Vitória! Procuradorias impedem anulação do processo de regularização do Território Quilombola de Mesquita na Cidade Ocidental/GO

A Advocacia-Geral da União (AGU) manteve, na Justiça, a validade de procedimento iniciado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para reconhecer uma área de 4,2 mil hectares no estado de Goiás como terra ocupada tradicionalmente por remanescentes quilombolas.

O processo, instaurado em 2006, foi questionado por um morador da região onde está localizado o território quilombola de Mesquita, situado na Cidade Ocidental/GO. Em Mandado de Segurança, o autor da ação alegou que havia apresentado contestação administrativa contra o procedimento do Incra. Ele requereu a paralisação do Relatório de Identificação e Delimitação (RTID) da área que abriga a comunidade para assegurar seu direito de ampla defesa e contraditório, sob pena de anular todo o processo.

A defesa da regularização do território quilombola reuniu, em atuação conjunta, a Procuradoria-Regional Federal da 1ª Região (PRF1) e a Procuradoria Federal junto à autarquia fundiária. Os procuradores federais argumentaram que o Incra realizou inúmeras reuniões e atividades na comunidade para dar prévio conhecimento a população sobre a realização e finalidade dos trabalhos de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação do território quilombola. (mais…)

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Praga ‘importada’ se alastra por 12 estados e prejudica lavouras

A mariposa ‘helicoverpa armigera’: uma nova versão de soja transgênica é resistente à praga devastadora Fabiano Bastos / Embrapa.
A mariposa ‘helicoverpa armigera’: uma nova versão de soja transgênica é resistente à praga devastadora Fabiano Bastos / Embrapa.

Só na Bahia, perda foi de R$ 1,5 bilhão. Transgênicos são suspeitos

Por Danilo Fariello e Henrique Gomes Batista, em O Globo

BRASÍLIA E RIO — O governo acionou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e demais órgãos de inteligência da esfera federal para investigar a origem de uma praga devastadora que colocou o país em uma inédita situação de alerta fitossanitário. A helicoverpa armigera, que está fora de controle, é uma espécie de mariposa que foi trazida do exterior recentemente e já causou prejuízo de R$ 1,5 bilhão apenas nesta safra de algodão no oeste da Bahia, onde foi vista pela primeira vez no país. A praga causa estragos também no cultivo de milho, soja, sorgo, feijão e tomate, e já afetou 12 estados brasileiros.

Sua entrada pode ter sido involuntária, mas relatórios feitos pela Abin e entregues ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e à própria Presidência da República trabalham também com a hipótese de contaminação não acidental. O governo constatou ainda que, enquanto a disseminação traz danos enormes para a agricultura nacional, ao mesmo tempo beneficia empresas internacionais. (mais…)

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PEC 76: Blairo Maggi e Senadores Ltda querem mudar Constituição para propor ‘sociedade’ aos povos indígenas em hidrelétricas e mineração

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Mais uma tentativa de golpe – e bem séria! – contra os povos indígenas. De autoria de Blairo Maggi e com a assinatura de 33 senadores, está pronta para entrar em discussão na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado a PEC 76/2011, que altera os artigos 176 e 231 da Constituição Federal. De acordo com a justificativa, os magnânimos senadores estão preocupados com o fato de a Carta Magna não garantir efetivamente os direitos indígenas, que podem ser “expropriados ou usurpados”!

Para evitar que isso aconteça, através da PEC 76 eles  querem oferecer aos povos indígenas “participação nos aproveitamentos dos potenciais de energia hidráulica” em suas terras, bem como “na lavra dos recursos minerais”, tudo sob a aprovação do Congresso Nacional. Abaixo, a cínica justificativa da PEC 76; seu texto, no que ele pretende modificar a Constituição; a legislação original; e, finalmente, as honrosas assinaturas dos senadores que a defendem. Precisamos denunciar isso de todas as formas!

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MS – Área reivindicada por indígenas em Caarapó vai passar por perícia judicial

Guyraroká foi declarada terra indígena pelo Ministério da Justiça em 2009
Guyraroká foi declarada terra indígena pelo Ministério da Justiça em 2009

Estudos vão confirmar se fazenda está dentro da Terra Indígena Guyraroká, já em processo final de demarcação pelo governo federal

Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul

O Tribunal Regional Federal da 3° Região (TRF-3) acatou os argumentos do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) e determinou a realização de perícia judicial na Fazenda Ypuitã, para confirmar se ela pertence à Terra Indígena Guyraroká, localizada em Caarapó, sul do estado. Estudos realizados pela Fundação Nacional do Índio (Funai) definiram a fazenda como sendo de ocupação tradicional indígena.

O TRF-3 concordou com a tese do MPF, de que a prova pericial é a maneira mais eficaz de comprovar, com maior segurança, que a propriedade encontra-se na área pertencente à Terra Indígena Guyraroká: “Somente após a concretização dos estudos de natureza etno-histórica, antropológica, sociológica, jurídica, cartográfica e ambiental, serão fornecidos os dados necessários para descrever a existência da ocupação indígena na área”. A Justiça Federal de Dourados deve agora nomear um perito, que será responsável pelo trabalho.  (mais…)

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Procurador-geral de Justiça determina prioridade para o caso Amarildo

Foto: Notícias Rio Brasil
Foto: Notícias Rio Brasil

Vladimir Platonow, Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Marfan Vieira, determinou prioridade e aprofundamento na investigação sobre o desaparecimento do pedreiro Amarildo Dias de Souza. O operário está sumido desde o dia 14 de julho, quando foi conduzido da porta de sua casa, na Rocinha, para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do bairro.

Marfan recebeu hoje (31), na sede do Ministério Público (MP), um dos filhos do pedreiro, acompanhado pelo deputado estadual Geraldo Pudim (PR), que vai ingressar na Justiça com pedido para que o estado garanta o sustento da família.

O procurador-geral designou o promotor de Justiça Homero das Neves Freitas para acompanhar o caso. Amanhã (1º) haverá uma reunião entre o promotor e o delegado Rivaldo Barbosa, titular da Delegacia de Homicídios, para tratar das investigações. Deverá participar também Elizabete Gomes da Silva, esposa de Amarildo, e o subprocurador-geral de Justiça de Direitos Humanos e Terceiro Setor, Ertulei Laureano.

“Vivemos em um país onde as violações aos direitos humanos são crônicas e precisamos reverter este quadro. Vamos tratar o caso Amarildo da mesma forma como tratamos todos os casos de violação dos direitos humanos, de forma muito séria e contundente”, destacou Marfan. Ele não quis opinar sobre o que poderia ter acontecido: “Existem duas vertentes. Há uma versão de que isso teria acontecido em decorrência de uma ação policial truculenta e outra de que isso teria ocorrido por ação de traficantes. As duas versões serão consideradas e investigadas”. (mais…)

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Governo desiste de aumentar tempo de graduação em medicina

Yara Aquino, Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, informou hoje (31) que o governo vai alterar a proposta do Programa Mais Médicos de ampliar em dois anos os cursos de graduação em medicina. A ideia era aumentar de seis para oito anos o tempo da graduação, com os dois últimos anos de trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Mercadante, a proposta será levada ao relator da medida provisória que cria o programa, deputado Rogério Carvalo (PT-SE).

Em contrapartida, Mercadante defendeu que, já em 2018, a residência médica se torne obrigatória ao final dos seis anos de graduação para algumas atividades da medicina. Nesse modelo, toda a residência será feita no SUS, e o primeiro ano, obrigatoriamente na atenção básica, urgência e emergência no sistema.

“É evidente que algumas especialidades são mais disputadas, terão exames de seleção. Mas terá vaga para todo estudante de medicina. A partir de 2018, queremos condicionar para algumas atividades da medicina a obrigatoriedade da residência, a exemplo do que ocorre em alguns países”, disse o ministro. De acordo com Mercadante, a decisão foi tomada em discussão com diretores de faculdades, comissão de especialistas e representantes da Associação Brasileira de Educação Médica. (mais…)

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MPF/SE requer criação de Unidade de Conservação na foz do Rio São Francisco

Bacia do rio São Francisco
Bacia do rio São Francisco

Processo de criação da Área de Preservação Ambiental está em curso desde 2003 e ainda não foi finalizado

 Ministério Público Federal em Sergipe

O Ministério Público Federal está processando a União e o Estado de Sergipe para que finalizem a criação de uma unidade de conservação que proteja a região do Baixo São Francisco, próximo à sua foz. O projeto de criação da Área de Preservação Ambiental (APA) foi iniciado em 2003 pela União e jamais finalizado, faltando apenas o ato da Presidência da República editando o decreto.

Em outubro daquele ano, a sociedade Canoa de Tolda, em conjunto com o Conselho Comunitário da Foz do São Francisco, encaminhou ao Ministério do Meio Ambiente, uma proposta de criação de uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável – Área de Proteção Ambiental – na região sergipana do Baixo do São Francisco. O projeto passou pela tramitação normal no Ibama, tendo sido realizados os estudos técnicos e consulta pública às comunidades locais. (mais…)

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Dilma decide amanhã sobre projeto que trata de violência sexual

Carolina Gonçalves*, Repórter da Agência Brasil

Brasília – A decisão final sobre o projeto de lei que obriga os hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) a prestar atendimento emergencial e multidisciplinar às vítimas de violência sexual não deve ser antecipada, segundo assessores da Casa Civil. A presidenta Dilma Rousseff tem até amanhã (1°) para sancionar ou vetar o texto aprovado no Congresso Nacional que provocou reação imediata de entidades religiosas.

No último dia 19, representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e de outras entidades religiosas foram ao Palácio do Planalto pedir o veto parcial ao PL 03/2013. Eles reivindicam a retirada dos pontos do texto que preveem a “profilaxia da gravidez” e do “fornecimento de informações às vítimas dos direitos legais e de todos os serviços sanitários disponíveis”. O grupo critica o tratamento da gravidez como doença e teme que as informações prestadas no hospital, e não em delegacias, possam induzir as mulheres a optar pelo aborto.

No Congresso, a preocupação dos religiosos não teve tanto destaque. Apenas no Senado, o projeto passou por dois colegiados, antes de seguir para plenário, aprovado sob aplausos. Na Comissão de Direitos Humanos, a senadora Ana Rita (PT-ES), relatora da matéria, disse que a nova lei mostra o crescimento da consciência dos brasileiros em reduzir as taxas de criminalidade e de violência sexual no Brasil. (mais…)

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PA – Audiências públicas discutem impactos da monocultura do arroz no Marajó

Promovidos pelo Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) e pelo Ministério Público do Estado do Pará (MP/PA), eventos serão realizados nos dias 12 e 13, em Salvaterra e Cachoeira do Arari

Ministério Público Federal no Pará

Os impactos provocados pela monocultura de arroz no arquipélago do Marajó, no Pará, serão discutidos em audiências públicas agendadas para agosto pelo Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) e pelo Ministério Público do Estado do Pará (MP/PA). A primeira audiência será no dia 12, em Salvaterra, e no dia seguinte será a vez de Cachoeira do Arari. Toda a população da região está convidada a participar.

A realização das audiências faz parte de investigação conjunta do MPF/PA e MP/PA aberta a partir de denúncias de que a introdução do plantio de arroz no Marajó estaria se dando por meio da invasão de terras públicas e do desmatamento ilegal. A prática estaria colocando em risco o patrimônio socioambiental e arqueológico da região, além de expulsar a população rural para as cidades.

Ainda segundo as denúncias, que atribuem as irregularidades a arrozeiros que atuavam na Terra Indígena Raposa-Serra do Sol, em Roraima, a falta de atendimento à legislação ambiental e o uso excessivo de defensivos agrícolas tem causado danos à fauna à flora, provocando mortandade de peixes, pássaros e animais silvestres. (mais…)

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Ministério Público em Rondônia consegue suspensão de despejo de 200 famílias

Famílias do acampamento 10 de Maio, em Alto Paraíso, não serão despejadas

Ministério Público Federal em Rondônia

Representantes do Ministério Público, em âmbito federal e estadual, conseguiram a suspensão de liminar para reintegração de posse na fazenda Formosa, em Alto Paraíso. O   juiz da 1ª Vara Cível de Ariquemes, Muhammada Hijazi Zaglout, entendeu que o caso deve ser julgado pela Justiça Federal e não pela Justiça Estadual.

Desta forma, as 200 famílias do acampamento 10 de Maio não serão despejadas. A Polícia Militar já foi comunicada sobre a suspensão da liminar. Para o procurador da República Raphael Bevilaqua, “é preciso que a paz no campo seja alcançada e a retirada de famílias de trabalhadores rurais sem terra de forma forçada pode conduzir a um cenário de violência. É isto que tentamos evitar”.

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