. Salazar disse ao repórter que os projetos em curso poderiam trazer políticas públicas para a região, que isso já estava começando a acontecer, mas que tais políticas eram direitos dos cidadãos e deveriam acontecer independentemente de grandes obras.

O repórter Marcos Losekann gravou a conversa e na edição a declaração de Salazar foi cortada, distorcendo o sentido do que foi dito. Além disso, a reportagem deixou de mostrar alguns exemplos de condicionantes ainda não cumpridas ou em atraso, que Marcelo mencionou tais como: (mais…)

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