Não é só por vinte centavos, é pela desmilitarização das polícias, pelo fim da violência policial!

(Danilo Ramos. RBA)
(Danilo Ramos. RBA)

Justiça Global

As ações violentas e arbitrárias das polícias nas favelas e periferias do Brasil sistematicamente denunciadas pela Justiça Global estão sendo postas em prática também nos protestos pela redução da passagem. A polícia que reprime as manifestações é a mesma que executa pessoas nas favelas e periferias e a mesma que implanta nos morros as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP’s).

A violência policial é certamente um dos principais problemas a ser enfrentado pelo Brasil. A persistência da tortura, o encarceramento massivo de pessoas e, principalmente, as execuções extrajudiciais cometidas sistematicamente por agentes do estado conformam um quadro preocupante em relação à segurança pública e à garantia da cidadania básica, em especial para a população negra e pobre. A desmilitarização das polícias é um passo fundamental para a reforma estrutural das polícias em nosso país, e constitui-se um novo paradigma no trato da segurança pública. (mais…)

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Nota do Instituto de História da UFRJ

O Instituto de História (IH) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), diante dos tristes fatos ocorridos nos últimos dias e em respeito aos seus mais de 70 anos de luta incessante em defesa das instituições democráticas em nosso país, condena, veementemente, a repressão policial desproporcional e ainda os demais atos de violência de forte viés autoritário contra a sociedade civil que no uso pleno de sua cidadania tem organizado manifestações por todo país.

Enquanto espaço privilegiado de construção do conhecimento e do livre debate de ideias, o IH coloca-se a favor das liberdades individuais e coletivas que caracterizam o Estado Democrático de Direito conquistado após décadas de lutas. Na sua condição de herdeiro do extinto Departamento de História da UFRJ, o IH caracteriza-se como defensor de um Brasil no qual o princípio da liberdade, na sua mais ampla perspectiva, é pedra angular na construção de uma sociedade livre, plural e tolerante.

Rio de Janeiro, junho de 2013

Direção IH-UFRJ.

Compartilhado por Ricardo Figueiredo de Castro.

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Dilma anuncia que vai pedir plebiscito por reforma política e novo pacto com 5 itens

A presidenta Dilma Rousseff recebe integrantes do Movimento Passe Livre, no Palácio do Planalto.(Antonio Cruz/ABr)
A presidenta Dilma Rousseff recebe integrantes do Movimento Passe Livre, no Palácio do Planalto.(Antonio Cruz/ABr)

Fernanda Calgaro e Marina Motomura, do UOL, em Brasília

1- pacto pela responsabilidade fiscal nos governos federal, estaduais e municipais, para “garantir a estabilidade da economia” e o controle da inflação;

2 – pacto pela reforma política, incluindo um plebiscito popular sobre o assunto e a inclusão da corrupção como crime hediondo. “O segundo pacto é em torno da construção de uma ampla e profunda reforma política que amplie a participação popular e amplie os horizontes para a cidadania. Esse tema, todos nós sabemos, já entrou e saiu da pauta do país por várias vezes e é necessário, ao percebermos que nas últimas décadas, entrou e saiu várias vezes, tenhamos a iniciativa de romper o impasse. Quero nesse momento propor o debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política que o país tanto necessita”, declarou; (mais…)

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Munduruku protestam contra parlamentares que defendem construção de hidrelétricas

Foto: saite Cimi

Cimi – Cerca de 100 indígenas Munduruku lotaram a Câmara Municipal de Vereadores de Jacareacanga, extremo oeste do Pará, nesta segunda-feira, 24, para protestar contra os vereadores que são favoráveis ao projeto do governo de construir hidrelétricas no rio Tapajós.

A fachada da Câmara foi grafitada com frases de protesto como “Não queremos barragens”, “viva o Tapajós”, “respeitem nosso direito” e “nossa palavra é que vale”.

Dentro do plenário, lideranças indígenas discursaram acusando vereadores de estarem tentando dividir o povo Munduruku, espalhando mentiras sobre os acontecimentos.”Este é um movimento popular indígena autônomo. Nossa decisão é a decisão do coletivo, dos caciques, das lideranças. E a decisão é de que somos contra as barragens que afetam nosso território”, explicou Valdenir Munduruku aos parlamentares. (mais…)

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Perú: La verdad acerca de los reservorios de minas Conga

Laguna Perol completa

Por Wilder A. Sánchez, Servindi

24 de junio, 2013.- Como ya es de conocimiento público Minas Conga destruirá directa y premeditadamente las lagunas El Perol, Azul, Chica, Mala y Empedrada. Las lagunas El Perol y Empedrada serán destruidas por el tajo Perol, y las lagunas Azul, Chica y Mala desaparecerán con los enormes botaderos de rocas de desmonte Perol y Chailhuagón.

Minera Yanacocha y su Proyecto Conga dicen que para compensar la pérdida de esas lagunas construirán cuatro reservorios: Superior, Inferior, Perol y Chailhuagón, con los cuales habrá más agua almacenada y más disponibilidad de agua para la agricultura y la ganadería que la que existe actualmente.

Tanto la minera como varios ministros del Gobierno (incluidos el del Ambiente y el Primer Ministro) han hecho creer al país y al mundo que el Proyecto Conga está paralizado o suspendido y que los reservorios son obras de infraestructura agrícola para el campesinado, que no tienen que ver con el proyecto minero. (mais…)

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“PM ‘prendeu muito pouca gente’, diz prefeito de BH sobre protesto”. Será que, na visão dele, ela espancou o suficiente?

Postado por Alexandre Mazus com o comentário: “Em Belo Horizonte, durante os protestos de sábado (22) um senhor é socorrido por manifestantes que pedem socorro à polícia que os recebe com bombas e gás lacrimogênio. Fica a pergunta: Este ataque também ocorreu porque a polícia se sentiu ameaçada?”. Veja o vídeo. É revoltante! TP.

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Nathalia Passarinho do G1, em Brasília

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), afirmou nesta segunda-feira (24) que a Polícia Militar “prendeu muito pouca gente” após a manifestação de sábado (22), que reuniu 70 mil pessoas, mas terminou com radares de velocidade quebrados, lojas e agências bancárias destruídas e pichações. (mais…)

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Audiência pública marca 10 anos das Relatorias em Direitos Humanos e lançamento do Movimento Estratégico pelo Estado Laico

audiencia_relatoriasA efetivação dos direitos humanos no Brasil e os 10 anos de atuação das Relatorias em Direitos Humanos foi o tema da audiência pública realizada no dia 20 de junho em Brasília. O evento também marcou o lançamento do Movimento Estratégico pelo Estado Laico (MEEL).

As Relatorias apresentaram um panorama político da atuação deste primeiro ano do atual mandato e um relato das missões e incidências realizadas neste período, disponível no informe do período 2012-2013.

O evento foi promovido pela Plataforma Dhesca, em conjunto com a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e o Conselho Federal de Psicologia (CFP), com apoio da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) do Ministério Público Federal.

Acesse o site do MEEL e saiba mais sobre o Movimento. Leia abaixo o Manifesto de lançamento: (mais…)

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Presidenta Dilma se reúne com representantes do Movimento Passe Livre (MPL)

A presidenta Dilma Rousseff recebe integrantes do Movimento Passe Livre, no Palácio do Planalto. Participam do encontro os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho; e das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (Antonio Cruz/ABr)
A presidenta Dilma Rousseff recebe integrantes do Movimento Passe Livre, no Palácio do Planalto. Participam do encontro os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho; e das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (Antonio Cruz/ABr)

Danilo Macedo, Repórter da Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff está reunida, neste momento, com representantes do Movimento Passe Livre (MPL), um dos grupos que organizaram as manifestações em São Paulo contra o aumento da tarifa do transporte público. Vieram ao Palácio do Planalto, representando o MPL, Matheus Nordon, Marcelo Hotimsky, Mayara Vivian e Rafael Siqueira.

Além da presidenta, do lado do governo, participam os ministros das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, a secretária Nacional da Juventude, Severine Macedo, e o secretário-executivo da Secretaria-Geral, Diogo de Sant’ana.

Em pronunciamento à nação na última sexta-feira (21), a presidenta Dilma anunciou que vai propor a governadores e prefeitos um pacto pela melhoria dos serviços públicos e que, no processo, serão ouvidos líderes das manifestações e de movimentos sociais. O MPL é o primeiro grupo que se reúne com a presidenta após a série de manifestações. Às 16h, Dilma se reunirá com governadores e prefeitos de capitais.

Edição: Beto Coura

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A luta é por direitos, não por migalhas!, por Frei Gilvander Luís Moreira

Por Frei Gilvander Luís Moreira[1] especial para Combate Racismo Ambiental

Primavera brasileira? O século XXI está, de fato, iniciando no Brasil? Mal estar da civilização capitalista? Podridão do capitalismo? Início de uma revolução rumo a uma sociedade socialista, com justiça social, justiça agrária, justiça ambiental e respeito aos direitos humanos de todos a partir dos 99% oprimidos? Alguns fascistas – extrema direita – vão insistir em forjar golpe ludibriando o grito das ruas? Muitas perguntas estão no ar. A história dirá.

Em Belo Horizonte, MG, dia 22 de junho de 2013, cerca de 200 mil pessoas protestaram das 10 às 22 horas. Marchamos da Praça Sete até próximo ao Mineirão. Ao longo da marcha, muitas reivindicações foram feitas através de cartazes e com gritos de luta que ecoam de peitos fortes, conscientes e comprometidos com mudanças profundas no modelo econômico e político brasileiro. Além de “Nós somos a Força Nacional”, um dos gritos, repetido insistentemente, foi pela redução das tarifas do transporte coletivo. O povo não engolirá a proposta indecente de reduzir apenas centavos. Um dos objetivos maior da luta é conquistar TARIFA ZERO e PASSE LIVRE, transporte público de qualidade e eficiente. Se os usuários dos transportes particulares não podem andar sem cinto de segurança, por que o povo trabalhador pode viajar em ônibus ou metrôs superlotados, pendurados uns nos outros e disputando espaços até para colocar os pés?

A superação dessa injustiça passa pela municipalização/estatização do transporte coletivo. O povo descobriu que o direito constitucional de ir e vir implica ter acesso a meios de transporte público, gratuito e de qualidade. Não basta ter um direito formal e abstrato, é preciso ter acesso aos meios e instrumentos para efetivação do direito. Só em Belo Horizonte, são mais de 500 mil pessoas que andam a pé por não poder pagar as caríssimas tarifas de ônibus, que são um roubo diário, lento, mas constante. Além da redução de impostos, o povo exige redução dos lucros dos empresários do transporte coletivo, hoje, privatizado. O grito não parará de ecoar enquanto a classe política não levar o povo a sério. (mais…)

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