O Dia Nacional da Consciência Indígena é uma ideia que estava germinando na cabeça de Marcos Terena desde 1985, quando subiu a Serra da Barriga, acompanhando o Movimento Negro Brasileiro, que comemorava o tombamento da montanha em que Zumbi dos Palmares enfrentou os colonialistas escravizadores e morreu defendendo a liberdade e igualdade de todos no Brasil.
Cunhambebe e Aimberê, guerreiros Tubinambá, também se revoltaram contra a escravização dos povos indígenas no Brasil. Organizaram a Confederação Tamoio com indígenas de Campos até São Paulo e combateram heroicamente contra os colonialistas e escravizadores portugueses.
Com a derrota da Confederação Tamoio, o resultado da guerra que envolveu os franceses que forneciam armas aos Tamoios e portugueses que foram buscar apoio junto aos Tupiniquins em Niterói, foi a fundada a cidade do Rio de Janeiro por Estácio de Sá, em 1° de março de 1565, com o objetivo de estabelecer uma fortificação, para impedir futuras revoltas indígenas e invasões de outros poderes coloniais.
Para lembrar a história de luta dos Povos Indígenas na construção do Brasil, os representantes dos povos indígenas, atualmente aldeados no antigo Museu do Índio ao lado do Maracanã no Rio de Janeiro, local que ele batizaram de “Aldeia Maracanã”, pegaram a ideia de Marcos Terena e irão aproveitar hoje, 20 de Janeiro de 2013, dia do Padroeiro da cidade, São Sebastião do Rio de Janeiro, para lançarem nacionalmente o“Dia Nacional da Consciência Indígena” e assim divulgarem sua embaixada para toda a humanidade.
Os povos Indígenas no Brasil nunca se entregaram. Apinajé na Amazõnia, a guerra dos Aimoré na Bahia e dos Potiguares no Rio Grande do Norte e na Paraíba são inúmeros momentos na História do Brasil que nos revelam a tenacidade dos povos indígenas na defesa de seus territórios e modos de vida, e a visão colonial que perdura até hoje de que os povos indígenas é que seriam os estrangeiros em suas próprias terras, como a exemplo do atual governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que num momento de ira com os jornalistas, que lhe perguntavam sobre a Aldeia Maracanã, respondeu que era um deboche falar de índios na área do Maracanã, que nunca teve índio ali, fosse me 1506, 1806 ou agora.
A construção da represa de Belo Monte, a invasão das terras dos Kaiowá. o não reconhecimento da cidadania e das representações indígenas que exigem a manutenção da Aldeia Maracanã são todos exemplos atuais da persistência do comportamento colonial da sociedade brasileira com os Povos Indígenas, habitantes originais de Pindorama, terra que hoje se chama Brasil.
Conheça um pouco da história do início do período heroico dos povos indígenas no Brasil, o porquê da denominação carioca, que o governador do estado parece desconhecer, onde ficava a área chamada Uruçumirim e aprenda com quantos paus se faz uma canoa, ou uma Aldeia de Resistência e Consciência Indígena, chamada Maracanã.
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Não concordo com o genocídio memorial que quer extinguir pretos e indígenas do país. O desvario colonialista do Cabral remete aos tempos de Pedro Alvares.
Precisamos fortalecer esta causa, o capital engole as culturas e se fortalece cada dia, a mídia mostra apresenta o mínimo e as vezes de forma deturpada, carlos zidanes guarani kaiowa.