O destino chocante de vítimas do tráfico humano na Europa Oriental

Em seu livro, Stella clicou mulheres de costas, presas em seus mundos, com efeitos colaterais graves no psicológico, devido a toda a tortura que passaram (Foto: International Organisation for Migration)
Em seu livro, Stella clicou mulheres de costas, presas em seus mundos, com efeitos colaterais graves no psicológico, devido a toda a tortura que passaram (Foto: International Organisation for Migration)

Elas não foram apenas vendidas. Mas também espancadas, estupradas, torturadas e passaram fome. É assim o destino de 25 mil moldavos todos os anos. Em novo livro, britânica mostra o resultado do que viu e ouviu em sua pesquisa

Igor Zahir, Glamour

Na Moldávia o tráfico humano é um problema grave, com cerca de 25 mil pessoas “vendidas” no exterior a cada ano, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística do país. Os homens são levados para trabalhos escravos em fazendas, enquanto as mulheres são mandadas para casas de prostituição de lugares como Turquia, Rússia, Chipre e Emirados Árabes. O pior: os números apontam que 10% das vítimas são crianças na faixa etária de 12 anos.

Victoria é uma delas. “Um amigo de infância me disse que trabalhava em uma boutique em Dubai e poderia me conseguir um emprego. Me colocou em contato com um cara que organizou minha viagem para Odessa (na Ucrânia) e de Kiev para Dubai. Em Dubai, fui recebida por uma mulher de língua russa, Oxana, que me levou para um apartamento com outras seis meninas da Europa Oriental. Oxana revelou que eu tinha sido vendida e tomou meu passaporte. Recusei-me a ver os clientes e, como resultado, cortaram minha comida. Meus gritos e apelos de desespero por causa da fome foram respondidos com socos e chutes”, disse a garota em depoimento para o livro Bessarabian Nights, de Stela Brinzeanu. (mais…)

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Assentamento 26 de Março completa quinze anos no Pará

Por Márcio Zonta, da Página do MST

Em 26 de março de 1998, Oralício Araújo Barros, o Fusquinha, e Valentim Serra, o Doutor, foram assassinados por fazendeiros no despejo ilegal da fazenda Goiás II, em Parauapebas (PA).

A ira dos trabalhadores rurais Sem Terra contra a morte desses militantes históricos do MST do Pará se voltou ainda mais contra o latifúndio em forma de ocupação.

Um ano depois, 26 de março de 1999, mais de 800 famílias ocuparam no sul do estado um dos maiores latifúndios da região, ocupação que viria a se tornar o primeiro assentamento com licença ambiental no Pará.

A fazenda Cabaceira com 11 mil hectares foi grilada pela família Mutran, que colocou no chão um polígono de castanheiras para pastagem do gado.

O crime ambiental foi apenas um dos componentes de atuação dos Mutran na região. A outra faceta era a morte de trabalhadores rurais que prestavam serviços na fazenda e no cobrar dos honorários eram mortos. (mais…)

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ALMG aprova em 1º turno projeto que proíbe homenagem a torturadores

Projeto de lei propõe que sejam retirados de vias e prédios públicos nomes de pessoas ligadas à ditadura militar

Estado de Minas

A Assembleia Legislativa de Minas aprovou nessa quarta-feira, em primeiro turno, projeto de lei que proíbe homenagens a torturadores de presos políticos durante a ditadura militar (1964/1985) com nomes deles em prédios públicos, ruas e avenidas do Estado. A matéria segue agora para Comissão de Administração Pública antes de ir a plenário para votação em segundo turno.

O projeto fixa prazo de um ano, a partir da promulgação da lei, caso aprovada, para que o poder público promova a a retirada de placas, retratos ou bustos de pessoas ligadas à ditadura. Na forma em que foi aprovado, em plenário, o projeto determina que novas alterações nas denominações de prédios públicos ou logradouros no Estado deverão ser efetivadas por meio de lei. Ficam também impedidas futuras denominações em patrimônio e vias públicas de nomes relacionados aos chamados atos de lesa -humanidade, no qual se enquadra a tortura.

Na justificativa do projeto, o autor Paulo Lamac (PT) argumenta que a inciativa quer “garantir que pessoas que tenham comprovadamente praticado crimes de tortura ou crimes contra os direitos humanos, especialmente durante o período da ditadura militar , não sejam homenageadas”. Para parlamentar, é preciso deixar claro que as agressões são inaceitáveis e “aqueles que os praticaram não devem ser apresentados como exemplos para as gerações futuras”.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.

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Argentina: El hijo de un diputado secuestró y violó durante tres días a su ex novia

Marisa Mansilla, con las marcas de las agresiones que padeció (Clarin)
Marisa Mansilla, con las marcas de las agresiones que padeció (Clarin)

Lo denunció la mujer, quien ya había pedido en octubre una restricción de acercamiento porque la golpeaba. El padre del agresor es legislador nacional por el Frente para la Victoria.

Por Julio Rodríguez, Clarin

Una mujer de 27 años fue secuestrada, violada y golpeada brutalmente durante tres días por su ex novio, que la amenazaba que la iba a matar si pedía auxilio. El agresor, César Alejandro del Jesús Herrera, es hijo del diputado nacional por el Frente para la Victoria por Santiago del Estero José Herrera. La mujer, Marisa Mansilla, de 27 años, lo venía denunciando desde octubre y el hombre tenía pedido de captura de la Justicia santiagueña.

Marisa tiene 2 hijos de 3 y 4 años, y había estado en pareja con Herrera durante un año y medio. El año pasado, en octubre, se separaron porque la mujer lo denunció por lesiones en la Oficina de Violencia de Género, según relató a Clarín en aquella ocasión. Fue la fiscal Marta Ovejero la que pidió la detención, pero el joven estaba prófugo. (mais…)

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Criança Kaingang de dois anos morre após ser atingida por roda de carro no RS

 criança kaingangAssessoria de Comunicação-Cimi, Conselho de Missão entre os Índios (Comin) e equipe Cimi POA

Uma criança Kaingang de dois anos morreu na manhã da última terça-feira (25) após ser atingida por roda de carro, na BR-386, no município de Estrela, Rio Grande do Sul. Uma das rodas traseiras de um veículo Gol se desprendeu e atingiu a cabeça da criança, arremessando-a para o acostamento. No momento da colisão, a vítima, cujo nome é Maria Eduarda estava com os pais em um ponto de ônibus próximo à BR. Os pais da criança, João Luiz Santos e Claudete Melo sofreram ferimentos leves, mas passam bem.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Rio Grande do Sul afirma que já foi instalado um inquérito para investigar o caso e que o incidente ocorreu devido ao desprendimento de uma roda, ocasionado pela falha mecânica do veículo. O proprietário do carro, segundo a PRF prestou socorro à vítima. (mais…)

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Nota de Apoio do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração às Prefeituras de Açucena e Rio Acima (MG)

CNDMSAUDAÇÕES A QUEM TEM CORAGEM! 

PARABÉNS PREFEITA DARCIRA E PREFEITO JUNINHO!

Em tempos de subserviência quase completa do poder público aos grandes interesses monopólicos, latifundiários e, destacadamente, minerários, as atitudes de zelo pela legalidade e pelo interesse público devem ser ressaltadas, saudadas e amplamente divulgadas, sobretudo para que sirvam de exemplo.

É neste contexto que ressaltamos, saudamos e damos ampla divulgação à atitude da Prefeita Darcira, de Açucena (MG), bem como do prefeito Juninho, de Rio Acima (MG). Ambos enfrentaram a sanha das grandes mineradoras e colocaram os interesses populares acima do lucro de poucos.

A prefeita Darcira de Souza Pereira revogou a anuência para o mineroduto da Manabi S/A, que pretende ligar Morro do Pilar (MG) a Linhares (ES) num trecho de 530 Km. Essa obra, caso se efetive, atingirá 23 municípios e um conjunto diverso de populações e recursos hídricos e ampliará o desmatamento da Mata Atlântica e o ataque ao solo, fauna e flora, além de atingir, de modo irreversível, a Estrada Real, Patrimônio de nossa história.  (mais…)

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“MPF/AM e Comitê da Verdade promovem o Seminário Amazônia contra o autoritarismo – 50 anos depois, amanhã, às 9h, na UFAM”

A Ditadura Militar impôs ao Amazonas mortes e violação dos direitos humanos (Heli)
A Ditadura Militar impôs ao Amazonas mortes e violação dos direitos humanos (Heli)

Um levantamento sobre as inconsequentes ações dos governos militares no Estado faz parte de uma investigação feita em duas ações civis públicas do MPF-AM

Rosiene Carvalho, A Crítica

Genocídio de dois mil indígenas waimiri atrori, impactos irreparáveis à população tenharim e a quase dizimação dos povos jiahui. Essas são algumas das “heranças” que o Amazonas recebeu do Golpe Militar, que no próximo dia 1º de abril completa 50 anos. Ao contrário dos registros da história oficial, a Ditadura Militar impôs ao Amazonas mortes e violação dos direitos humanos, que marcam a rotina e a memória dos povos indígenas waimiri atroari, tenharim e jiahui.

O levantamento sobre as inconsequentes ações dos governos militares no Estado faz parte de uma investigação feita em duas ações civis públicas do Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM). A investigação aponta que os militares, a pretexto de “ocupar uma terra sem homens” (Amazônia), foram responsáveis pela morte de milhares indígenas durante a construção das BR-174 (Manaus-AM/Boa Vista-RR) e BR–230, a Rodovia Transamazônica. (mais…)

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50 Anos do Golpe: Caminhos da Reportagem mostra a censura às artes

Nesta quinta-feira, 27, às 22 horas, vai ao ar na TV Brasil o segundo episódio da série especial do Caminhos da Reportagem sobre os 50 Anos do Golpe de 1964. O tema desta edição é a censura no meio artístico.

No início da década de 1960, o Brasil passava por um momento de grande efervescência artística e intelectual. A nação discutia e propunha soluções para os problemas que afligiam o país. Produzia-se uma arte engajada, com pretensões de mudar a realidade social. É nesse período que surgem nomes como Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso na música; Glauber Rocha e Cacá Diegues no cinema; José Celso Martinez, Marieta Severo e Augusto Boal no teatro, entre muitos outros. (mais…)

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A nova luta da Vila Autódromo e dos moradores que resistem à remoção: reconstruir a Defensoria Pública e sua autonomia

Vila AutódromoPor Alexandre F. Mendes[i], em Caravana Nômade

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro conta, desde 1989, com um Núcleo especializado com atribuição para atuar em conflitos fundiários urbanos, tutela da moradia adequada e regularização fundiária de comunidades e favelas do município do Rio (Núcleo de Terras e Habitação). Ele foi criado a partir das próprias mobilizações dos anos 1980, que colocou a agenda da democracia urbana, do direito à cidade e da moradia em primeiro plano, após um longo ciclo de lutas contra o autoritarismo da ditadura e suas remoções forçadas.

A partir de 2007, com o apoio dos movimentos sociais e do trabalho de diversas pessoas, o Núcleo ampliou sua equipe de dois para cinco defensores(as); de cinco para vinte e cinco estagiários(as), atuando na defesa de cerca de duzentas comunidades do Rio de Janeiro. É essa estrutura que, por circunstâncias políticas e históricas, acaba inserida em uma conjuntura na qual o poder público passa a promover, a partir de 2009, a remoção de milhares de moradores(as) de suas casas (19 mil famílias, segundo dados da própria prefeitura), ou seja: uma das maiores ondas remocionistas da história do Rio de Janeiro, que se prolonga até os dias atuais.

A resistência, contudo, é viva e permanente. Um dos maiores aprendizados de quem atua nesse campo é entender como os moradores ameaçados se articulam para evitar os despejos, utilizando e inventando, de forma inteligente e sensível, uma série de meios e recursos sociais, culturais, midiáticos, técnicos e jurídicos. Sem essa luta, que é diária, teríamos cifras ainda maiores de violações e despejos. De acordo com o jurista e historiador Rafael Gonçalves, o primeiro registro desse tipo de resistência é de 1916, quando os moradores do Morro de Santo Antônio enfrentaram a Diretoria de Saúde Pública, que tentou, sem sucesso, removê-los[ii]. (mais…)

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Guerra contra as drogas fracassa e descriminalização pode ser uma saída

2014_03_guerra_drogas_infolatamAdital – Relatório do UNODC (Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime) admite que a “descriminalização [das drogas] pode ser uma forma eficaz de ‘descongestionar’ as prisões, redistribuir recursos para atribuí-los ao tratamento e facilitar a reabilitação”. Segundo o documento, entregue por 17 organizações de direitos humanos da América Latina à CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), nesta terça-feira, 25 de março, o número de pessoas presas por tráfico de drogas no Brasil aumentou 62% nos anos posteriores à aprovação da Lei de Drogas em 2006. Entre as mulheres, o aumento foi de 600% entre 2005 e 2010. Foi a primeira audiência temática da história da CIDH sobre as políticas de drogas na América Latina

Problemas similares foram identificados em outros países da região. No México, por exemplo, a chamada “guerra às drogas” custou a vida de 100 mil pessoas e o desaparecimento de outras 25 mil. Os casos de tortura no país, segundo organizações locais, aumentaram 500%. “Estamos repetindo mimeticamente políticas que provaram sua ineficácia, e isso se faz sem que se conheça a dimensão real do fenômeno nem os elementos que promoveram sua evolução durante os últimos 20 anos”, diz a petição. (mais…)

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