“Os Últimos Charrua”: Indios enviados a Paris eram atração em zoológico humano

No ano de 1833, quatro índios Charrua foram enviados para Paris, como atrações exóticas de um zoológico humano na Cidade Luz. Essa incrível história conta como esse Povo Indígena, originário do sul do Brasil e da Bacia do Prata, foi morto e aprisionado em uma emboscada na cidade de Salsipuedes, no Uruguay. Os quatro índios sobreviventes ao massacre viveram por alguns meses em Paris e logo foram mortos por doenças brancas. Roteiro de Grace Luzzi e direção de Vinicius Cruxen. A fotografia é de Pablo Escajedo, arte de Bernardo Zortéa e direção de produção de Daniela Mazzilli. As gravações foram em Porto Alegre, Viamão (RS) e Montevidéu, no Uruguai. Compartilhado por Tupamaro Guaranikaiowa.

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Maria do Rosário cobra punição para acusados de matar casal de extrativistas no Pará

Ministra Maria do Rosário

Yara Aquino* – Agência Brasil

Brasília – A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse hoje (4) que espera “punição firme e efetiva” para os três acusados de assassinar o casal de trabalhadores rurais José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, caso a culpa seja comprovada no julgamento iniciado no último dia 3.

O casal foi morto a tiros em maio de 2011 em um assentamento em Nova Ipixuna, no sudeste do Pará. Os dois denunciavam a extração ilegal de madeira na região em que viviam e vinham recebendo ameaças de morte constantes.

“Minha expectativa é uma responsabilização firme, efetiva do envolvidos, mas que não pare por aí, porque talvez outros envolvidos não tenham sido identificados ainda, na cadeia de comando da morte de José Cláudio e Maria. Trata-se de um crime com agravantes os mais variados. Acreditamos que o crime de extermínio deve receber uma penalidade grave e muito firme”, disse.

A ministra ressaltou que é importante evitar a impunidade de mandantes de crime no campo como esse. “O Brasil precisa é que não exista a impunidade de ninguém nessas cadeias de comando”. (mais…)

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Eduardo Fernandes e seu grupo de pesquisa na UFPB vão trabalhar para a Comissão da Verdade da Paraíba

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Uma boa notícia da Paraíba, depois do total desastre da escolha da Ouvidoria da Defensoria Pública do estado: o advogado e professor Eduardo Fernandes, da UFPB, vai assumir a coordenação do Grupo de Trabalho (GT 01) “Paraibanos mortos e desaparecidos políticos”, convidado por Waldir Porfirio, membro da Comissão Estadual da Verdade e da Preservação da Memória (Decreto nº 33.426/12).

Eduardo Fernandes trabalhará juntamente com seus alunos que integram a pesquisa Ymyrapytã : As ligas da Memória, Verdade e Justiçavinculada ao Centro de Referência em Direitos Humanos da UFPB e ao Grupo de Pesquisa Análises das Estruturas de Violência e Direito, Linha Proteção de Direitos Humanos.

Caberá ao grupo subsidiar a Comissão Estadual da Verdade e da Preservação da Memória do Estado da Paraíba, e  especificamente o GT 01, que tem a presidência de Waldir Porfirio, com pesquisas de campo, oitiva de pessoas, recebimento de documentos, requerimentos, tabulação de dados, participação em seminários acadêmicos, audiências públicas e/ou atividades de outras Comissões da Verdade, assim como nas atividades rotineiras de revisão bibliográfica, manuseio de acervos, análise documental e de materiais que possam auxiliar a produção de relatórios, artigos, livros e outros produtos que possam conter elementos de auxílio também para a Comissão Nacional da Verdade. (mais…)

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Moradores resistem à desocupação no Jardim Botânico do Rio

Vladimir Platonow* – Agência Brasil

Rio de Janeiro – Moradores de uma área pertencente ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro resistem pelo segundo dia seguido à ordem judicial de despejo de quatro famílias. Oficiais de Justiça estão desde o início da manhã de hoje (4) tentando cumprir a determinação, com apoio de policiais militares do Batalhão de Choque. Policiais federais também acompanham a ação.

O acesso às casas foi bloqueado com uma barricada de galhos, madeiras e arame farpado. No total, 620 casas foram construídas na área ao longo dos últimos oitenta anos. A União pede a reintegração de posse de parte desses imóveis para devolver ao Jardim Botânico, que deseja utilizar a área para fins de expansão.

Os moradores avaliam proposta de transferência para três imóveis, que primeiro precisariam passar por reformas. Enquanto isso, as famílias ficariam alojadas em abrigo da Fundação Leão 13, usado para atendimento a moradores de rua. Uma comissão foi conhecer os locais propostos, mas a maior parte não abre mão de permanecer no local.

*Edição: Davi Oliveira

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Ministério Público Federal pede paralisação de Belo Monte até que condicionantes sejam cumpridas

Pedro Peduzzi* – Agência Brasil

Brasília – O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação na Justiça pedindo suspensão da licença da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo construída no Rio Xingu, nas proximidades do município de Altamira, no Pará. Na ação, o MPF cobra da empresa responsável pela obra e operação da usina, a Norte Energia, o cumprimento de diversas condicionantes previstas para as áreas de saneamento e meio ambiente.

Os procuradores do MPF pedem a suspensão da licença até que o cronograma das obras de saneamento seja cumprido. Entre as obras pendentes, está a implantação de saneamento básico nos municípios paraenses de Altamira, Vitória do Xingu, Belo Monte e Anapu.

Os procuradores pedem, ainda, que a Justiça condene a Norte Energia a pagar indenização por dano moral difuso e que a empresa seja obrigada a apresentar um cronograma detalhado de execução das obras e reformas referentes a esgotamento sanitário, abastecimento de água, aterro sanitário, remediação (recuperação e revitalização da área) do lixão e drenagem urbana que se encontram em atraso, com a demonstração da contratação das medidas necessárias para a efetiva execução dessas obrigações. (mais…)

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Entrevista com a ministra Luiza Bairros: Sobre o Brasil que temos e o Brasil que queremos

Por Ana Flávia Magalhães Pinto*

A população branca representa cerca de 30% dos cidadãos brasileiros que vivem na extrema pobreza. Os jovens brancos têm 2,5 vezes menos chances de morrer assassinados que os jovens negros. Dos setenta escritores escolhidos pelo governo brasileiro para representar o país numa famosa feira de livros na Alemanha, contamos com a presença de dois homens negros. Sendo assegurado pela Constituição o direito de opinião, um deputado pode dizer publicamente que os africanos e seus descendentes são um povo amaldiçoado por Deus. Vivemos no Brasil uma democracia, ainda que as marcas das profundas desigualdades raciais estejam espalhadas por todos os lados. Mas democracia e racismo não seriam incompatíveis?

No último 21 de março, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) completou dez anos de existência. A princípio, a ocasião convida a falar sobre avanços e conquistas, mas ainda são muitos os problemas que precisam ser enfrentados para que a desigualdade entre negros e brancos seja superada. Nesta entrevista, a ministra Luiza Bairros faz um balanço sobre essa década de políticas de igualdade racial dentro do governo federal, identifica os maiores desafios colocados para a Secretaria e aponta algumas possibilidades para o desenvolvimento da gestão pública na área. (mais…)

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ProSavana: interesses múltiplos e contraditórios. Entrevista especial com Fátima Mello

IHU On-Line – “O agronegócio tem um interesse em buscar terras em Moçambique para expandir seus negócios, porque as terras no país são públicas, e os ruralistas podem consegui-las sob um regime de concessão”, assinala a coordenadora do Núcleo Brasil Sustentável da Federação de Órgãos de Assistência Social e Educacional – Fase

Programa agrícola de investimentos entre Brasil, Japão e Moçambique para desenvolver a agricultura numa área de aproximadamente 14,5 milhões de hectares no país africano, o ProSavana está gerando polêmica. Segundo Fátima Mello, o programa é contraditório e ameaça a produção agrícola de 5,5 milhões de camponeses que vivem no Corredor de Nacala. “O ProSavana deriva do Prodecer, um programa que foi desenvolvido no Cerrado brasileiro, em Mato Grosso, realizado pela cooperação japonesa com o Brasil nos anos 1980 e que produziu as características que conhecemos no Cerrado: gigantescos monocultivos de soja em larga escala voltados para a exportação, intenso uso de agrotóxicos, expulsão de populações tradicionais, concentração da propriedade da terra, contaminação do solo e criação de um poderio econômico do latifúndio e do agronegócio”, informa em entrevista concedida à IHU On-Line por telefone.

Fátima Mello visitou as comunidades camponesas que vivem no Corredor de Nacala e relata que elas precisam de incentivo para expandir a produção agrícola, mas estão apreensivas com a lógica do programa. “Nós também estamos preocupados porque ouvimos que haverá áreas onde será feita agricultura de larga escala, como acontece no Cerrado, e outras áreas em que se tentará fazer a convivência entre o sistema que existe hoje, de base familiar, e o grande negócio”, afirma. E dispara: “No Brasil, as experiências mostram que essa convivência é impossível, seja porque os camponeses são expulsos e o processo de concentração diária é uma regra, seja porque o pequeno proprietário é engolido pelo grande”. (mais…)

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Justiça para Zé Cláudio e Maria

Começou em Marabá, julgamento dos assassinatos de José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo. Os crimes repercutiram muito no Brasil e pelo mundo afora. (©Greenpeace/Felipe Milanez)

Em Marabá, situada no Sudeste do Pará, palco de uma das disputas de terras mais ferrenhas da Amazônia, ocorre o julgamento dos três acusados de terem assassinado o casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, em maio de 2011. Este crime teve uma repercussão grande dentro e fora do Brasil tal qual os casos de Chico Mendes e Dorothy Stang. O júri popular até quinta à noite (mais…)

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Movimentos sociais se mobilizam em frente ao fórum de Marabá, no Pará

Cerca de 300 pessoas integrantes de movimentos sociais se reuniram em frente ao Fórum de Marabá, no sudeste paraense, para acompanhar o julgamento dos acusados de assassinar o casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva em 2011

G1

Uma missa campal iniciou às 7h30 e foi presidida pelo bispo da Diocese de Marabá, Dom Vital Corbellini e durou cerca de meia hora. Após a celebração, manifestantes fizeram um ato silencioso, em que carregavam cruzes de madeira contra o peito, simbolizando as mortes no campo.

Uma delegação internacional formada por entidades que representam os trabalhadores rurais da Argentina, Colômbia e Suécia também está em Marabá. Eles vão acompanhar o júri com representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetragri). (mais…)

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RO: greve de 25 mil operários interrompe obras de hidrelétricas

Cerca de vinte e cinco mil trabalhadores das usinas hidrelétricas Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira, em Porto Velho (RO), decidiram entrar em greve nesta terça-feira. Eles reivindicam 18% de reajuste nos salários e elevação do valor da cesta básica, dos atuais R$ 270 para R$ 400, além de aumento na Participação no Lucro de Resultados (PLR). Os consórcios Energia Sustentável do Brasil (Jirau) e Santo Antônio Energia, que executam as obras das duas hidrelétricas, se dispuseram a fazer reajuste de 10% nos salários e a elevar o valor da cesta básica para R$ 310. As negociações fazem parte do acordo coletivo de trabalho 2013/2014, com vigência a partir de 1 de maio de 2013, iniciadas 60 dias antes do vencimento da data-base

Altino Machado – Terra Magazine/Blog da Amazônia (IHU On-Line)

Os trabalhadores das construtoras Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez, Suez Energy, Eletrosul, Chesf e do Grupo Industrial do Complexo Madeira, rejeitaram a contraproposta dos consórcios em assembleia geral realizada no acampamento das empresas, na BR-364, que foi acompanhada pela Central Única dos Trabalhadores. (mais…)

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