Silêncio e dor se multiplicam nos campos brasileiros (1)

Nesta série contamos a história de homens e mulheres vítimas da intoxicação por agrotóxicos na atividade agrícola e o que diz a política, a economia e a ciência

Por Melquíades Júnior – Diário do Nordeste

Para garantir a colheita e aumentar a produtividade, passou-se a usar o agrotóxico, que alguns chamam de defensivo químico ou agroquímico. O veneno usado para matar pragas nas lavouras chega com força ao ser humano e ao meio ambiente quanto maior e mais indiscriminado é o seu uso. Mortes silenciosas passam a ocorrer nos campos agrícolas brasileiros e fora deles. Assim foi com Valderi, Wanderlei, Rosália, Liberato e Antônio. Estes são alguns entre milhares de nomes registrados pelo Sistema Nacional de Informações Toxicológicas (Sinitox) com óbitos por agrotóxico agrícola.

São trabalhadores rurais do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Bahia, que conhecemos após percorrer quase 6 mil quilômetros. Os seus últimos anos de vida são narrados pelas esposas, as “viúvas do veneno”. Entre as vítimas incluímos Rosália, que lavava diariamente as roupas do marido sujas de veneno. Morreu de leucemia. Deixou três filhos e Marizaldo, o viúvo desta série.

Maria da Conceição cuidou dos últimos dez anos de vida de Valderi. Mas os cinco últimos valeram por outros dez. O agricultor foi perdendo partes do corpo. A reportagem conheceu Valderi logo após ele perder os primeiros dedos do pé, em 2005. Fizemos também a sua última foto em vida, em 2008. (mais…)

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Obrigado, Feliciano!

Eduardo d´Albergaria (Duda)*

Há pelo menos 3 décadas, o fundamentalismo religioso vem ganhando espaço no Brasil de forma intensa e silenciosa. Conquistando lugares no parlamento, em cargos executivos, canais de televisão, os fundamentalistas transformaram suas empresas em verdadeiros impérios.

Atuam, sobretudo, nas periferias urbanas, praticamente abandonadas pela Igreja Católica, que até então promovia, nestas áreas, a Teologia da Libertação – isolada e perseguida pela Cúria Romana, que discordava de sua “opção pelos pobres” e pelo seu engajamento nas lutas por direitos.

Os fundamentalistas encontraram terreno fértil para sua pregação: legiões de “sobrantes”, acossados pelo desemprego, pela invisibilidade, pelo terror da violência urbana e policial, ávidos por discursos messiânicos e salvacionistas. No meio da barbárie  e na ausência de projetos coletivos, só mesmo a fé se mostra como caminho de saída do desespero. (mais…)

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Repórter Brasil exibe série sobre desafios dos povos indígenas brasileiros (1)

Nota: Essencialmente sobre os Guarani Kaiowá, este primeiro programa da série faz a TV Brasil merecer parabéns inclusive pelo forma digna e honesta com a qual relata o recente incidente entre um PM aposentado invasor da aldeia e os indígenas. TP.

TV Brasil – “O território é onde vivem, trabalham, sofrem e sonham todos os brasileiros”, dizia o geógrafo Milton Santos. Espaço de afirmação cultural, é também um lugar geográfico. É terra que, para os povos indígenas, representa a resistência e a possibilidade de futuro. “A garantia da terra é o que garante também a sobrevivência dos povos indígenas, a proteção”, sintetiza o coordenador do Conselho Indígena de Roraima, Mário Nicário, um dos personagens da história que o Repórter Brasil, telejornal da TV Brasil, vai exibir, a partir desta segunda-feira (15) na série Territórios de Resistências. (mais…)

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Mês dos Povos Indígenas no Museu Goeldi, de 14 a 19 de abril

Manifestações culturais diversas fazem parte das atividades em comemoração aos povos indígenas, que inclui exposição e oficinas

Jéssica Silva* – Agência Museu Goeldi

Com objetivo de homenagear, dialogar e divulgar a cultura dos povos indígenas, o Museu Paraense Emílio Goeldi organizou uma agenda especial que acontece entre os dias 14 e 19 de abril. Oficinas, exposições, roda de danças e trilha interpretativa fazem parte da programação. (mais…)

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“Câmara adia PEC sobre demarcações e cria grupo para discutir questões indígenas”

Raoni no Plenário da Câmara. Foto: Zeca Rbeiro (Agência Câmara)

Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, vai criar, nesta quarta-feira (17), uma comissão formada por deputados, índios e representantes do governo federal para discutir questões relacionadas aos povos indígenas.

Henrique Eduardo Alves também se comprometeu a não instalar, até o segundo semestre, a comissão especial que vai analisar a proposta de emenda à Constituição (PEC) 215/00, que transfere para o Legislativo o poder de demarcar as terras indígenas.

Os índios conseguiram invadir o Plenário da Câmara, nesta terça-feira, durante sessão de votação, depois de ameaçarem os agentes da Polícia Legislativa com lanças. Após Henrique Eduardo Alves ter se comprometido a receber alguns líderes no gabinete da presidência para tentar um acordo, os indígenas aceitaram sair do Plenário. (mais…)

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Apoie os Mbyá-Guarani na retomada de suas terras!

Está chegando o mês de abril, mês no qual os povos indígenas são lembrados… Mas há o que comemorar nessa data?

Este é um período para a reflexão de como andam as políticas públicas para povos indígenas na cidade. Será que estão sendo implementadas políticas adequadas que atendam às especificidades das comunidades? Ações voltadas ao reconhecimento e à valorização das culturas indígenas em Porto Alegre são realizadas, mas ainda persistem equívocos na abordagem dessa temática no âmbito das políticas locais. (mais…)

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