Brasil: El gigante despertó. Con mucha euforia y algunos miedos

Brasil-Protestasa1

Por Gisella Evangelisti*, em Servindi

29 de junio, 2013.- ¿Están contentos, las brasileñas y brasileños, del gran crecimiento económico del país en esta última década, del descubrimiento en el Atlántico de reservas de petróleo mayores a las que tiene Arabia Saudí, de haber alcanzado mayor importancia en las instituciones internacionales? Claro que sí, y también, rotundamente no, si han dado vida, en estas últimas semanas, a las mayores manifestaciones que ancianas  y ancianos recuerden.

Desde el 6 de junio, más de un millón y doscientos mil personas han salido a las calles en un centenar de ciudades del país y de 50 en el extranjero, llevando a los políticos un sinnúmero de reclamos. No se veía tanta gente en la calle desde el 84, (pidiendo el regreso de la democracia), o el 92, (pidiendo la caída del corrupto presidente Collor de Mello). (mais…)

Ler Mais

Bolivia: El Vivir Bien y los Derechos de la Madre Tierra como alternativa al Capitalismo y sus modelos de desarrollo

Índios bolivianos

Por Freddy Delgado Burgoa*, em Servindi

29 de junio, 2013.- El 15 de octubre del 2012 se promulgó la Ley Nº 300 “Ley Marco de la Madre Tierra y Desarrollo Integral para Vivir Bien” que tiene por objeto: establecer la visión y los fundamentos del desarrollo integral en armonía y equilibrio con la Madre Tierra para Vivir Bien, garantizando la continuidad de la capacidad de regeneración de los componentes y sistemas de vida de la Madre Tierra, recuperando y fortaleciendo los saberes locales y conocimientos ancestrales, en el marco de la complementariedad de derechos, obligaciones y deberes; así como los objetivos del desarrollo integral como medio para lograr el vivir bien, las bases para la planificación, gestión pública e inversiones y el marco institucional estratégico para su implementación.

Esta ley marco, elaborada por los movimientos sociales, principalmente indígenas originarios campesinos y representantes de diferentes sectores urbanos y rurales del país a través de talleres organizados por la Asamblea legislativa plurinacional (gestión 2012), la Cancillería y el Ministerio de Medio Ambiente y Aguas, en el que el centro universitario AGRUCO de la UMSS participóbjn o activamente, consideramos que es el mayor esfuerzo y logro concreto en cuanto a políticas públicas se refiere, ante las corrientes extractivistas y contrarias a los derechos de la madre tierra (definidas en la ley 071 denominada justamente como Ley de derechos de la madre tierra). (mais…)

Ler Mais

Polêmica no Brasil, importação de médicos é comum em outros países

Além de trazer profissionais de fora, governo pretende investir mais na formação de brasileiros

Jornal do Brasil

Uma das maiores polêmicas recentes do governo Dilma Rousseff, a importação de médicos estrangeiros é prática comum em diversos países, principalmente na Europa. Considerado detentor de rede modelo de saúde pública, a Inglaterra, por exemplo, possui 44 mil médicos provenientes do exterior, o que representa 37% de todo seu contingente.

Criticado pela maioria dos sindicatos brasileiros, o programa de importação foi idealizado para que as vagas em postos de trabalho no interior do país não ocupadas por brasileiros fossem destinadas aos médicos de fora. A medida é vista pelo Ministério da Saúde como solução emergencial em curto prazo. Pressionado pelos inúmeros protestos das últimas semanas e ciente de que é necessário um maior investimento na formação de médicos brasileiros, o governo também anunciou a criação de 12.000 novas vagas de especialização até 2017.

O Brasil possui hoje um índice de 1,8 médicos para cada 1.000 habitantes, número considerado baixo, principalmente em comparação com outros países como Reino Unido (2,7), Uruguai (3,7) e Argentina (3,2). A baixa quantidade contribui para que muitas cidades de regiões remotas do país possuam uma alta defasagem de assistência médica, por falta de pessoal. O Ministério da Saúde abriu edital, no início do ano, com 13.682 vagas para postos de trabalho nestes municípios, sendo que só 3.601 pessoas se inscreveram. (mais…)

Ler Mais

Rede pública terá vacina contra HPV neste ano

Imunizante, hoje só disponível em clínica particular, entrará no calendário oficial; faixa etária também muda e indicação passa a ser a partir dos 9 anos

Lígia Formenti – O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – O Ministério da Saúde vai incorporar a vacina contra HPV no calendário nacional. Dessa forma, o imunizante, hoje só disponível em clínicas particulares, passará a ser encontrado no Sistema Único de Saúde (SUS). A medida já vem sendo estudada há mais de um ano e deve ser anunciada na segunda – a produção ficaria a cargo de uma Parceria Público-Privada.

O anúncio do lançamento estava previsto para ser feito na reunião mais recente do grupo interministerial que traça estratégias para ampliação da política industrial, mas foi adiada. A vacina é usada para reduzir o risco de casos de câncer de colo de útero.

A infecção pelo HPV é comum e, na maioria dos casos, regride espontaneamente. No entanto, em um pequeno número de casos a infecção se mantém, aumentando o risco do surgimento de lesões. Quando não tratadas, elas podem levar ao câncer de colo de útero, de vagina e boca, por exemplo. (mais…)

Ler Mais

Organizações preparam ato nacional contra o investimento nas obras para a Copa neste domingo

Foto: AFP

Por Tatiana Félix, em Adital/IHU

O Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas do Rio de Janeiro realiza neste domingo (30), dia da final da Copa das Confederações no estádio do Maracanã, o ato nacional “Domingo eu vou ao Maracanã por direitos”.

A caminhada pacífica terá concentração a partir das 10h na Praça Saens Peña e seguirá até a Praça Afonso Pena. O objetivo é protestar contra obras relacionadas com a Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016) e levantar uma série de questionamentos sobre os gastos com as obras de preparação aos megaeventos mundiais esportivos frente aos investimentos precários nas áreas de saúde e educação.

Segundo Sandra Quintela, coordenadora da Rede Jubileu Sul Américas, a ideia é fazer atos descentralizados ao mesmo tempo em várias cidades do país, como forma de potencializar as manifestações em todos os locais. (mais…)

Ler Mais

Manifesto dos Professores Universitários Brasileiros: Pelo direito amplo e irrestrito de Manifestação

Foto de Heleno José Costa Bezerra Neto

Manifesto de Professores Universitários Brasileiros em defesa da democracia, dos movimentos sociais e dos partidos políticos de esquerda

Nas últimas semanas o Brasil vem experimentando um conjunto de manifestações que têm explicitado um difuso descontentamento da população. Catapultado pelo movimento contra o aumento das passagens dos transportes públicos, logo se desdobrou uma agenda bastante plural, diversa e contraditória. Ao mesmo tempo em que o movimento demonstrou importante pujança de formas peculiares de organização, convocação e circulação de informação, ele adquiriu, nas últimas manifestações, elementos bastante preocupantes.

Primeiro, deve ser motivo de preocupação para todos que o Estado venha a adotar uma postura agressiva e intolerante, tratando os manifestantes como inimigos e perseguindo-os pelas ruas, como tem sido observado. Além disso, também causa extrema preocupação o fato de que grupos mascarados, organizados e orquestrados para exercer a violência física contra militantes de movimentos sociais e de partidos políticos ajam à larga como agentes da repressão, ao modo dos fascistas, impedindo brutalmente o direito à livre manifestação. Muitos militantes terminaram hospitalizados pelas agressões sofridas. Isso é inadmissível. (mais…)

Ler Mais

Rondônia: em audiência pública, indígenas chamam a atenção para a precária situação da educação no estado

Cimi – Regional Rondônia

“Só com segurança de nossos territórios demarcados viveremos uma vida de liberdade e dignidade” (Antonio Poruborá).

Audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Porto Velho, estado de Rondônia, tratou de diversos problemas enfrentados pelos diferentes povos indígenas do estado, com maior ênfase para a educação escolar indígena. Realizada no dia 26, a audiência foi solicitada pelas comunidades indígenas e requerida pelo deputado Cláudio Carvalho (PT/RO).

Os integrantes da mesa, formada por representantes indígenas, Ministério Público Federal, Conselho de Missão entre Índios (COMIN), Conselho Indigenista Missionário e parlamentares, foram unânimes em afirmar que para que tenham educação específica, diferenciada e de qualidade, as comunidades indígenas precisam ter seus territórios demarcados e sem a presença de invasores e desmatadores.

Dentre as reivindicações apresentadas pelas lideranças indígenas presentes à audiência, está a solicitação de mudanças na coordenação da Secretaria de Educação de Rondônia, devido ao total descaso com a educação indígena. Segundo os indígenas, mais de mil jovens não têm acesso à escola em suas terras, o que os obriga a se deslocar para as cidades, ficando sujeitos a todo o tipo de vício e violência presentes na sociedade envolvente. (mais…)

Ler Mais

Comissão cria três grupos para resolver questão indígena em MS

Comissão reunida no gabinete da Governadoria [foto: Foto: Fernando da Mata/G1 MS]
Comissão reunida no gabinete da Governadoria. Foto: Fernando da Mata/G1 MS

 Trabalhos terão frentes específicas e começam na próxima semana. Grupo tem até 5 de agosto para encaminhar soluções ao conflito em MS

Após se reunirem durante esta quinta-feira (27) na governadoria, em Campo Grande, integrantes da comissão, criada no dia 20 de junho para tentar dar fim ao conflito agrário em Mato Grosso do Sul, definiu a criação de três grupos. O encontro, que começou pela manhã, terminou por volta das 16h (de MS) e reuniu cerca de 40 pessoas.

A secretária-executiva do Ministério da Justiça, Márcia Pelegrini, participou da reunião, mas deixou a governadoria sem falar com a imprensa. A presidente interina da Fundação Nacional do Índio (Funai), Maria Augusta Assirati, explicou a forma de atuação dos grupos.

Segundo ela, um vai discutir a questão jurídica e as formas concretas para viabilizar soluções. O segundo vai ficar responsável pela avaliação e titulação de áreas como compra de terras e desapropriação, enquanto o terceiro grupo vai fazer o mapa da situação fundiária no estado.

“Vamos identificar e localizar as áreas que têm conflito e que estão em processo de regularização”, disse Assirati, que considerou a reunião produtiva. “Todos estão saindo com bastante expectativa. Queremos soluções positivas e todos estão muito empenhados nisso”. (mais…)

Ler Mais

O Brasil no divã

protesto
As ruas e praças se tornaram território da fala e da ação política, num resgate da dimensão humana do espaço público

Manifestações políticas da juventude exprimem sensação de orfandade simbólica de uma geração que não se sente representada pela política tradicional e busca inventar novas formas de expressão.

Por Inez Lemos, em Estado de Minas

Se o pai foge à responsabilidade, se não cumpre bem a função paterna, como a de garantir saúde e profissão ao filho, se não o respeita, um dia o filho cobrará caro desse pai. Se a nação é a casa, a morada do povo, os governantes representam os pais, os que têm o dever de amparar os filhos, prepará-los para enfrentar o mundo. Contudo, quando o povo se vê desamparado, excluído de seus projetos, ele se desespera. E sem esperança, se revolta. Há muito vivemos por um fio, dependurados na corda da crença por um amanhã melhor. A Ficha Limpa não passou de promessa. No Congresso mais caro do mundo, a maioria constitui uma máfia, cujo trabalho é convencer seus pares a votar em interesses próprios. Os homens de ternos pretos que sucateiam o país em troca de poder, vaidade e muita grana. Sempre para eles, enquanto o povo rala dependurado em ônibus e metrôs como gado.

Toda relação social é determinada por um discurso e o discurso que permeia o debate sobre a violência, na sociedade de mercado, aponta para o vazio, a falta de sentido e, portanto, de perspectiva. Como enfrentar o problema atacando apenas suas manifestações? Propostas de combater a violência com carros blindados, polícia e cerca elétrica deflagram o quanto a sociedade não está interessada em desvelar a questão até as raízes. Se ninguém nasce violento, é de se perguntar: em que medida o Brasil produz o delinquente, o vândalo – monstro que espalha terror?. Como evitar que eles se reproduzam? Sabemos que a questão é complexa e começa dentro das casas, nas famílias, e esbarra nas políticas públicas, instituições de ensino, mídia. Arranha todos nós, deixando de ser apenas uma questão de segurança pública, para ser uma questão subjetiva – diz das formas de subjetivação social, pois educar um filho é função social.  (mais…)

Ler Mais