Resex do Pará discutem gestão de recursos pesqueiros

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Líderes e gestores de nove reservas extrativistas (Resex) marinhas do estado do Pará reuniram-se nos dias 20 e 21 para discutir a implementação do Plano de Gestão Integrada de Recursos Pesqueiros. Além de definir as estratégias de implementação do plano, a reunião resultou na aprovação do produto final da consultoria, realizada pela Fundação Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), da Universidade Federal do Pará (UFPA). A consultoria é parte do projeto GEF Mangue, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) BRA/07 – G32.

A maior área contínua de manguezal do mundo está situada no Brasil, compreendendo uma faixa de 1.500 km2 entre os estados do Maranhão e Amapá. O litoral do Pará conta com nove reservas extrativistas marinhas (Soure, São João da Ponta, Maracanã, Chocoaré-Matogrosso, Araí Iperoba, Gurupí-Piriá, Tracuateua, Caeté-Taperaçu e Mãe Grande Curuçá) e ainda está contemplado como Área Piloto do GEF Mangue no que diz respeito à temática da gestão pesqueira, uma vez que trata-se do estado com maior produção e público da pesca artesanal marinha do país.

Durante o evento, foram realizados diagnóstico dos dados já publicados da região, voltados para a elaboração do Plano de Gestão integrada, além de uma sequência de oficinas participativas com os atores locais, conduzidas pela UFPA. As oficinas tiveram o objetivo de complementar e aprofundar as informações levantadas por cada reserva. A partir das contribuições, foi possível gerar o Plano de Gestão Integrada, que, apesar de ter como foco específico os recurso pesqueiros, contempla, devido ao caráter ecossistêmico, uma grande diversidades de programas.

Os programas vão desde o manejo da pesca até o de melhoria de qualidade de vida, com articulação interinsitiucional para implementação de políticas públicas nas três esferas de poder público. “Precisamos de um acordo entre as UCs vizinhas, ter um plano só pra trabalharmos juntos, dialogar nossos planos de uso e divulgar nossos acordos para nossas bases”, disse Adalberto, um dos líderes da Reserva Extrativista do Chocoaré-Matogrosso. O ojetivo é estimular o surgimento de lideranças juvenis.

Enviada por Mayron Borges para Combate Racismo Ambiental.

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