Homens serão indiciados por agressão a nordestino e apologia ao nazismo

Paulo Virgilio, Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A polícia do Rio vai indiciar cinco homens de um grupo de sete pessoas detido na manhã de hoje (27) na Praça Araribóia, no centro de Niterói, na região metropolitana do Rio, sob a acusação de agredirem um homem nordestino e fazer apologia ao nazismo. Os outros dois integrantes do grupo são uma jovem, que seria apenas namorada de um dos integrantes e foi liberada, e um menor de idade, que foi apreendido.

Detidos por guardas municipais de Niterói, após terem sido denunciados por populares que testemunharam a agressão física, os sete foram levados para a 77ª Delegacia Policial, no bairro de Icaraí. De acordo com a delegada Helen Sardenberg, os cinco homens vão responder por crimes de intolerância racial, propaganda nazista, lesão corporal, formação de quadrilha e corrupção de menores, todos inafiançáveis.  A vítima, identificada como Sirlei dos Santos, de 33 anos, prestou depoimento na delegacia.

Segundo a polícia, Davi Ribeiro Morais, de 39 anos, Carlos Luiz Bastos Neto, de 33, Thiago Borges Pita, de 28, Caio Souza Prado, de 23 e Philipe Ferreira Ferro Lima, de 21, vestiam camisas com referências a um grupo neonazista e exibiam no corpo tatuagens da cruz suástica. No carro onde o grupo estava também foram encontrados panfletos e outros materiais de propaganda nazista.

Edição: Fábio Massalli

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Camarada Antonio Gramsci, presente!!! Agora e sempre!!!

Gramsci 2Há exatamente 76 anos atrás, em 27 de abril de 1937, morreu Antonio Gramsci, comunista italiano.

Cronologia da vida de Antonio Gramsci (da edição brasileira dos Cadernos – 1999)

1891
22 de janeiro. Nasce em Ales (Cagliari, Sardenha), filho de Francesco e Giuseppina Marcias, quarto de sete filhos (Gennaro, Grazietta, Emma, Antonio, Mario, Teresina, Carlo). O pai, filho de um coronel da polícia militar, nascera em Gaeta em 1860, descendente de uma família de origem albanesa. Concluído o ginásio, Francesco passa a trabalhar no cartório de Ghilarza, em 1881. Em 1883, casa-se com Giuseppina Marcias e, pouco tempo depois, transfere-se para Ales. A mãe, nascida em Ghilarza em 1861, era sarda por parte de pai e mãe e tinha parentesco com famílias ricas de sua cidade.
1894-96
Antonio tem saúde frágil. Aos quatro anos, cai dos braços de uma babá, fato que será depois relacionado com seu defeito físico (ele era corcunda). Pesquisas mais recentes atribuem esse defeito à doença de Pott, uma espécie de tuberculose óssea, diagnosticada somente no cárcere, mas que Antonio teria contraído desde a infância. (mais…)

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Bolivia: Comuneros marcharon en contra de las empresas mineras en Oruro

Comuneros en Bolivia

Servindi – La Coordinadora de Defensa del río Desaguadero, que agrupa a más de 80 comunidades de cuatro subcuencas de Bolivia, realizó una marcha el 24 de abril donde participaron comuneros de Oruro en protesta por la contaminación de lagos y ríos a consecuencia de la actividad minera.

Jesús Chachaqui, presidente de la Central de Cooperativas Pesqueras del Lago UruUru, indicó que siete cooperativas están afectadas por la empresa Inti Raymi que opera en Kori Chaca y envía sus residuos al lago, poniendo el riesgo el pejerrey. (mais…)

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Relatório Figueiredo: “A verdade sobre a tortura dos índios”

Relatório expôs a situação de penúria e exploraçãoem que viviam os índios sob os cuidados do SPI
Relatório expôs a situação de penúria e exploração
em que viviam os índios sob os cuidados do SPI

Descoberta de documento que permaneceu oculto por mais de quatro décadas expõe como funcionou a política de corrupção, violência e extermínio do Serviço de Proteção aos Índios antes e durante a ditadura

Laura Daudén e Natália Mestre – IstoÉ Independente

O Serviço de Proteção aos Índios (SPI), representado por Flávio de Abreu, chefe da 6ª inspetoria, localizada em Mato Grosso, vendeu a pequena índia Rosa, 11 anos, em plena hora da escola. Ela e as colegas bororos foram obrigadas a parar os estudos e formar fila. Abreu estava acompanhado por um sujeito chamado Seabra, que escolheu a índia que queria para si. A vida de Rosa foi entregue a Seabra pelo funcionário público como pagamento pela construção de um fogão de barro em sua fazenda. Ao pedir clemência a Abreu, o pai da menina foi covardemente surrado. A denúncia, que expõe a institucionalização da violência contra os índios no Brasil, faz parte do Relatório Figueiredo, um documento de mais de sete mil páginas produzido pelo procurador federal Jáder Figueiredo entre 1967 e 1968 a pedido do extinto Ministério do Interior. O trabalho mostra a corrupção endêmica, os métodos de tortura e escravização e a exploração do patrimônio indígena por funcionários do extinto SPI – órgão antecessor à Fundação Nacional do Índio (Funai). (mais…)

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A forma de organizar o trabalho, hoje. Um olhar crítico.Entrevista especial com José Roberto Montes Heloani

“Uma característica muito forte desse modelo de organização do trabalho é a solidão. Encontra-se rodeado de pessoas, mas verdadeiramente se está só”, constata o pesquisador.

Por Graziela Wolfart – Unisinos

A partir da experiência que possui ao longo dos anos na área da Psicologia do Trabalho, o professor Roberto Heloani, da Unicamp, identifica que foi se criando uma cultura dentro das organizações cujo mote é o seguinte: “aproveite enquanto der; o futuro ninguém sabe; nem você tem controle desse futuro”. Na entrevista que aceitou conceder por telefone à IHU On-Line, ele argumenta que, em uma situação como essa, “não se pode esperar dos jovens sonhos de longo prazo, uma lealdade estrita às pessoas e à organização e, muito menos, uma dedicação incondicional. Ele pode até trabalhar muito, até 16 horas por dia, como alguns trabalham, mas é um trabalho voltado para si, que quer uma recompensa rápida, imediata e de preferência segura. Ele construiu uma lógica que não é perversa”. E continua: “temos uma organização do trabalho que exige uma nova modelagem, uma nova subjetividade – chamo isso de manipulação da subjetividade – e responde com uma nova subjetividade: sendo individualista para melhor se adaptar a essa realidade. Quem é perverso não é o jovem, nem o gestor, nem o chefe. Se tem alguém perverso é a própria forma de organizar o trabalho. Essa forma diferenciada de organizar o trabalho tem obviamente benefícios, pontos positivos, mas também tem muitos pontos negativos”.

Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo  USP e em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo  PUC-SP, José Roberto Montes Heloani é mestre em Administração pela Fundação Getúlio Vargas/SP e doutor em Psicologia pela PUC-SP. É professor e pesquisador da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, na área de Gestão, Saúde e Subjetividade. Também é professor conveniado junto à Université de Nanterre (Paris X). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia do Trabalho, Saúde no Trabalho e Psicodinâmica do Trabalho. É membro-fundador do site www.assediomoral.org, coautor de Assédio moral no trabalho (São Paulo: Cengage Learning, 2008), e autor de, entre outros, Gestão e organização no capitalismo globalizado – História da manipulação psicológica no mundo do trabalho (São Paulo: Atlas, 2003). Confira a entrevista. (mais…)

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Governo se recusa a ir à aldeia Sai Cinza reunir com os Munduruku

Projetos planejados no Complexo do Tapajós. Mapa editado por Telma Monteiro
Projetos planejados no Complexo do Tapajós. Mapa editado por Telma Monteiro

Carla Ninos, no blog Telma Monteiro

A reunião prevista para esta quinta-feira (25 de abril) entre representantes da Secretaria Geral da Presidência da República e o povo Munduruku não aconteceu. É que os representantes do governo federal, convidados por mais de 100 caciques Munduruku das diversas aldeias da região a comparecer na aldeia Sai Cinza para uma reunião, simplesmente se recusaram a ir à aldeia.

O governo federal ao aceitar o convite feito pelos indígenas, como sinal de boa-fé, prometeu que a reunião seria um espaço onde seria apresentada a proposta de consulta a ser feita aos indígenas sobre a construção da hidrelétrica de São Luiz Tapajós. Gastou dinheiro público para deslocar 200 homens, fortemente armados, da Força Nacional e ainda da Polícia Federal, além da comitiva da Presidência da República, dentre os quais estava presente Thiago Garcia – Assessor Técnico da Secretaria Nacional de Articulação Social, Ministério das Minas e Energia e da Fundação Nacional do Índio (Funai), para chegar na hora, não ir à aldeia e ainda impor condições aos índios. Cadê a boa-fé Ministro Felix Fischer? (mais…)

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Criado o Fórum Permanente das Questões Quilombolas do Baixo Amazonas, Calha Norte do Pará

união

O Fórum, que reúne as comunidades quilombolas dos municípios de Oriximiná, Óbidos, Alenquer, Monte Alegre e Santarém, a Procuradoria da República em Santarém, a Comissão Pró Índio de São Paulo e a Terra de Direitos tem por objetivo fortalecer a luta e a união dos quilombolas da região através:

  • da ação articulada para garantia de respeito aos direitos quilombolas, especialmente para se assegurar a titulação dos territórios quilombolas e o respeito ao direito a consulta, livre prévia e informada;
  • do favorecimento da comunicação entre as comunidades, associações quilombolas, entidades parceiras e o Ministério Público;
  • da facilitação do diálogo com os diferentes órgãos do governo federal, estadual e municipal;
  • de iniciativas para proporcionar maior visibilidade à realidade e a luta dos quilombolas da Calha Norte.

Compartilhado pela Comissão Pró-Índio de São Paulo.

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PE – Seminário “Tecendo a Rede de Mulheres Negras do Nordeste” começa hoje, às 18 horas

mulheres_negrasNo intuito de lançar o projeto de articulação e construção da Rede de Mulheres Negras do Nordeste, o Odara – Instituto da Mulher Negra realizará nos dias 27 e 28 de abril, em Recife, o seminário “Tecendo a Rede de Mulheres Negras do Nordeste” com representantes de 25 organizações de mulheres negras da região nordeste do país. O evento terá abertura no sábado (27/04), às 18h, no Auditório do Hotel Jangadeiros.

A abertura do seminário terá a presença da coordenadora executiva do Odara, Valdecir Nascimento, da assessora de projetos da Coordenadoria Ecumênica de Serviços (Cese), Rosana Fernandes, da coordenadora do Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará (CEDENPA), Nilma Bentes, de representantes das organizações de mulheres negras dos estados do Maranhão, Alagoas, Piauí, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Paraíba, Bahia e da Articulação Nacional de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB). (mais…)

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