A hora da verdade: terça, 16, às 18:30, Joaquim Barbosa receberá no STF 18 senadores ruralistas para discutir, em síntese, a AGU 303

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

A fonte é o MidiamaxNews, jornal eletrônico de Mato Grosso do Sul. Essa informação é fundamental para entendermos a partir de qual mirante a notícia é olhada, escrita e postada. E o que ela nos diz é que esta tarde o Presidente do STF, Joaquim Barbosa, marcou um encontro muito especial para o início da noite de terça-feira, dia 16 de abril.

Com quem? Nada menos de 18 senadores ruralistas, de  Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O lobby do agronegócio e o pesadelo dos povos indígenas. Qual o tema? “Os embargos declaratórios que suspenderam o acordão publicado em 2010 depois da criação da Reserva Raposa Serra do Sol”. Traduzindo para português claro: a vergonhosa AGU 303.

Os ruralistas afirmam que o “resultado da reunião será histórico” e que vão encontrar “a luz no final do túnel”! Para o Ministro Joaquim Barbosa, será a hora da verdade! De sua atitude perante o lobby estarão dependendo, sem nenhum exagero, a maioria absoluta dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais do Brasil.

Quanto a nós, sociedade civil, movimentos sociais, entidades de apoio e povos tradicionais que apostamos na dignidade de Joaquim Barbosa, só nos resta torcer. E ver como o Presidente do Supremo se sai… (mais…)

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Apoio aos indígenas de Guaíra e Terra Roxa – PR

A Associação dos Geógrafos Brasileiros, Seção Local de Marechal Cândido Rondon, PR, publicou um manifesto de apoio aos indígenas de Guaíra e Terra Roxa, no Paraná. Eis o manifesto

IHU On-Line – A Associação dos Geógrafos Brasileiros, Seção Local de Marechal Cândido Rondon, vêm se manifestar em relação à luta dos indígenas nos municípios de Guaíra e Terra Roxa, no Estado do Paraná. Em visita realizada por uma comissão da AGB – Seção de M.C. Rondon, no dia 15 de março de 2013, foi verificada uma situação que demanda de medidas urgentes para a solução das dificuldades enfrentadas pelas 140 famílias indígenas da etnia Avá-Guaranique estão organizadas em 13 ocupações de áreas urbanas e rurais nos referidos municípios.

As famílias indígenas não têm a garantia de condições e direitos básicos mínimos como acesso à água potável, energia elétrica, escola, saúde etc. Existem situações, como no caso de duas ocupações urbanas em Guaíra, que as famílias se encontram em situação extremamente insalubres, pois estão instaladas próximas ao “lixão” e aterro sanitário. Em outras situações, escolas das comunidades são mantidas pelos próprios indígenas, pois o poder público estadual, principalmente, não aprova a instalação de “escola itinerante” para os indígenas porque considera que suas ações e ocupações são ilegais. (mais…)

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A Amazônia resiste, por Egon Heck

CIMI – Triste e infeliz a pátria que não sabe acolher seus filhos, acariciar sua rica natureza e biodiversidade, se deleitar em suas águas abundantes, ainda limpas em grade parte, conviver harmonicamente com os animais, se deliciar com suas frutas saborosas, com seu ar puro.

A Amazônia dos amazônidas continua seriamente ameaçada, violentamente agredida, absurdamente negada aos seus povos. A lógica da motosserra, das grandes madeireiras internacionais, das companhias mineradoras, das mega-hidrelétricas, que destoem e avançam sem dó nem piedade. A civilização do boi e da soja se alastra como ervas daninhas, tombando florestas, devorando corações e mentes. A mentira do progresso impera e ilude.

Comitê da Verdade e resistência do Amazonas

Fiquei muito feliz ao voltar a Manaus e Presidente Figueiredo e sentir o enfrentamento com os grandes interesses saqueadores das riquezas da região, na “articulação de convivência com a Amazônia”, na Coordenação dos Povos Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB, no Comitê da Verdade do Amazonas. (mais…)

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Abril Indígena fortalece a resistência à retirada de direitos históricos

CIMI

Brasília, 12 de abril – Com o objetivo de fortalecer a mobilização nacional em defesa dos territórios e direitos indígenas, mais de 600 representantes de vários povos indígenas de todas as regiões do Brasil participarão do Abril Indígena, que acontecerá entre os dias 15 e 19 deste mês, em Brasília. Este é um dos mais importantes eventos anuais dos movimentos indígenas e neste ano tem como um de seus principais propósitos explicitar para toda a sociedade brasileira que direitos indígenas fundamentais e historicamente conquistados estão sob grave ameaça, devido a várias proposições legislativas que tramitam atualmente no Congresso Nacional e propostas do poder Executivo.

A criação da Comissão Especial sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/00, de 2000, publicada nesta quinta-feira, 11, na Câmara dos Deputados, é certamente um dos mais evidentes exemplos dessas propostas de retrocesso às garantias e direitos constitucionais indígenas. Esta PEC inclui dentre as competências exclusivas do Congresso Nacional a aprovação de demarcação das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, a titulação de terras quilombolas, a criação de unidades de conservação ambiental e a ratificação das demarcações de terras indígenas já homologadas. (mais…)

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Política: Indígenas da Amazônia sob a ameaça do genocídio

Jornalista Elaíze Farias (de pé) disse existirem mais de 600 pedidos para pesquisa minerária nas terras dos ianomamis (Fotos: Euzivaldo Queiroz )

Militarização da questão indígena e possível liberação das terras indígenas à exploração mineral são debatidas na Ufam

Marina Lima – Acritica

O projeto de lei federal nº1610/96, batizado de “PL da Mineração”, foi classificado, nesta quarta-feira (10), como ameaça real aos povos indígenas da Amazônia e “a mais nova versão do genocídio indígena” caso seja aprovado pelo Congresso Nacional. A advertência é de um grupo que reúne indigenistas, cientistas sociais e jornalistas participantes da mesa redonda “O golpe de 65 e as ações dos militares na Amazônia”, realizado no auditório rio Solimões, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL),da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), como atividade do Comitê do Direito à Verdade e à Memória no Amazonas, em parceria com o Departamento de História da Ufam. (mais…)

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Organizaciones indígenas de América Latina y el Caribe se reúnen con miras a Cumbre Mundial

Servindi – Desde el jueves la ciudad de Iximulew, en Guatemala, se ha convertido en la sede de la Reunión Preparatoria de América Latina y el Caribe para la Cumbre Mundial de los Pueblos Indígenas que se celebrará en setiembre de 2014.

Hasta esta parte del continente han llegado representantes de organizaciones como la Coordinadora de las Organizaciones Indígenas de la Cuenca Amazónica (COICA) y la Coordinadora Andina de Organizaciones Indígenas (CAOI).

A los que también se suman la Red de Mujeres Indígenas sobre Biodiversidad de América Latina y el Caribe (RMIB-LAC), el Enlace Continental de Mujeres Indígenas región Sudamérica (ECMIA), el Consejo Indígena Mesoamericano (CIMA) y el Consejo Indígena de Centroamérica (CICA).

La reunión servirá para poner en discusión los temas que se tratarán en la Conferencia Mundial del 2014, así como el desarrollo de un plan estratégico y la formulación de posiciones comunes sobre la aplicación de la Declaración de la ONU sobre los Derechos de los Pueblos Indígenas. (mais…)

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“Kaiowá: um povo que caminha” foi lançado hoje no Acre, com 35 mil exemplares. Mas pode ser baixado aqui

O COMIN (Conselho de Missão entre os Índios) lançou hoje, com tiragem de 35 mil exemplares, um livro sobre os Kaiowá, a quem foi dedicado o Abril Indígena do Acre. Organizado por Cledes Markus e dividido em duas parte – uma para adultos e outra para crianças e estudantes -, a obra também pode ser baixada clicando no seu título:  ”KAIOWÁ: Um povo que caminha“.

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Os pingos nos iis: Eco-nomia

As palavras são ferramentas de primeira importância na construção do mundo no qual vivemos. Convém então pôr os pingos nos iis e usar adequadamente essas ferramentas

Stéphan Munduruku Kaiowá

A etimologia do termo “economia” é clara: do grego oikos, a casa, e nomos, administração, ou seja, a administração da casa. A administração é a gestão que defende os interesses do objeto administrado. A economia é então a gestão da casa defendendo seus interesses. Em outras palavras mais triviais, o processo que faz com que a casa funcione.

Mas, e a casa? A casa é o lugar no qual moramos, e por extensão, o lugar no qual vivemos. O sentido associado de “lar” indica não só a comunidade como também o lugar que nos permite preparar nossos alimentos (lareira), que nos sustenta, que nos faz viver.

Este sentido da casa como comunidade/sociedade e lugar de vida empurrou os limites da moradia, ao país, e, hoje, até o planeta.

Nossa economia global é a administração do planeta. A questão é saber se esta administração defende os interesses do planeta, no sentido de eco-sistema. (mais…)

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