O direito de matar

Mauro  Santayana

O Presidente Barack Obama se nega a informar em que dispositivo da Constituição se ampara para ordenar o assassinato de cidadãos norte-americanos. Seu concidadão, Vicki Divoll, ex-assessor do Senado para as questões de segurança e ex-consultor jurídico da CIA, em título de artigo publicado ontem pela edição online do New York Times, faz-lhe a pergunta direta: Presidente, quem lhe disse que o Senhor pode matar americanos?

O autor cita três casos conhecidos de cidadãos americanos assassinados no Exterior, sob a ordem direta de Obama: Anwar al-Awlaki, um clérigo muçulmano, nascido no Novo México; Samir Khan, naturalizado norte-americano e Abdulrahman al-Awlaki, de 16 anos, natural do Colorado, sobrinho do clérigo Anwar. Podem argumentar que todos têm nomes árabes. Árabes são o nome e o sobrenome também do Presidente. Esses são os casos conhecidos, mas há outros, certamente.

Há dias, Obama sancionou lei do Congresso, autorizando o monitoramento de todos os cidadãos estrangeiros que se tornem suspeitos de atividades contra o seu país. Como se sabe, pelo que ocorreu a bin-Laden e a outros, os norte-americanos se arrogam o direito de não só vigiar, mas de matar, fora das operações de guerra declarada, qualquer cidadão estrangeiro, em qualquer lugar do mundo, em nome de sua segurança. O lema do governo dos Estados Unidos passa a ser, assim, o deVigiar e Matar. (mais…)

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Rede Latino-Americana contra o Trabalho Infantil prorroga inscrições para o “Concurso de Boas Práticas” até 28/02

Demonstre quão importante é a luta pela prevenção e erradicação do Trabalho Infantil e a proteção do Trabalho Adolescente permitido na América Latina. Se a sua organização tiver alguma experiência neste âmbito e as suas características forem replicáveis noutros contextos ou situações, quer em parte quer na sua totalidade, inscreva-a aqui no Concurso de Boas Práticas da Rede LACTI.

Este concurso é promovido pela Fundación Telefónica e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O objectivo é identificar, valorizar e dar a conhecer as Boas Práticasque mereçam o reconhecimento da OIT e a sua eventual apresentação na quarta etapa do IV Encontro Internacional contra o Trabalho Infantil no Brasil, em Agosto de 2013.

Para saber como participar e as etapas do concurso clique nesta ligação.

Somos um espaço de referência, análise, discussão e geração de propostas para avançar na prevenção e erradicação do trabalho infantil. Junte-se à Rede Latino-Americana contra o Trabalho Infantil! (mais…)

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Dawson, a ilha do terror

Foto dos prisioneiros da ilha, tirada em 1973 / Foto: GlobalPost

“Me senti como um protagonista de um desses filmes sobre a Segunda Guerra Mundial. Quando chegamos ao campo, alguns choravam ao ver tantas muralhas circundadas com arame farpado. Havia 27. Era difícil de acreditar”, disse Baldovino Gómez em 1989 à extinta revista Análisis, férrea opositora à ditadura Pinochet. Gómez foi um dos muitos prisioneiros que após o golpe de 11 de setembro de 1973 foram confinados na já mítica Ilha Dawson, localizada a 100 km de Punta Arenas, no Estreito de Magalhães.

A esse lugar, onde literalmente acaba o mundo, chegaram ao menos 100 prisioneiros logo depois do golpe militar. Outros dados falam em até 400 presos confinados em quatro barracões, que existiram até outubro de 1974, quando o campo de concentração foi fechado.

Em 10 de janeiro de 2008, 31 ex-prisioneiros políticos da Região de Magalhães, que foram torturados e submetidos a trabalhos forçados e confinados nos campos de concentração da Ilha Dawson e Magalhães, entraram com um processo contra o Estado do Chile por danos e prejuízos. Cinco anos depois, a demanda apresentada pelos ex-prisioneiros Elie Valencia, Miguel Loguercio, Baldovino Gómez, Héctor Avilés e outros, e defendida pelo advogado Víctor Rosas, teve uma sentença favorável na sentença de primeira instância notificada pela juíza Claudia Donoso: (mais…)

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