Indígenas contra hidrelétricas na Amazônia ocupam sede da Funai, em Brasília

Na tarde desta segunda-feira, 10, 145 indígenas dos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires, no Pará, ocuparam a sede da Fundação Nacional do Índio, em Brasília . Fotos - Ruy Sposati
Na tarde desta segunda-feira, 10, 145 indígenas dos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires, no Pará, ocuparam a sede da Fundação Nacional do Índio, em Brasília . Fotos – Ruy Sposati

Por Renato Santana, em Brasil de Fato

Os 145 indígenas dos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires, no Pará, ocuparam a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília, na tarde desta segunda-feira, 10. Os indígenas aguardavam a presidente interina do órgão indigenista, Maria Augusta Assirati, para entregar documento com reivindicações, solicitar hospedagem e a data em que seriam levados de volta ao Pará. Porém, Maria Augusta não compareceu e por emissários avisou que estava em outra reunião. Nesta terça-feira, 11, completa uma semana que o grupo desocupou o principal canteiro de obras da UHE Belo Monte e veio ao Distrito Federal.

“Desde a manhã estamos esperando alguém da Funai para falar da nossa pauta, da hospedagem. Ninguém apareceu até agora. Nós chamamos vocês para nossa  assembleia, que começou quando chegamos, e vocês não vieram. Então estamos informando agora para vocês que nos estamos acampando aqui na Funai. Vamos ocupar a Funai a partir de agora”, disse Josias Munduruku aos representantes delegados pela interina da Funai. (mais…)

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A pior profissão do mundo

A Pública – Nos últimos dez anos, a frustração e a tendência depressiva aumentaram entre jornalistas brasileiros – assim como a “naturalização do assédio” nas redações. 

Dados da pesquisa mostram que o meio impresso ainda concentra maior parte dos jornalistas (Fonte: A Pública)
Dados da pesquisa mostram que o meio impresso ainda concentra maior parte dos jornalistas (Fonte: A Pública)

Por Camila Rodrigues, Bruno Fonseca, Luiza Bodenmüller e Natalia Viana

Todo ano, o site americano CareerCast.com elenca uma lista de 200 profissões, classificando-as da melhor à pior a partir de cinco critérios: ambiente de trabalho, salário, nível de estresse, exigência física e condições de contratação. Pois bem. Em 2013, após alguns anos figurando entre as dez piores, a profissão de repórter de jornal chegou ao fundo do poço, ficando em 200? lugar na lista, atrás de lenhador, militar e trabalhador de fazenda de gado.

A pesquisa, que não tem lá muito critério científico, é mais um sinal da percepção de que a indústria do jornalismo impresso está em crise no mundo. Segundo levantamento da Associação Mundial de Jornais e Publishers, que reuniu dados de 90% das publicações no mundo, os jornais encerraram o ano passado com queda de 0,9% na circulação e de 2% na receita publicitária. (mais…)

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Existe uma crise nos Impressos? Nada a declarar, respondem os jornais

INFOGRAFICO-GASTO-COM-PUBLICIDADE-NO-BRASIL-1Empresas brasileiras negam que haja crise no setor; segundo sindicato, a portas fechadas, representantes reconhecem que negócios vão mal

Por Camila Rodrigues, Bruno Fonseca, Luiza Bodenmüller e Natalia Viana, na Publica

“O argumento das empresas depende do interlocutor”, diz Paulo Zocchi, do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. “A gente chega numa negociação de campanha salarial, e os jornais sempre dizem que o negócio está indo mal. Mas para o público externo eles falam que está indo muito bem’”. Presente em diversas das negociações referentes à atual revoada de passaralhos – demissões em massa de jornalistas – Zocchi descreve que até tem quem admita, na sala de negociações, que o discurso é duplo. “Os caras falam: ‘O que você quer que a gente fale pro mercado? Mas cá entre nós, está indo mal’. É dificílimo saber com detalhes a situação real das empresas”, diz Paulo.

Os mesmos jornalistas que trabalham no dia-a-dia por transparência em todos os setores da sociedade ficam no escuro quando se trata da indústria em que trabalham. “Eu acho tudo muito estranho, pois, ao mesmo tempo em que acontecem esses passaralhos, somos informados, por meio de mensagens internas, que o número de venda de jornais aumentou, que o site bateu recorde etc. Ou seja, algo está fora da ordem, não!?”, resume um jornalista do Grupo Folha, recentemente demitido, que prefere não ter seu nome revelado. (mais…)

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A revoada dos passaralhos

A Pública – Demissões em massa nos grandes jornais acontecem de forma sucessiva e tornam os jornalistas mais inseguros, vulneráveis, explorados – e com menor liberdade de expressão

Ela[ize Farias, em Barcelos, Amazonas, fronteira com Roraima, durante Assembleia indígena Yanomami em outubro de 2012 (Foto: Odair /Leal)
Elaize Farias, em Barcelos, Amazonas, fronteira com Roraima, durante Assembleia indígena Yanomami em outubro de 2012 (Foto: Odair /Leal)

Por Camila Rodrigues, Bruno Fonseca, Luiza Bodenmüller e Natalia Viana

O maior orgulho de Vera Saavedra Durão foi ver a filha virar jornalista. Isso porque ela própria, Vera, dedicou 35 anos à profissão, com a garra de quem cumpre uma missão. “Você quer que as informações sejam publicadas da melhor forma possível, que aquilo ali venha a público. A gente se entrega”, diz Vera. “Se minha filha seguiu o mesmo caminho é sinal de que ela viu valor nisso”.

A jornalista, hoje com 65 anos, abraçou a reportagem com a mesma paixão que lutou contra a ditadura, como militante da Vanguarda Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), onde foi companheira de Dilma Rousseff. Ficou dois anos na prisão; quando saiu, atuou como repórter de Economia nos então principais jornais do país – O Globo, Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil, Folha de S. Paulo. (mais…)

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Sobre a proposta do secretário executivo do MME de transformar os Munduruku em sócios das hidrelétricas

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Se os Munduruku lerem a notícia abaixo, acho que não terão raiva, mas pena. Pena de ver como é possível alguém chegar a ser secretário executivo de um ministério – no caso, o das Minas e Energia – sem ter dentro de si nenhum conhecimento, nenhum saber. Sem ter aprendido que nem tudo se vende, nem tudo é comprado. Sem ter entendido, principalmente, que há outras culturas e tradições que não as que ele reverencia, e que elas envolvem valores muito superiores aos seus, que se reduzem a lucro, a capital, a poder.

Nesse caso, o senhor Márcio Zimmermann deixaria de sonhar com o dia (que ele diz considerar “otimista”) em que os Munduruku e outros indígenas abdicariam dos seus rios e águas, das suas Sete Quedas, das paredes d’água por onde entram as andorinhas, dos tios que viram antas, das escadas onde vivem seus ancestrais, e se transformariam em reles capitalistas que reduzem tudo a dinheiro.

Que bom seria se esse senhor e outras chamadas autoridades deste País, começando pela Presidente da República, abrissem mão de sua arrogância por dez minutos, lessem um documento que está neste blog mesmo, entre outros lugares, e aprendessem um pouco: Carta dos Munduruku ao governo explicita conhecimentos milenares e reafirma demandas. Infelizmente, não acredito que isso vá acontecer. Então, peço a vocês, que acompanham este blog: leiam, por favor! É uma aula de cultura! (mais…)

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Ministro Gilberto Carvalho se recusa a receber indígenas; na Funai, grupo avalia postura do governo em assembleia

 

Indígenas reúnem-se para assembleia em Brasilia – Foto: Brent Millikan
Indígenas reúnem-se para assembleia em Brasilia – Foto: Brent Millikan

Xingu Vivo Para Sempre

Os 145 indígenas dos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires, no Pará, estão reunidos em assembleia na sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília (DF). O grupo avalia a postura do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que na manhã desta segunda-feira, 10, negou reunião com os indígenas. Ao invés do ministro, quem recebeu os indígenas foram soldados do Exército e assessores.

“Disseram que receberiam uma comissão de dez, mas nós não nos separamos. O governo não quer entender isso, respeitar nosso jeito. Sabem que não nos separamos. Por essa postura, o ministro descumpre os acordos e assim fica difícil conversar”, explica Jairo Saw, assessor do cacique-geral Munduruku. Para as lideranças, os assessores de Carvalho disseram que ele só poderia atendê-los até as 11h15. (mais…)

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Incra na Paraíba é imitido na posse do imóvel ‘Floresta’, no Alto Sertão

Incra – Localizada em Sousa, a cerca de 430 quilômetros de João Pessoa, a fazenda Floresta é o mais novo imóvel rural a ser destinado à reforma agrária no Estado da Paraíba. A imissão do Incra na posse da área, localizada no Alto Sertão, ocorreu nesta quinta-feira (6) e contou com a presença do superintendente do Incra-PB, Cleofas Caju, do chefe da Procuradoria Federal Especializada junto ao Instituto na Paraíba, Valdemi de Sousa Segundo, de representantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e de vários agricultores.

No imóvel, que possui aproximadamente 603 hectares, serão assentadas dez famílias de trabalhadores rurais que devem se dedicar à plantação de milho e feijão e ainda à criação de gado, cabras e ovelhas.  Os próximos passos para o assentamento dos agricultores no imóvel são a publicação da Portaria de Criação do Assentamento, o cadastro e a homologação das famílias.

Para o superintendente do Incra-PB, Cleofas Caju, a proximidade com outros assentamentos vai possibilitar uma implementação mais eficaz das políticas públicas e de obras de infraestrutura.  “A criação de um novo assentamento vai reforçar o desenvolvimento da agricultura familiar da região e aumentar a venda de alimentos produzidos nos assentamentos ao Programa de Aquisição de Alimentos da Conab de Sousa e Aparecida”, afirmou Caju. (mais…)

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Palmares manifesta apoio à intervenção judicial proposta pelo CEERT contra a decisão de suspensão dos editais para criadores e produtores negros

cartaz-editaisDenise Porfírio, Assessoria de Comunicação da Fundação Cultural Palmares 

Com o objetivo de recorrer da decisão judicial que interrompeu o andamento dos Editais para criadores e produtores negros lançados pelo Ministério da Cultura, o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (CEERT) lidera dois recursos de defesa da constitucionalidade da iniciativa.

As medidas de apoio aos artistas negros tem por objetivo protestar contra a decisão de suspensão dos editais e assegurar a participação desses artistas no processo de modo em que eles possam acompanhar e defender seus pontos de vista garantindo-lhes o direito de participação política na fiscalização e no controle da ação.

Daniel Teixeira, advogado do CEERT e responsável pelo andamento do recurso, acredita que a intervenção mobilizará agentes culturais e sociedade civil a defenderem juntos o direito dos produtores e artistas negros a acessarem as condições e meios de produção artística. “A expectativa é que haja a cassação da tutela antecipada que suspendeu os editais e que a ação seja julgada improcedente”, ressalta.  (mais…)

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Estudantes de colégio particular em SP usam saia para protestar

Cerca de 50 alunos, entre meninos e meninas, vestiram saia para assistir às aulas no colégio particular Bandeirantes, uma instituição tradicional da zona sul da capital paulista. A ação foi em protesto contra preconceito de que teriam sido vítimas dois estudantes, na semana passada (Foto: Marcelo Camargo/ABr)
Cerca de 50 alunos, entre meninos e meninas, vestiram saia para assistir às aulas no colégio particular Bandeirantes, uma instituição tradicional da zona sul da capital paulista. A ação foi em protesto contra preconceito de que teriam sido vítimas dois estudantes, na semana passada (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

Fernanda Cruz, Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Cerca de 50 alunos, entre meninos e meninas, vestiram saia hoje (10) para assistir às aulas no colégio particular Bandeirantes, uma instituição tradicional da zona sul da capital paulista. A ação foi em protesto contra preconceito de que teriam sido vítimas dois estudantes, na semana passada.

Na quinta-feira (6), o aluno João Fraga, 16 anos, vestiu-se com roupas femininas para a festa junina do colégio. Segundo os estudantes, porém, João foi repreendido pelo professor de biologia Juvenal Shalch, que pediu ao aluno para que se retirasse da sala e trocasse de roupa. Posteriormente, Shalch comentou com outros colegas da turma que João confundiu a festa caipira da escola com a Parada Gay, que ocorreu no domingo (2) em São Paulo. (mais…)

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Los jóvenes de La Vía Campesina clausuran su asamblea con el compromiso de garantizar el futuro de la agricultura campesina agroecológica

 

Imagem: La Via Campesina
Imagem: La Via Campesina

La Vía Campesina

“Los jóvenes somos las semillas, somos el futuro del movimiento campesino”. Con estas palabras se ha clausurado la III Asamblea de Jóvenes de La Vía Campesina, que ha reunido a personas de más de setenta países de cinco continentes. Los debates mantenidos durante el 8 y 9 de junio han tocado temas transversales, como la soberanía alimentaria o los derechos campesinos, pero también cuestiones concretas sobre asuntos como salud, migraciones. La consigna defendida durante el encuentro ha sido “Por la soberanía alimentaria, los jóvenes de La Vía Campesina Luchan”.

Sintiéndose presente y futuro de la agricultura campesina agroecológica, “capaces de enfriar la Madre Tierra” los jóvenes han construido un plan de acción, en el que han establecido actuaciones concretas para las regiones y para los jóvenes campesinos de todo el mundo.

La declaración de la III Asamblea Internacional de Jóvenes de La Vía Campesina aprobada esta mañana en Yakarta identifica cuáles son los enemigos que impiden el desarrollo sostenible del planeta, tales como el neoliberalismo, el capitalismo y el imperialismo. Asimismo, se comprometen a luchar contra la agricultura industrial y el acaparamiento de tierras, los transgénicos, los agrotóxicos y la privatización de los bienes naturales. Los jóvenes hacen un llamamiento a los organismos internacionales como la OMC, FMI y BM para que respeten el derecho de los pueblos a panificar y controlar su sistema alimentario. (mais…)

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