Dom Pedro Casaldáliga e os latifundiários

Por: Lucas Kocci, Il Manifesto

Por quase um mês ele foi mantido escondido em um lugar secreto, hóspede de um amigo e protegido pela polícia. Às vésperas do Ano Novo, no entanto, no dia 29 de dezembro passado, Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Félix do Araguaia, no Brasil, pôde retornar para a sua casa e para a sua comunidade no Mato Grosso, onde vive ininterruptamente desde 1968.

Ele tivera que se afastar no início de dezembro, por causa das ameaças contra ele por parte dos latifundiários, dos quais uma ordem do Supremo Tribunal está subtraindo milhares de hectares de terras, ocupadas ilegalmente há anos, para restituí-las aos seus legítimos proprietários, os índios do povo Xavante, desde sempre defendidos e apoiados por Casaldáliga.

No último período, as intimidações haviam se tornado cada vez mais insistentes e perigosas: “O bispo não verá o fim de semana”, teriam dito durante uma reunião dos fazendeiros. E assim, o governo federal preferiu proteger o idoso religioso de 85 anos, que sofre de Parkinson, até que a tensão tivesse acalmado. (mais…)

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La demonización de Chávez, por Eduardo Galeano

Hugo Chávez es un demonio. ¿Por qué? Porque alfabetizó a 2 millones de venezolanos que no sabían leer ni escribir, aunque vivían en un país que tiene la riqueza natural más importante del mundo, que es el petróleo. Yo viví en ese país algunos años y conocí muy bien lo que era. La llaman la “Venezuela Saudita” por el petróleo. Tenían 2 millones de niños que no podían ir a las escuelas porque no tenían documentos. Ahí llegó un gobierno, ese gobierno diabólico, demoníaco, que hace cosas elementales, como decir “Los niños deben ser aceptados en las escuelas con o sin documentos”. Y ahí se cayó el mundo: eso es una prueba de que Chávez es un malvado malvadísimo.

Ya que tiene esa riqueza, y gracias a que por la guerra de Iraq el petróleo se cotiza muy alto, él quiere aprovechar eso con fines solidarios. Quiere ayudar a los países suramericanos, principalmente Cuba. Cuba manda médicos, él paga con petróleo. Pero esos médicos también fueron fuente de escándalos. Están diciendo que los médicos venezolanos estaban furiosos por la presencia de esos intrusos trabajando en esos barrios pobres. (mais…)

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Perú: Futuro incierto para el Indepa

Por Clave Verde

7 de enero, 2013.- Hace más de siete (7) años se creó el Instituto Nacional de Desarrollo de Pueblos Andinos, Amazónicos y Afroperuanos (INDEPA) con rango ministerial y empezó el sueño de libertad y democracia en el Perú para una población excluida, olvidada y marginada, sin embargo con los años la realidad nos muestra una historia diferente.

El primero de enero de 2013 mediante Resolución Ministerial N° 482-2012-MC se da por concluida la designación del Dr. Gustavo Zambrano Chávez como Jefe de la Unidad Ejecutora N° 004 – Instituto Nacional de Desarrollo de Pueblos Andinos, Amazónicos y Afroperuanos (UE N° 004 -INDEPA), designándose como encargado de dicha entidad al señor Jorge Augusto Ayo Wong, Director General de la Oficina General de Planeamiento y Presupuesto del Ministerio de Cultura. (mais…)

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Bolivia: Rechazan informe del Tribunal Supremo Electoral sobre consulta en el TIPNIS

Servindi, 7 de enero, 2012.- Dirigentes indígenas cuestionaron el informe presentado esta mañana por el Tribunal Supremo Electoral (TSE) que asegura que 58 de las 69 comunidades consultadas en el TIPNIS rechazaron la Ley de Intangibilidad que protege esta área reservada.

Fernando Vargas, presidente de la Subcentral del Territorio Indígena y Parque Nacional Isiboro Sécure, calificó de mentiroso el resultado y anunció una marcha internacional hasta la sede de la Corte Interamericana de Derechos Humanos (CorteIDH) de la OEA en Washington.

Mientras tanto Marcial Fabricano, histórico dirigente indígena de tierras bajas, consideró lo emitido como una ratificación de la violación de sus derechos como pueblos originarios, ya que durante el proceso no se respetaron sus usos y costumbres. (mais…)

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BA – Monocultura do eucalipto ataca trabalhadores rurais

Deserto das monoculturas de eucalipto

Os sem-terra do acampamento de Baixa Verde, em Eunápolis (Bahia), acusam sindicalistas e capangas de empresa de celulose de fazer ameaças, roubar animais e depredar cercas.

Por Isabel Harari, Especial para Caros Amigos

“As ameaças são constantes, com arma, tiro, gado roubado, cerca cortada, tudo que se possa imaginar”, denuncia Juenildo Oliveira Farias, o Zuza, coordenador estadual do MLT (Movimento Luta pela Terra) e do acampamento Baixa Verde, sul da Bahia. Os ocupantes da área estão em conflito com integrantes da Fetag-BA (Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Bahia), acusados pelos primeiros de estarem associados à expansão da monocultura de eucalipto na região.

Relatos indicam que as ameaças se iniciaram em outubro de 2010, após a Veracel Celulose S.A. perder na Justiça, em decisão de segunda instância, a posse da terra em favor das famílias do MLT. “A partir daí a Veracel tem recuado, e a Fetag atacado cada vez mais”, acusa Zuza.

As 85 famílias do acampamento Baixa Verde, localizado na fazenda São Caetano, município de Eunápolis, vivem assustadas. Boletins de Ocorrência relatam ameaças verbais e físicas, roubo de animais e depredação de cercas, entre outros abusos. Em agosto de 2012, por exemplo, trabalhadores do acampamento foram impedidos de exercer seu serviço por um grupo de 12 pessoas portadoras de foices e facões, que ameaçavam atear fogo no trator se os moradores do Baixa Verde tentassem continuar seu trabalho. (mais…)

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Acusados de estupro são levados a tribunal na Índia

Renata Giraldi*, Repórter da Agência Brasil

Brasília – Cinco homens acusados de estuprar a universitária, de 23 anos, em Nova Delhi, na Índia, compareceram ao tribunal para a audiência preliminar. Eles podem ser condenados à morte. O sexto integrante do grupo, um jovem de 17 anos, será julgado por um tribunal especial para crianças e adolescentes. A agressão contra a jovem desencadeou uma série de protestos violentos em várias cidades indianas e cobranças de providências às autoridades.

A coleta de depoimentos dos cinco suspeitos foi interrompida em decorrência do clima de indignação e de protestos no tribunal. Incapaz de controlar a multidão que assistia à audiência, a  juíza do caso decidiu que os depoimentos seriam tomados em uma sala fechada, sem a presença do público.

O julgamento deve ser transferido para um juizado especial, que pode acelerar o processo. O julgamento ocorre depois de quatro policiais de Nova Delhi serem presos acusados de negligência nas investigações de outra denúncia de estupro e assassinato.

A estudante de medicina, que estava acompanhada por um amigo, foi estuprada dentro de um ônibus em Nova Delhi – que é apontada como a capital da violência sexual. Depois de agredida, a universitária e o amigo foram lançados para fora do veículo. A indiana agredida morreu por falência múltipla dos órgãos, no último dia 29, em Cingapura, onde estava internada. (mais…)

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Movimentos de moradia ocupam prédios na região central da capital paulista

Neste dia 7 de janeiro de 2013, a Unificação das Lutas de Cortiços (ULC) e o Movimento de Moradia da Região Centro (MMRC), iniciaram sua jornada de lutas em Defesa da Moradia Digna na Cidade São Paulo.

O MMRC e o ULC ocuparam o antigo escritório do Projeto Nova Luz, na Rua Couto de Magalhães. Os Movimentos exigem negociações com a Prefeitura e desejam apresentar sua pauta de reivindicações ao Prefeito Fernando Haddad.

O Prefeito se comprometeu a construir 55 mil casas e em especial nas área central considerando que o problema da habitação é um dos mais graves do município.

Defendemos o atendimento às famílias encortiçadas, moradoras das áreas centrais, agilidade nas desapropriações dos prédios vazios, a retomada do programa para famílias Sem Teto no Centro, e a inda a retomada do projeto como a vila dos idosos.

Defendemos a ampliação do valor humilhante do programa parceria social e defendemos a majoração destes valores para no mínimo 700 reais mensais, como forma de garantir o mínimo de dignidade para as famílias que foram despejadas pela Prefeitura do Kassab/Serra.

Não ao cheque despejo!!! Exigimos 20 moradias no centro da Cidade em parceria com os Movimentos dos Sem Teto.  (mais…)

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“Rosto das comunidades de Lucas”

Gilvander Luís Moreira*, para Combate ao Racismo Ambiental (e Religioso)

As comunidades do Evangelho de Lucas e de Atos dos Apóstolos – obra lucana – apresentam um rosto diferente do rosto das comunidades da Judéia, da Samaria e da Galileia de cunho mais rural, comunidades dos Evangelhos de Marcos e Mateus. Eis, abaixo, seis características do rosto das Comunidades lucanas.

1.      As comunidades de Lucas são predominantemente comunidades urbanas, melhor dizendo, das periferias das grandes cidades. No evangelho de Lucas, a palavra grega polis, que, em grego, significa cidade, aparece 40 vezes; em Mateus, 26; e em Marcos, 8. Nos evangelhos sinóticos (Mc, Mt e Lc), o ensinamento é realizado, basicamente, a partir de imagens da natureza, do campo e do trabalho rural (cf. ovelhas, pastores, videira, semente, semeador etc). No livro de Atos dos Apóstolos, essas imagens não aparecem. Isso dá a entender que são comunidades mais urbanas. De fato, no livro dos Atos dos Apóstolos, a palavra cidade aparece 42 vezes.

2.      Comunidades de pobres com alguns ricos. Há um contraste que aparece, sobretudo, no evangelho de Lucas: de um lado, os pobres, famintos, perseguidos, aflitos (Lc 6,20-23) e, do outro, os ricos (Lc 12,16-21) que se banqueteiam sem se preocupar com a miséria dos outros (Lc 16,19-31). Para as comunidades lucanas era importante “não dar murro em ponta de faca”. No meio de uma correlação desigual de forças, melhor infiltrar-se do que confrontar-se com império gigante. Lucas é intransigente em face da opressão econômica e quanto à exigência ética do cristianismo, mas, para fazê-la prevalecer, não se nega ao diálogo cultural e político, a fim de canalizar para o bem a força histórica do mal. Lucas percebeu, muito antes de Paulo Freire, que a melhor forma de amar os opressores é tirar das mãos deles as armas da opressão. (mais…)

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Direitos humanos: um estorvo para as esquerdas?

Rossana Rocha Reis[i] e Deisy Ventura[ii]

Sob a perspectiva da urgente retomada de um projeto de profunda e efetiva transformação social no Brasil, gostaríamos de discutir algumas interpretações e as principais objeções que uma parte das esquerdas brasileiras tem feito às reivindicações baseadas nos direitos humanos

Entre os anos 1960 e 1980, numa América Latina esmagada por regimes ditatoriais, grande parte das esquerdas abraçou o discurso e a pauta dos direitos humanos. Em incontáveis casos, os direitos humanos foram o fulcro de movimentos e ações autoproclamadas esquerdistas. Retomada a democracia, o gozo dos direitos civis e políticos tornou possível que personagens, grupos e partidos identificados com este campo chegassem ao governo em diversos Estados latinoamericanos. Atualmente, o exercício do poder suscita questões sobre a concepção de direitos humanos tanto da esquerda que governa como da esquerda que defende incondicionalmente estes governos, embora amiúde obnubilada em larguíssimas coalizões.

O objetivo deste artigo é refletir sobre a interação entre os direitos humanos e a política no Brasil de hoje. As críticas ao governo que são pautadas pelos direitos humanos tem merecido uma virulenta reação. Pululam as contradições, não apenas entre discurso e prática, mas também dentro dos próprios discursos, e entre certas práticas. É como se um projeto de transformação social prescindisse, ou em alguns casos fosse considerado até mesmo incompatível com a garantia de certos direitos, paulatinamente convertidos em estorvos. Quem cobra do governo federal o respeito aos direitos humanos é acusado de fazer o jogo da oposição, supostamente pondo em risco um “projeto maior”. Argumentos conjunturais como o de que faltam os meios, ou de que o momento não é oportuno para sua efetivação, confundem-se, mais a cada dia, com a minimização da importância dos direitos humanos. (mais…)

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Participación Política Indígena y Políticas Públicas para Pueblos Indígenas en América Latina

El libro “Participación Política Indígena y Políticas Públicas para Pueblos Indígenas en América Latina” es una compilación de diferentes autores que describen la participación política indígena y las políticas públicas en sus respectivos países. Los autores son: Víctor Hugo Cárdenas (Bolivia), André Fernando (Brasil), Andrés Jouannet (Chile), Guillermo Padilla (Colombia), Luis Maldonado/Victor Hugo Jijón (Ecuador), Catalina Soberanis (Guatemala), Francisco Reyes (México), Josué Ospina (Panamá) y Elizabeth Salmón (Perú).

http://www.kas.de/ppi/es/publications/30218/

Enviada por Ricardo Verdum.

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