“Parabéns Coronel Cláudia Romualdo, é de profissionais como a Senhora que o Brasil precisa!”

Coronel Cláudia Romualdo, da PM de Minas“Contrariando liminar expedida pela Justiça mineira, nesta quinta-feira (13), que proibiu durante a Copa das Confederações manifestações que interrompam parcial ou totalmente o tráfego de veículos em vias públicas no Estado de Minas Gerais, os participantes saíram da Praça da Savassi, na região centro-sul da capital mineira, e foram até a região central da cidade. No trajeto, policiais militares bloquearam o trânsito para a passagem dos manifestantes, o que causou engarrafamento momentâneo nos locais.

A coronel Cláudia Romualdo, Comandante do Policiamento da Capital e que confirmou o número total de participantes do evento, poderá ser responsabilizada por desobediência à liminar, mas os policiais não confrontaram os manifestantes para desobstruir as vias. Segundo ela, que acompanhou o grupo, nenhuma ocorrência policial relativa à manifestação foi registrada pela polícia, apesar do número expressivo de pessoas na passeata”.

Enviada por Rodrigo de Medeiros para Combate Racismo Ambiental.

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Um convite à polêmica e à reflexão: o desafio lançado pela “geração vinagre” e a explosão do apresentador da ESPN

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Curiosamente, estes dois vídeos me chegaram em sequência, quando já me preparava para fechar todos os programas e desligar o micro. Primeiro, cinco minutos de uma típica estudante paulista, que muitos chamariam de “estilo jardins” ou “patricinha”, para verem seus preconceitos derrubados em seguida, ante um discurso forte, desafiador e indignado que cada vez mais ganha as ruas: o da auto-intitulada (no Rio, pelo menos) “geração vinagre”.

Estava ainda vendo-o pela segunda vez, decidindo quanto a postá-lo e como, quando chegou o segundo. E aí… mudança radical, que sequer entendi a princípio! Era um programa da ESPN, que desconheço mas com certeza discute futebol e o jogo do dia (no caso, a estréia do Brasil no estádio milionário de Brasília), só que eis que o apresentador – João Carlos Albuquerque, que eu também não conhecia – deixa seus convidados (?) sentadinhos ao fundo e faz três minutos de um discurso totalmente inesperado. Um discurso que, associado ao da estudante, mostrou ser impossível negar que, após as “décadas do limbo”, algo está de fato acontecendo.

O Brasil ao que parece atingiu o seu limite e está finalmente dizendo de novo basta! E ao que tudo indica é mais que hora de os chamados governantes pararem de fingir que não é com eles e de fato ouvir o grito. Os gritos! Das ruas, das cidades, dos indígenas, dos sem-terra, dos ribeirinhos, quilombolas, do povo-Nação. E agir. Porque o momento é este!

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Polícia usa cavalaria, fecha ruas, usa gás lacrimogêneo e spray de pimenta e atinge até famílias na Quinta da Boa Vista

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O confronto entre manifestantes e policiais no entorno do Maracanã, neste domingo, já provocou a interdição de vias importantes, como as avenidas Radial Oeste e Bartolomeu de Gusmão, no sentido Méier; e o fechamento da estação São Cristóvão do metrô. Na tentativa de dispersar um grupo que se refugiou na Quinta da Boa Vista, policiais dispararam bombas de gás lacrimogêneo e gás de pimenta em direção ao parque, atingindo famílias que foram ao local em busca de diversão.

Por volta das 17h, a Radial Oeste e a Praça da Bandeira, no sentido Méier, estavam interditadas por causa de manifestação, contra o custo de vida nas cidades que sediarão a Copa e em favor de mais recursos para saúde e educação. As 17h15m, as vias foram reabertas. Os motoristas que seguem pela Avenida Francisco Bicalho e pela Avenida Presidente Vargas são orientados a seguir pela Avenida Paulo de Frontin e pelo Elevado Paulo de Frontin. (mais…)

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Mato Grosso do Sul: assassinatos, prisões e impunidade, por Egon Heck

kaiowá“Isso já passou de todos os limites”, exclama Otoniel Kaiowá Guarani, ao ser informado do assassinato de mais um parente.

A polícia federal se apressa em ir ao local para esclarecer (ou não) mais essa morte de indígena no Mato Grosso do Sul. E para evitar  animosidade, já vai adiantando que provavelmente a morte não tenha nada a ver com o conflito de terras indígenas na região. Enquanto o  Celso Figueiredo vai sendo velado, com prantos  indignados, em Dourados, cinco Kaiowá Guarani são presos, inclusive a professora Efigenia, grávida. As lideranças  são da Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica, aldeia Ytaí, município de Douradina.

Nada  disso é novidade no Estado mais anti-indígena do país. Enquanto, o Guarani Celso, assassinado por pistoleiros, está sendo velado, na Terra Indígena Paraguasu, no município de Paranhos, fronteira com o Paraguai, uma delegação Kaiowá Guarani e Terena, se encontram com vários ministros e parlamentares, para repetir mais uma vez o que foi denunciado milhares de vezes nas últimas décadas: Demarquem nossas terras, parem de nos matar, punam os assassinos confessos e reconhecidos.

Porém os Estado brasileiro, e do Mato Grosso do Sul, fazem a leitura ao avesso: matam e prendem os índios. Isso tem seu preço. O Brasil e o mundo não aguentam  mais esse genocídio. Os povos indígenas não podem continuar sendo sacrificados no altar do progresso. (mais…)

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Nota do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) sobre a violência em Brasília

Foto encontrada na internet. Autoria desconhecida.
Foto encontrada na internet. Autoria desconhecida.

O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) faz parte da Resistência Urbana, que ontem promoveu uma jornada nacional de manifestações questionando a Copa do Mundo Fifa 2014, evento que está provocando milhares de despejos país afora, além de submeter os brasileiros à Lei Geral da Copa, uma arbitrariedade que restringe inclusive o direito de ir e vir, bem como o de se manifestar. Isso sem mencionar os altíssimos custos do evento, pagos quase exclusivamente pelo povo.

Entre as ações de ontem, destaca-se a que ocorreu em Brasília, onde nossos militantes travaram o Eixo Monumental, principal acesso ao Estádio Nacional Mané Garrincha por mais de duas horas com grande repercussão, inclusive na imprensa internacional.

Numa reação vergonhosa com o intuito de reprimir as manifestações e criminalizar o Movimento, o Governo do Distrito Federal iniciou no fim da tarde uma verdadeira caça às bruxas (expediente da Ditadura Militar!), prendendo nada menos que 5 militantes, entre eles duas coordenadoras do MTST que estavam com uma criança de 4 anos! (mais…)

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Nota dos Estudantes, elaborada a partir da Reunião Aberta sobre os Atos e Manifestações ocorridos em São Paulo, realizada na Faculdade de Direito do Largo São Francisco

Policial militar atinge cinegrafista com spray de pimenta durante protesto contra o aumento da tarifa do transporte urbano em frente ao Teatro Municipal, no centro de São Paulo, nesta quinta-feira
Policial militar atinge cinegrafista com spray de pimenta durante protesto contra o aumento da tarifa do transporte urbano em frente ao Teatro Municipal, no centro de São Paulo, dia 13.

Nós, estudantes, centros acadêmicos e entidades abaixo subscritas, vimos por meio desta nota repudiar o ocorrido no dia 13/06, durante o Quarto Grande Ato pela Redução da Tarifa do transporte público em São Paulo. Consideramos inaceitáveis a violenta repressão e arbitrariedade cometidas pela Polícia Militar, que sufocaram o direito constitucionalmente garantido de livre manifestação de milhares de cidadãos e cidadãs.

Em decorrência disso, o movimento que inicialmente reivindicava a redução da tarifa, hoje incorpora uma luta muito maior, pelo direito de protesto, de liberdade de expressão e de ocupação do espaço público que são inerentes ao Estado Democrático de Direito e não podem ser suspensos de modo algum.

Ao contrário do que se tem veiculado por setores da mídia, a conduta de violência policial foi aplicada de forma sistemática contra a manifestação pacífica. As milhares de pessoas que expressavam sua opinião foram recebidas com gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral, balas de borracha, além de revistas e prisões por averiguação (flagrantemente ilegais) pelo porte de garrafas de vinagre. Toda essa ação demonstra uma escolha política do Poder Público em não dialogar com os seus cidadãos e cidadãs, seus representados. (mais…)

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ES – Lançamento do livro, exposição fotográfica e seminário “Cartografia Social das Comunidades Quilombolas e o Carvão no Sapê do Norte”: dia 24, às 14 horas

cartaz seminário ES

A Assembleia Legislativa do Espírito será o local de três eventos contra o Racismo Ambiental, a partir das 14 horas do dia 24, segunda-feira. Uma mesa redonda reunirá lideranças quilombolas, agentes públicos e academia, num debate aberto ao público, e em seguida, serão lançados um livro e uma exposição. Os três terão o mesmo tema –  “Cartografia Social das Comunidades Quilombolas e o Carvão no Sapê do Norte” -, e o livro pode ser baixado via internet (link abaixo). Tudo isso está sendo coordenado por Sandro José da Silva, professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo.

Dados mostram que no Brasil, o número de trabalhadores entre 5 e 17 anos de idade era de 4,3 milhões em 2009, o que representava 9,8% das crianças e adolescentes do país. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, no mundo, o problema afeta hoje aproximadamente 15,5 milhões de crianças. Estes números ganham rosto quando constatamos que a maioria das crianças que trabalham são mulheres e negras. No caso das crianças quilombolas capixabas que trabalham nos fornos de carvão, isto configura Racismo Ambiental, pois concentra os danos à saúde, desenvolvimento social e econômico a uma parcela determinada da população. (mais…)

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A Revolução dos Cocos que derrotou a Rio Tinto Zinc

Recente e representativo fato histórico ocorrido em Bougainville, ilha existente na Oceania. Reconhecida de diferentes maneiras, a Revolução de Bougainville – ou Guerra Civil de Bougainville, ou até mesmo a Revolução dos Cocos – ocorreu durante os anos de 1988 à 1997 e foi um conflito armado entre o governo da Papua Nova Guiné (e a Austrália) e o movimento pela independência da ilha (a maior das Ilhas Salomão), contra a devastação e contaminação que estavam sendo causadas pela mineradora britânica Rio Tinto Zinc. O movimento cria o Exército Revolucionário de Boungainville (Bougainville Revolutionary Army ou BRA, como ficou conhecido) e inicia uma rebelião separatista, redescobrindo no meio ambiente diferentes forma de sobreviver e viver. Compartilhado por Miro Souza.

 

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Moradores em situação de rua são recolhidos para BH ficar bonita para turistas

Foto de Lucas Prates (Arquivo Hoje em Dia)

Por Danilo Emerich, em Hoje em Dia

Entidades assistenciais denunciam ao Ministério Público Estadual (MPE) a implantação, em Belo Horizonte, de uma política velada de “higienização social” visando a Copa das Confederações. Moradores de rua estariam sendo recolhidos compulsoriamente.

Na terça-feira (11), uma “remoção” foi presenciada próximo à estação do metrô Calafate, na região Oeste. Segundo a diarista Flávia Mara Rotello, de 32 anos, militares jogaram os pertences de três moradores de rua em um caminhão. Depois, algemaram o trio, mesmo diante do protesto de populares. “Sempre vi os moradores de rua ali. Eles não são bandidos”, afirmou a diarista. (mais…)

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