Neste dia podre, quero notícias do Paraná!

PROTESTO-GUAIRA47

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Desde que acordei hoje, bem cedo, busco alternativas para ter notícias do Paraná. Na realidade, mais precisamente de um de seus municípios, Guaíra. O saite da Prefeitura está comportado, depois do puxão de orelhas que o Prefeito levou do Ministério Público para anular seu decreto de anteontem, que decretava ponto facultativo hoje, para que seus funcionários pudessem comparecer à “grande festa ruralista”. Em compensação, o Portal Guaíra está repleto de fotos que vão sendo acrescidas de outras como esta acima, desde cedo. O fotógrafo assina todas, e o repórter que cuida de postar alguns comentários recebe elogios, orgulhoso.

Como, então, estou dizendo que quero notícias do Paraná? E de Guaíra, principalmente?

Quero notícias de um menino de 16 anos que deve estar sendo enterrado hoje, talvez, na Tekoha Jevy. Um adolescente chamado Emerson Galeano, nascido em 14 de agosto de 1996, que a mesma sociedade que é fotografada com suas faixas e caminhões fazendo festa nas ruas “suicidou”… (mais…)

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Alerta: Votação de lei sobre terrorismo fica para dia 27 com impasse sobre inclusão de movimentos sociais

Maria Lima, O Globo

A possibilidade de inclusão de ações violentas de movimentos sociais, como o MST ou Movimento Passe Livre (que organizou as manifestações contra alta da passagem de ônibus em São Paulo) na nova lei que define os crimes de terrorismo, provocou um impasse nesta quinta-feira na Comissão mista do Congresso criada para consolidar a legislação federal e regulamentar dispositivos da Constituição de 1988. Com a realização de grandes eventos religiosos e esportivos no país, a aprovação de projeto de lei com a definição penal do crime de terrorismo terá prioridade na comissão. Mas a votação foi adiada para o dia 27, sem consenso entre o sub-relator do tema segurança pública, Miro Teixeira (PDT-RJ), que é contra parte do parecer do relator geral, Romero Jucá (PMDB-RR), que abre essa possibilidade de inclusão dos movimentos sociais.

Pelo texto apresentado hoje por Jucá, o artigo 2 define como crimes de terrorismo: “ Provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa à vida, à integridade física ou à saúde ou à privação da liberdade de pessoa, por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito racial ou étnico”. Miro protestou e pediu a retirada da parte que diz “por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito racial ou étnico”.

— Quem defende suas reivindicações não pode ser enquadrado como terrorista — questionou Miro Teixeira.

— Mas e se esses movimentos reivindicatórios colocarem em risco a vida dos cidadãos! Para mim se sequestrou um avião, independente de ser um movimento social ou não, é terrorismo, independente de motivação — questionou o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), apoiado pelo senador Pedro Taques (PDT-MT). (mais…)

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Senadora ruralista, presidente da CNA, acusa CIMI de incentivar indígenas ao conflito

Senadora Katia Abreu (PSD-TO) - Foto: Minamar Júnior
Senadora Katia Abreu (PSD-TO) – Foto: Minamar Júnior

Evelin Araujo e Graziela Rezende, Midia Max

A presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Kátia Abreu, declarou no manifesto desta sexta-feira (14) que o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) incentiva os índios ao conflito durante a Parada Rural que aconteceu em Nova Alvorada do Sul, distante 120 quilômetros de Campo Grande.

“Não é um manifesto contra os índios, queremos que eles saiam de maneira pacífica. Hoje, graças ao CIMI que os índios só saem na base do sangue”, declarou.

Ela acusa a Funai de ser um órgão de militância política. “Não é porque eles são índios que têm que ter mais direitos que a gente. No dia 5 de outubro de 1988 a Constituição fez a coisa cerca. Foi um marco definitivo para o Brasil findar essa dívida impagável com os índios”.

Para ela e os outros produtores rurais, a quantidade de terras onde os índios vivem deveriam bastar. “Uma coisa muito importante que está acontecendo no Brasil é tirar os índios do monopólio da Funai. Quem terá autoridade sobre o índio é o governo”, comemorou.

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OAB: Protestos e passeatas são inerentes à democracia

Agência Estado

O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous, fez uma manifestação sobre os protestos registrados esta semana nas capitais de São Paulo e do Rio de Janeiro. As manifestações tiveram como principal foco os recentes reajustes das tarifas do transporte urbano. Damous destacou que os protestos são inerentes à democracia e criticou a forma de reação da polícia, remetendo as práticas adotadas para conter as manifestações “à época do regime autoritário”.

“Manifestações de protestos e passeatas são inerentes à democracia, causam transtornos, incômodos e contratempos. Mas, isso faz parte da democracia. Inaceitável é a truculência com que a Polícia agiu, a exemplo de como fazia à época do regime autoritário. Intolerância, violência, são incompatíveis com o processo democrático”, criticou. “Esses aumentos nas tarifas das passagens dos transportes coletivos são fixados sem qualquer transparência ou explicação, o que justifica plenamente que as milhares de pessoas prejudicadas protestem.”

Apesar da crítica às ações policiais, Damous não foi condescendente com atos praticados por manifestantes, que geraram danos nas cidades. “Por outro lado, a legitimidade dos protestos não justifica a depredação do patrimônio público e atos de vandalismo. É preciso que as partes dialoguem e negociem. Mas a iniciativa deve partir do governo. Os nossos governantes têm que aprender de uma vez por todas que não se constrói a democracia com o espancamento de manifestantes nem com matança de índios”, ressaltou Damous.

Enviada por José Carlos para Combate Racismo Ambiental.

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A colonização da Amazônia começou…

Observem com atenção esta foto, a mãe terra ferida e num futuro proximo a floresta ao fundo será também aberta, devastada, alagada, destruída!

Canteiro de obras da UHE Telles Pires hoje de manhã (Foto: Niko Tarouquella)
Canteiro de obras da UHE Telles Pires hoje de manhã (Foto: Niko Tarouquella)

Por Risa Muggler, em Save the Amazonas

Os povos indígenas querem evitar este desastre e necessitam do nosso apoio moral, compartilhem, divulguem, dialoguem, palestrem, esclareçam seus amigos e inimigos.

Segundo uma das lideranças dos índios, Valdenir Munduruku, a articulação indígena destinadas a paralisar as iniciativas de aproveitamento dos rios Xingu, Teles Pires, Tapajós e Madeira, entre outros, não foi encerrada.

“Nossa luta apenas começou. Estamos retornando para nossa comunidade [onde] vamos nos fortalecer e nos aliar com outros parentes [povos indígenas] para, juntos, combatermos esse desrespeito do governo federal com nossa cultura, nossa crença e nossos direitos”, declarou Valdenir, pouco antes de o grupo partir. (mais…)

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Os protestos e a falência moral do Brasil

Ajoelhado, manifestante encara a Polícia Militar na rua da Consolação, no centro de São Paulo, na noite de quinta-feira 13 (Foto: Lucas Conejero)
Ajoelhado, manifestante encara a Polícia Militar na rua da Consolação, no centro de São Paulo, na noite de quinta-feira 13 (Foto: Lucas Conejero)

As reações às manifestações contra o aumento das tarifas de transporte público revelaram uma face sombria do País

por José Antonio Lima, Carta Capital

O Brasil, ou melhor, sua classe política, mídia e polícia, está moralmente falido. Talvez seja redundância fazer tal crítica a este País, em que corrupção, violações aos direitos humanos e jeitinhos são regra, mas as palavras (ditas e não ditas) sobre as manifestações contra o aumento das tarifas de transporte público revelam que a falência moral chegou a um nível mais profundo.

Após três dias de protestos, convocados pelo Movimento Passe Livre (MPL) e marcados por condenáveis e lamentáveis vandalismos, estava claro que o clima em muitas cidades, em especial em São Paulo, era de enorme tensão. Mesmo assim, não faltaram palavras e atos para incitar a violência e desprezar a moderação. (mais…)

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Seis capitais terão marchas contra o Estatuto do Nascituro

estatuto nascituro

Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo terão manifestações contra o texto que prevê o “Bolsa Estupro”

Por Paloma Rodrigues, Carta Capital

Seis capitais realizam marchas neste sábado contra o Estatuto do Nascituro, que prevê medidas polêmicas como o que está sendo chamado de “Bolsa Estupro”, um auxílio financeiro para mulheres terem os bebês frutos de estupro. O projeto conta o apoio da bancada evangélica. O projeto precisa ainda passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ir ao plenário da Câmara – e seguir para o Senado.

“O Projeto de Lei n. 478, fere e revoga diversas conquistas já feitas pela autonomia da mulher: como o direito ao aborto em caso de estupro e fetos inábeis”, diz Mariana Beltrame, 23 anos, fotógrafa e uma das organizadoras do Ato em Belo Horizonte. Na capital mineira já são mais de 1,5 mil pessoas confirmadas na manifestação. Em São Paulo já passam de 15 mil. Os eventos também acontecerão no Rio de Janeiro, no posto 5 em Copacabana, Recife Porto Alegre. Em Brasília, a organização chama as mulheres a protestarem contra a condição de “encubadoras”. Outras manifestações estão marcadas para Santa Maria, Rio Grande do Sul; Jaraguá do Sul e Joinville, em Santa Catarina; e Campina Grande, na Paraíba. (mais…)

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Manifestantes do Copa pra Quem? estabelecem datas para atos

Foto: Marcello Casal Jr/ABr
Foto: Marcello Casal Jr/ABr

Da Agência Brasil

Brasília – A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop) e a Resistência Urbana realizarão outras manifestações Copa Pra Quem?, como a que aconteceu na manhã de hoje (14), em Brasília (DF). Os líderes do movimento aguardam em frente a sede do governo do Distrito Federal (GDF) para serem recebidos pelo secretário de Governo, Gustavo Ponce de Leon.

Outros atos públicos acontecerão ainda hoje em São Paulo (SP), na Avenida Paulista. Em Porto Alegre (RS), está previsto um ato público, às 19h, no Largo Glenio Peres.

Em Palmas (TO), a previsão é que manifestantes se concentrem na principal avenida da cidade, a Jucelino Kubitschek, a partir das 16h. O calendário estabelecido pelo comando dos dois movimentos prevêem atos públicos do Copa Pra Quem? em Teresina (PI) e Boa Vista (RR). (mais…)

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MPF flagra índios em péssimas condições de vida em Guaíra e Terra Roxa

Apenas três de 13 aldeias visitadas têm água potável

Redação Bem Paraná

O  Ministério Público Federal (MP-PR) verificou péssimas condições de vida de indígenas na região de Guaíra e Terra Roxa. Depois de visita técnica, procuradores instauraram 45 procedimentos administrativos e um procedimento investigatório criminal, além de requisitar a instauração de dez inquéritos policiais  Os procuradores da República Lucas Bertinato Maron e Henrique Gentil Oliveira realizaram visitas técnicas aos quase 1.800 indígenas que residem em 13 aldeias nos municípios de Guaíra e Terra Roxa, entre os dias 4 e 7 de junho.  Eles averiguaram diversas situações de desrespeito às mínimas condições de vida dos integrantes da comunidade indígena (etnia guarani).

Em muitas aldeias, a única fonte de água disponível para beber vem de mananciais impróprios para o consumo humano, muitas vezes contaminados por agrotóxicos e fertilizantes. Foi possível verificar que, dentre as 13 aldeias visitadas, apenas em três há fornecimento de água potável aos moradores. Além disso, a falta de acesso à educação na língua materna foi apontada como outro grande desafio a ser superado.

Apenas em uma das aldeias foi construída uma escola modular, com condições mínimas de aprendizagem em sua língua materna. Fora isso, a educação regular junto à rede pública permite o convívio entre índios e não-índios, o que poderia possibilitar interações interculturais harmônicas. No entanto, em razão do clima hostil instalado na região, a convivência tem ocasionado episódios de racismo e intolerância, com relatos de agressões psicológicas por parte de alguns colegas de turma não-indígenas, que os acusam de querer “tomar” a cidade. De resto, há relatos de que alguns professores obstaram o acesso de índios à merenda como forma de castigo. Ainda neste sentido, atitudes racistas têm sido praticadas por alguns dos munícipes. Nas redes sociais, sites e jornais é possível verificar que há bolsões de repúdio à presença dos índios na cidade. Nas visitas técnicas foi relatado ao MPF que empresas de médio porte teriam demitido todos os empregados de etnia guarani de uma só vez, como forma de represália aos indígenas por estarem postulando a demarcação de terras.  (mais…)

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Ainda tem Constituição em vigor neste País? “Ruralistas bloqueiam rodovia em Roraima e deixam Estado isolado”

A rodovia BR 174 em Roraima foi fechada na manhã de hoje deixando o estado sem nenhuma ligação por terra com outros estados do Brasil e com a Venezuela. Os manifestantes colocaram pneus e caminhões no trecho que liga a capital Boa Vista com o Amazonas e na fronteira com a Venezuela (Foto: Divulgação/Movimento dos Produtores Rurais de Roraima)
A rodovia BR 174 em Roraima está fechada desde a manhã de hoje, deixando o estado sem nenhuma ligação por terra com outros estados do Brasil e com a Venezuela. Os manifestantes colocaram pneus e caminhões no trecho que liga a capital Boa Vista com o Amazonas e na fronteira com a Venezuela, (Foto: Divulgação/Movimento dos Produtores Rurais de Roraima)

Cyneida Correia, colaboração para Folha de S. Paulo

O Estado de Roraima está isolado desde a manhã desta sexta-feira (14). Produtores rurais bloqueiam a BR-174 com pneus e caminhões no trecho que liga a capital, Boa Vista, ao Amazonas e à Venezuela.

A manifestação é liderada pelo Movimento dos Produtores Rurais de Roraima e envolve rizicultores, pecuaristas e produtores de grãos que reclamam das demarcações das áreas indígenas no Estado.

Os manifestantes dizem pedir também o fim da violência gerada pela disputa de terras e a emancipação indígena em todo o país.

Os produtores reivindicam a suspensão imediata de todos os processos de demarcação, a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que dá competência ao Congresso Nacional para homologar os novos territórios e a revalidação da portaria da AGU (Advocacia-Geral da União) que restringe a ampliação de áreas já demarcadas. (mais…)

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