Em sua autobiografia, Um gosto amargo de bala, Vera Gertel recorda a militância política e artística de sua geração

Atriz, Vera Gertel atuou como jornalista quando o teatro brasileiro sofria perseguições da censura

Atriz destaca papel dos artistas na resistência à ditadura civil-militar

Ana Clara Brant – EM Cultura
Um fato curioso marcou a vida da militante, atriz e jornalista Vera Gertel assim que ela veio ao mundo. Ganhou o nome de Anéli, uma homenagem da mãe, Raquel, à Aliança Nacional Libertadora (ANL), frente de oposição à ditadura Vargas. Mas só foi registrada dois anos depois e mesmo assim como Vera, apesar de alguns familiares a chamarem carinhosamente por Néli. “Minha mãe era tão comunista e tão prestista que colocou esse nome em mim e ainda batizou o meu irmão mais novo de Luiz Carlos. Mas eu sou Vera”, assegura. (mais…)

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Filme conta drama de Dodora Barcelos, militante da luta contra a ditadura civil-militar

"Pisei no calcanhar do monstro e ele virou sua pata sobre mim, cego e incontrolável. Fui uma das vítimas inumeráveis do machão crioulo, monstro verde-amarelo de pés imensos de barro. Foram intermináveis dias de Sodoma. Me pisaram, cuspiram, me despedaçaram em mil cacos. Me violentaram nos meus cantos mais íntimos. Foi um tempo sem sorrisos. Um tempo de esgares, de gritos sufocados, um grito no escuro". Texto de Dodora Barcelos.

Filme “Perdão meu capitão” é do sobrinho da militante, que foi presa, torturada e se suicidou na Alemanha

Sérgio Rodrigo Reis – EM Cultura

O ano é 1969. A então estudante de medicina da UFMG, Maria Auxiliadora Lara Barcellos, a Dodora ou Dorinha, como também era conhecida, entra para o movimento estudantil em Belo Horizonte. Perseguida pelos militares, vai para o Rio de Janeiro e, denunciada por vizinhos, é presa e violentamente torturada por meses, até que é banida do país, em 1971. As marcas da repressão nunca mais lhe abandonaram o espírito. Atordoada, já na Alemanha, onde passou a viver depois de conquistar o primeiro lugar num concurso para estrangeiros, não suportou o peso do próprio passado e optou por uma solução drástica: atirou-se na frente do metrô, pondo fim à própria vida. A tragédia marcou a história de sua família. (mais…)

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MG – Medo da violência leva população de rua para Zona Sul de BH

Violência leva moradores de rua a migrar para áreas mais nobres de BH em busca de segurança e evidencia multiplicação de sem-teto. PBH admite que estrutura de acolhimento está “no limite”

EM – O ex-pedreiro Milton Natividade, de 40 anos, passou a maioria das noites dos últimos quatro anos na Região Hospitalar de Belo Horizonte. Em uma dessas madrugadas, no início de 2013, foi acordado com um chute na costela. “Arreda para lá, coroa”, ele diz ter ouvido de um desconhecido. O morador de rua conseguiu se afastar da calçada, mesmo sob efeito da cachaça que havia bebido antes de dormir. Em seguida, afirma ter visto o homem jogar álcool no corpo do colega que dormia ao lado dele no passeio. “O cara riscou um fósforo e meu amigo virou uma chama viva. Morreu”, conta. Milton deixou a região hospitalar depois do episódio. Desde então, passa a maior parte das noites com mais cinco sem-teto em frente a um loja na Avenida Cristóvão Colombo, na Savassi. A mudança dele não é caso isolado. (mais…)

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Energia nuclear e maledicências

Heitor Scalambrini Costa*

Existem maledicências evidentes quando se defende a expansão de usinas nucleares no país, justificando-as com o que está ocorrendo em diversas partes do mundo, com a necessidade da nucleoeletricidade para garantir o crescimento econômico, e de relacionar a construção dessas usinas no Nordeste com o desenvolvimento regional.

No debate verifica-se uma intransigência de origem daqueles que comandam o setor. E um jogo de interesses de grupos que se beneficiariam caso estes projetos se concretizem, em detrimento dos interesses nacionais. Nem tudo é dito claramente, explicitado a sociedade, quando o assunto é energia nuclear. Há pouca informação manipulada que circula na grande mídia, desnudando o caráter antidemocrático e “fechado” que domina o setor energético, controlado por interesses políticos, econômicos e militares.

Se propagandeia falsamente que a indústria nuclear está em plena efervescência e florescente no mundo,  com mais, e mais países adotando esta tecnologia como solução para atender suas necessidades energéticas. Toma-se como exemplo os Estados Unidos da América, país que menos respeita a natureza e o mais poluidor do mundo, juntamente com a China. O EUA declinou de assinar o protocolo de Kyoto, não se comprometendo a reduzir suas emissões de CO2 (o principal gás de efeito estufa – GEE), além de dificultar nos fóruns internacionais, propostas para combater o aquecimento global. Mais recentemente, optou pela produção de gás obtido a partir do betume, combustível fóssil e com grande capacidade de emissão de GEEs,. Com certeza, este país não é exemplo para ninguém no que concerne suas escolhas energéticas e a defesa do meio ambiente. (mais…)

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“Los que defienden la vida, la identidad y el futuro son asesinados, perseguidos, secuestrados”

Entrevista al dirigente Domingo Hernández Ixcoy sobre escalofríante momento de violencia que vive Guatemala.

Servindi, 31 de marzo, 2013.- “Estamos viviendo un escalofriante momento de violencia que nos hace recordar la época del conflicto armado, cuando los dirigentes eran asesinados por reclamar sus derechos. Ahora somos perseguidos por no entregar los bienes naturales a las empresas nacionales y extranjeras” afirma el dirigente Domingo Hernández Ixcoy.

“Los que defienden la vida, la identidad y el futuro del país son asesinados, perseguidos, secuestrados” afirma el dirigente en una entrevista de Bárbara Trentavizzi y difundida en el portal Desinfomémonos, que reproducimos a continuacion. (mais…)

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¿Por qué algunos acusan a los ambientalistas de comunistas?

Servindi, 31 de marzo, 2013.- Publicamos un artículo del joven abogado peruano Roger Merino quién responde con solvencia y mesura al furibundo artículo Los neocomunistas, publicado por Alfredo Bullard el sábado en el diario El Comercio (30.03.2013). Bullard reacciona con un temperamento febril al artículo: De izquierdas, derechas y ecologismo libertariode Marco Arana y que fue publicado la semana pasada también en El Comercio y en Servindi.

Roger Merino empieza desbaratando la idea de Bullard quién afirma que el neoliberalismo no existe y es un término inventado por politiqueros fracasados para “calificar las ideas que defienden la auténtica libertad”.

Merino precisa que el neoliberalismo surge a fines de los 70s como ataque al estado de bienestar y “su filosofía no sólo se basa en el individualismo metodológico, sino en la pretensión de desmantelar todo tipo de sistema de protección social”. (mais…)

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Villa-Lobos: “Canidé Ioune” e “Teru”, poemas indígenas

CANIDÉ IOUNE, primeiro dos Três Poemas Indígenas de Villa-Lobos. Calcado em tema indígena recolhido por JEAN DE LERY, em 1553.Interpretação do Quarteto do Coral Orfeão Villa-Lobos, cuja gravação deu-se entre os dias 08 e 09 de agosto de 1940, a bordo do navio SS Uruguay. Foram gravadas 40 músicas das mais representativas do Brasil, porém, infelizmente, a maioria se perdeu e existe o registro somente de dezessete, contidas no álbum gravado em 1942, nos Estados Unidos. Álbum: NATIVE BRAZILIAN MUSIC – Leopold Stokowski. Ano de 1942. (mais…)

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PR – Povo Kaingang: Indenização ajuda a resgatar tradições

Durante as festividades, os índios entraram no rio para procurar peixes no pari, armadilha feita de taquara, instalada perto do represamento do rio

Silvana Leão, da Folha de Londrina

Eles usam telefones celulares e computadores, participam das redes sociais, dirigem motos e ouvem músicas com arranjos eletrônicos. Como a grande maioria dos jovens, têm uma próxima relação com a tecnologia. Ao mesmo tempo, porém, têm a missão de manter vivas as tradições de seus antepassados e preservar as conquistas do seu povo. São os contrastes vividos pelas novas gerações indígenas de comunidades próximas a centros urbanos.

Entre estas comunidades está a da Reserva Apucaraninha, a cerca de 50 quilômetros do centro de Londrina, próximo à divisa com o município de Tamarana (Norte). No início desta semana foi realizada no local a terceira edição do Evento Cultural da Pesca do Pari, uma celebração às práticas seculares do povo Kaingang. Vários jovens da aldeia foram incentivados a participar.

Em dois dias de festa, eles dançaram, cantaram, se alimentaram de comidas típicas e entraram várias vezes no rio para procurar peixes no pari, uma espécie de armadilha feita de taquara, instalada próxima ao represamento do rio, para apanhar peixes. ”Esta é uma tradição que está se perdendo. Antigamente, cada família tinha seu próprio pari, que virava ponto de referência ao longo do rio. Nossos antepassados pescavam quando os peixes desciam o rio, depois da desova”, explica Ivan Bribis, coordenador de projetos da Terra Indígena (TI) Apucaraninha.  (mais…)

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I Seminário de Intercâmbio de Experiências de Educação Escolar Indígena do Amazonas

O seminário foi realizado em março 2013 na aldeia Nova Esperança, Rio Marau, território Nusoken-Sateré-Mawé. Contou com a participação de professores Ticuna, Marubo, Matís, Tukano, Tuyuka, Yanomami e Sateré-mawé. Teve como objetivo identificar os atuais problemas e apresentando sugestões para a melhoria da educação escolar diferenciada no estado do Amazonas. Compartilhada por Ricardo Verdum.

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