“Polícia Federal prende cinco índios Tenharim”

Foto: internet
Foto: internet

Por Kátia Brasil, em Amazônia Real

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (30) cinco índios da etnia tenharim por acusação de supostos crimes de sequestros e homicídio contra Stef Pinheiro, Luciano Freire e Aldeney Salvador, desaparecidos dentro da reserva indígena, na Transamazônica, desde o dia 16 de dezembro de 2013, no sul do Amazonas.

Segundo informações do Exército brasileiro, as prisões ocorreram durante grande operação da força-tarefa, que contou com apoio de helicópteros e a presença do superintendente da PF de Rondônia, delegado Arcelino Damasceno, na região da aldeia Tracuá, na reserva indígena Tenharim-Marmelos, entre as cidades de Manicoré e Humaitá (591 quilômetros de Manaus).

Não há informações sobre prisões de índios da etnia jiahui ou não indígenas. A reportagem não localizou ainda os familiares dos desaparecidos e lideranças tenharim para comentarem sobre as prisões.

As prisões são resultado de uma série de ao menos dez depoimentos de índios tenharim e jiahui que o delegado da PF, Alexandre Alves, tomou dentro da reserva para elucidar os crimes. Informações sobre os resultado das buscas aos três homens, das perícias realizadas nas peças encontradas na reserva  e as causas dos crimes não foram divulgadas. (mais…)

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Lançado livro sobre hidrelétricas na América Latina (entrevista com Felício Pontes e livro para baixar)

Felício Pontes Júnior, um dos autores da obra Arquivo Beth Begonha
Felício Pontes Júnior, um dos autores da obra Arquivo Beth Begonha

Publicação é resultado de debates entre procuradores de diversos países da região

Por Beth Begonha

O procurador do Ministério Público Federal no Pará Felício Pontes Júnior, um dos autores da obra sobre hidrelétricas na América Latina, é o entrevistado desta quinta-feira (30) do Amazônia Brasileira. Ele fala sobre o livro, lançado por membros do Ministério Público da América Latina e pesquisadores, que aborda os impactos causados pela instalação de hidrelétricas na região e a maneira como o MP trabalha para evitá-los ou minimizá-los.

Hidrelétricas e atuação do Ministério Público na América Latina  registra a importância de tratar os impactos causados pelas hidrelétricas de forma integrada, observando os efeitos acumulados da instalação de diversas usinas em uma mesma região. A publicação apresenta também propostas para que poder público, empresas e cidadãos possam aprofundar a análise e o tratamento das questões socioambientais ligadas a esses impactos, principalmente na região amazônica do Brasil, Equador e Peru. O livro é organizado por Felício Pontes Júnior, pelo promotor de Justiça em Minas Gerais Leonardo Castro Maia e pela procuradora de Justiça no Rio Grande do Sul Sílvia Capelli.

A obra está disponível para download em PDF na internet.

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Indígenas se reúnem com Ministério Público Federal em Montes Claros

Segundo líder, nem todos puderam participar da reunião. (Foto: Valdivan Veloso/G1)
Segundo líder, nem todos puderam participar
da reunião. (Foto: Valdivan Veloso/G1)

Eles cobram melhorias no atendimento a saúde dos índios. Cerca de 80 índios participaram da audiência pública.

Por Valdivan Veloso, do G1 MG

ideranças de comunidades indígenas das comunidades Xakriabá, Tupiniquim, Patachó e Pankararu participaram na tarde desta quinta-feira (30) de uma audiência pública com o Ministério Público Federal em Montes Claros. Eles discutem questões a situação da saúde e também problemas territoriais enfrentados pelos índios.

Cerca de 80 índios estão na sede do MPF, mas nem todos puderam participar da reunião. Segundo o líder Xakiabá, Hilário Xakriabá, o procurador Marcelo Malheiros informou que a sala não poderia acomodar todos os presentes.

Ainda segundo Hilário Xakriabá, o cenário da saúde para os índio piorou com a Secretaria Especializada em Saúde Indígena (Sesai). “Nós pensávamos que a saída da Funasa iria melhorar muito o atendimento da saúde para os índios, mas infelizmente estamos regredindo”, afirma. (mais…)

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Curta Agroecologia: sementes crioulas no Paraná

Mais um vídeo do projeto Curta Agroecologia, produzido pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), foi lançado nesta semana. Buscando dar visibilidade às experiências de preservação e multiplicação das sementes crioulas na região centro sul do Paraná, Sementes e histórias mostra o trabalho dos agricultores familiares em uma região com desafios relacionados ao cultivo do fumo e à expansão das sementes transgênicas. O curta é dirigido por Tiago Carvalho e foi filmado entre agosto e setembro de 2013. Mostra também os impactos positivos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) no apoio a redes locais de uso e conservação das sementes crioulas.

 Articulação Nacional de Agroecologia (ANA)

André Jantara, técnico da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia, aponta os problemas enfrentados com o uso de agrotóxicos no cultivo do tabaco e com as sementes transgênicas, e explica como os agricultores têm desenvolvido a conservação e multiplicação das sementes crioulas (milho, feijão, arroz, trigo, batata, entre outras) e a diversificação de cultivos dentro das propriedades. (mais…)

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Universidade de Coimbra: Preconceito vai muito além de xenofobia contra brasileiros, dizem estudantes

Fotos: Reprodução/Lista R - Reset à AAC
Fotos: Reprodução/Lista R – Reset à AAC

Opera Munid

• Os brasileiros e os pretos deveriam morrer.
• ‘Mas você é brasileira!’ – quando recusei uma investida sexual
• ‘Burro! Aprenda a falar/escrever o português direito’ — tudo isso porque sou brasileiro
• ‘Sabe o quê brasileira fala quando vai tirar foto? Pênis’ – depois ele sorriu ironicamente…

Cartazes de protesto com os dizeres acima ganharam as redes sociais nos últimos dias denunciando a xenofobia praticada contra brasileiras e brasileiros estudantes da Universidade de Coimbra, em Portugal. A repercussão das mensagens na internet, entretanto, esconde uma realidade muito mais complexa: o ódio contra estrangeiros é apenas uma das formas do preconceito perpetrado diariamente no campus universitário português. Indiscriminadamente, alunos e professores de Coimbra adotam, com agressividade, posturas racistas, machistas e homofóbicas. (mais…)

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Desintrusão da TI Awá Guajá: o início da superação de negação dos direitos

 awa-existimosCimi Regional Maranhão

Desde o início do mês de janeiro, acompanhamos as notícias sobre o processo de desintrusão da Terra Indígena (TI) Awá-Guajá, localizada na região Amazônica, mais especificamente no noroeste do Maranhão. Uma espera que, em 2015, completaria 30 anos.

Este processo na região não é tranquilo porque contraria muitos interesses exploratórios, criminosos e de violação dos direitos humanos e ambientais. Ao mesmo tempo, na Terra Indígena Alto Turiaçu, na fronteira com a TI Awá, os indígenas Ka’apor têm sido violentamente reprimidos e ameaçados desde junho de 2013, quando iniciaram um importante trabalho de fiscalização no seu território, que vinha constantemente sendo invadido e desmatado por fazendeiros e madeireiros. Além deste monitoramento, os Kaa´por também estão fazendo a retirada dos invasores e o reavivamento dos limites demarcatórios de sua terra. (mais…)

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Especial “Marãiwatsédé, terra dos Xavante”

Xavantes
Guerreiros xavante se preparam para retomar parte do território, TI Marãiwatséde. (Foto: Wilson Dias/ABr)

Instituto Socioambiental – ISA

Conheça o especial “Marãiwatsédé, terra dos Xavante” que busca contextualizar e apresentar informações detalhadas sobre o processo de desintrusão da Terra Indígena Marãiwatsédé (MT), do povo Xavante.

Imagens, mapas, notícias, além de detalhes sobre como políticos da região orquestraram a ocupação ilegal da terra após sua demarcação como território do povo Xavante.

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Aty Guasu informa: Os conselhos Guarani e Kaiowá estão recorrendo ao STF para suspender a ordem de ‘reintegração’ do tekoha Apyka’i

Aty Justiça e Paz

Aty Guasu informa que os conselhos do Guarani e Kaiowá estão recorrendo ao STF para suspender a ordem do TRF3. Além disso, os integrantes do povo Guarani e Kaiowá se articulam para apoiar resistência da comunidade Guarani e Kaiowá do tekoha Apyka’i.

A justificativa da resistência é que após o despejo judicial do tekoha Apyka’i em 2009, já foram assassinados 4 indígenas pelos pistoleiros e uma (1) idosa envenenada, duas crianças atropeladas e dilaceradas na rodovia, três vezes as barracas foram invadidas e incendiadas pelos pistoleiros da Usina São Fernando. Assim, é evidente que a decisão da justiça federal de 2009 condenou a comunidade do Apyka’i para extermínio que está em processo. (mais…)

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MPF/MT quer garantir medicamentos a índios Enawenê Nawê

Etnia sofre com falta de medicamentos e péssimas condições do atendimento de saúde

Ministério Público Federal no Mato Grosso

Tramita na Justiça Federal de Juína, na região noroeste de Mato Grosso, uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal, em dezembro de 2013, que pede que a União adote medidas urgentes para garantir o suprimento de medicamentos e a melhoria da estrutura do posto de saúde que atende aos índios Enawenê Nawê.

A vistoria feita em dezembro de 2013 por um médico e um engenheiro sanitarista, juntamente com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a pedido do Ministério Público Federal, registrou e confirmou a situação de calamidade do posto de saúde da aldeia Halataikwa relatada pelos índios.

“O posto não tem cadeira, não tem material nenhum, não tem lugar para armazenar medicamento”, afirma o relatório de vistoria no posto de saúde que deveria prestar o atendimento de saúde básico para as 700 pessoas da terra indígena Enawenê Nawê.

Para reivindicar a melhoria no atendimento de saúde, os índios bloquearam a rodovia MT-170 três vezes nos últimos três anos. Em 2012, surtos de diarreia, vômito e febre alta atingiram 131 indígenas. Em dezembro de 2013, os índios bloquearam a rodovia e cobraram pedágio para conseguir dinheiro para comprar medicamentos e conter o surto de conjuntivite, pneumonia e diarreia. Só de conjuntivite, a equipe de enfermagem registrou 180 casos de conjuntivite atendidos no mês. (mais…)

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PB – Chineses começarão a explorar minério de ferro em Cajazeiras

Por  Radar Sertanejo, em CPT Nordeste II

Um grupo de empresários chineses já está em São Paulo ultimando os preparativos para a instalação de uma empresa mineradora para exploração de minério de ferro em uma área localizada nos municípios de Cajazeiras e São José de Piranhas, Alto Sertão da Paraíba. A empresa deve começar a trabalhar no canteiro de obras ainda no final do mês de fevereiro deste ano.

A área de terra demarcada para a exploração da matéria prima  vai do distrito de Bom Jesus, município de São José de Piranhas até a localidade denominada de sítio Cocos em Cajazeiras. A prospecção coloca que os chineses podem explorar, por 12 anos, milhões de toneladas. Eles querem, inclusive, fazer um ramal para a Transnordestina, para facilitar a escoação do minério.

Segundo apurou o Radar Sertanejo, o investimento para a exploração da matéria prima na região deve chegar a, pelo menos, 500 milhões de dólares.  Depois da transposição do Rio São Francisco, este será o maior investimento na região e deve gerar centenas de empregos diretos e indiretos.

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