“Monsanto no tiene más ciencia, valores o conocimientos que la guerra”: Vandana Shiva

2C4A8878-391x260La activista y científica india, cree que es indispensable resguardar a las semillas nativas a la par que se realizan otras acciones contra los transgénicos

Adazahira Chávez – Desinformémonos

México. Lo repite una y otra vez: en un sistema en el que los gobiernos se corrompen para ayudar a las corporaciones de transgénicos a imponerse, la mejor arma es la no cooperación, la “fuerza de la verdad”. Vandana Shiva, física, filósofa y una de las más conocidas defensoras de las semillas nativas, apuesta por la conservación de las formas tradicionales de siembra pero también por la lucha legal para detener a Monsanto, empresa a la que ubica como la más corrupta y la mayor enemiga de la ciencia.

Semillas nativas, salud y abundancia

Las semillas tradicionales son “la fuente de ganancias más importante para la industria a través del sistema de patentes”, afirma Vandana Shiva, lo que es posible sólo a través de los transgénicos. Lo contrasta con el “inteligente” diseño natural: de la cosecha de alimentos se guardan semillas, que a su vez aseguran que habrá comida en el futuro. Las semillas modificadas genéticamente, por el contrario, deben comprarse cada temporada, lo que lleva a deudas y suicidios de campesinos, relata. (mais…)

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Resistencia yaqui frente a la inoperancia jurídica

yaquis-venado-391x260Son los poderes fácticos, explica Mario Luna, quienes están detrás del proyecto Acueducto Independencia: “ellos tiene la capacidad de incidir en el ánimo y de voltear una resolución que pensábamos que por fin se cumpliría poniendo fin a la construcción de la obra”

Jaime Quintana Guerrero – Desinformémonos

México. “Nos están fabricando delitos a quienes estamos en la lucha. Esto es una estratagia recurrente para dividir y controlar a los pueblos en protesta”, explica Mario Luna Romero,  secretario tradicional de la trubu yaqui en Vícam, Sonora, y vocero oficial del movimiento por la defensa del agua del rio Yaqui.

La situación jurídica de Mario Luna y otros representantes de la tribu, es fabricada. “Se nos nos acusa de un delito del que no participamos pues ni siquiera estábamos en el lugar en el que ocuerrió la privación ilegal de la libertad de una persona”, advierte. Sin embargo, el Segundo Tribunal Colegiado en materias penal y administrativa del Quinto Circuito en Hermosillo, confirmó la orden de aprehensión en su contra por lo delitos de privación ilegal de la libertad agravada y robo cometido por dos o más personas.

Luna explica que “la lucha yaqui en defensa del agua continuará independientemente de que estemos sujetos a juicios. Nosotros somos sólo portavoces, y existen muchos elementos de la tropa que pueden suplir nuestro trabajo, además de que estamos enlazando las luchas. Hay que tener en cuenta que lo que nos está ásando les pasó a otros yaquis anteriormente, pero en condiciones más desiguales”. (mais…)

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Pai enfrenta violência policial em documentário premiado; assista

“Quando Eu Me Chamar Saudade” conta a história de um pai que não se conformou em ver seu filho, morto por policiais, ser tratado como criminoso. A verdade era outra

Por Jarid Arraes – Revista Fórum

Dois rapazes de 20 anos de idade foram assassinados por policiais militares em 1º de julho de 2012, na cidade de São Paulo. Nos registros oficiais, as vítimas foram retratadas como criminosos que resistiram à prisão e trocaram tiros com os policiais. Desconfiado da versão contada, o pai de um dos garotos protagonizou uma luta pela apuração dos verdadeiros fatos.

Esse é o enredo do documentário dirigido pelo jornalista Renan Xavier, que aborda e dá notoriedade a mais um caso de violência policial. O curta “Quando Eu Me Chamar Saudade” foi produzido como Trabalho de Conclusão de Curso de Jornalismo da Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM) e recebeu premiação no Expocom Sudeste, concurso voltado para produções universitárias.

“Quando soubemos da história de Daniel Eustáquio, pai que conseguiu prender os 5 PMs acusados de matar seu filho, Cesar, ficamos muito comovidos. Entramos em contato com ele e propomos a produção de um documentário que narrasse sua história de luta”, explica Xavier. “O documentário tem o objetivo de conscientizar o público sobre os efeitos aterradores da violência policial, mas também pretende servir como fonte de inspiração e esperança para pessoas que enfrentaram dramas iguais”.

A obra foi disponibilizada pela equipe responsável e pode ser assistida acima.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.

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Flip recebe líder yanomami Davi Kopenawa e a fotógrafa Claudia Andujar e abre espaço para debates sobre os indígenas

Claudia Andujar que estará na mesa da Flip com o yanomami Davi Kopenawa
Claudia Andujar que estará na mesa da Flip com o yanomami Davi Kopenawa

UOL – “Gostaria de deixar uma mensagem pro povo da cidade. Gostaria de falar um pouco sobre mim. Sou um yanomami que gosta de lutar, defender o meio ambiente. Os garimpeiros de Boa Vista ficaram com raiva de mim, estão me perseguindo e querem acabar com a luta do meu povo, com a nossa cultura tradicional. O homem da cidade gosta de matar índio, então queria dar essa mensagem para, quem ler, pensar sobre mim, falar com nosso governo para que ele não deixe acontecer de acabarem com as lideranças que lutam. Eles querem me matar porque não gostam que eu lute. Querem que deixe destruir a natureza, sujar o rio, crescer as doenças nas comunidades indígenas. Eles não gostam de índio que luta. Em 11 de junho passado, entraram na sede duas pessoas me procurando para me pegar, levar pra fora e me amarrar ou matar, mas consegui fugir e voltei para minha comunidade. Aqui eu não tenho segurança, eu mesmo me cuido, não saio na rua à noite. Sei que corro riscos”.

Davi Kopenawa é uma das maiores lideranças indígenas do mundo – em sua tribo, dentro da Terra Indígena Yanomami,  uma área 96 mil quilômetros quadrados na Amazônia, já recebeu personalidades como o rei norueguês Harald 5º e o ex-jogador de futebol David Beckham. Está à frente da Hutukara Associação Yanomami, fundada justamente para defender os direitos de seu povo. Foi na sede da entidade, na capital de Roraima, que sofreu as ameaças que descreve. Provavelmente ele falará sobre isso na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), que começa nesta quarta (30). Na sexta (1º), ele dividirá a mesa “Marcados” com a fotógrafa Claudia [Andujar]. 

Mas não é só isso. Davi também aproveitará a oportunidade para dizer aos jovens da cidade sobre as visões de mundo do seu povo, sobre seus sonhos (a preservação das belezas naturais, rios com abundância de peixes, florestas com muitos animais…), sobre a maneira de se relacionar com as forças da natureza, sobre sua mitologia. “Vou aproveitar para falar com eles sobre nossa terra, nossos costumes, sobre os povos indígenas do Brasil. Vou pedir para que conheçam mais de nós, índios brasileiros, que respeitem nossa língua, nossos costumes, o lugar onde moramos, lá não pode poluir, destruir, derrubar as árvores, fazer estrada”. Ele também conta estar curioso para “conhecer mais a cultura não indígena, de participar da Festa”. (mais…)

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Conheça a tribo Fulni-ô, única do Nordeste que conseguiu preservar a própria língua

A VIII Aldeia Multiétnica recebe mais de 20 representantes dos Fulni-ô, juntamente com suas músicas e tradições (Anne Vilela/Divulgação)
A VIII Aldeia Multiétnica recebe mais de 20 representantes dos Fulni-ô, juntamente com suas músicas e tradições (Anne Vilela/Divulgação)

Carolina Piai – Conteúdo Colaborativo/EBC

Towe significa fogo em Ia-tê, língua materna dos Fulni-ô. O povo indígena, de origem pernambucana, é o único do Nordeste que conseguiu preservar a própria língua. O português também é ensinado na aldeia, assim como o karate. Towe, além de ser professor da arte marcial, fala português muito bem. Tem fala pausada, que hora ou outra oscila e ganha certa velocidade. A firmeza na voz, por outro lado, é constante. Quando canta aquece e aconchega, assim como o fogo. Desperta o coração de qualquer um: canta forte.

Liderança Fulni-ô, Towe participou, junto com outras 26 pessoas de seu povo, da VIII Aldeia Multiétnica. Suas músicas têm beleza incontestável: as diversas vozes que as compõem se completam. Não são semelhantes e não cantarolam as mesmas palavras ao mesmo tempo – variam em uma composição quase perfeita. As mulheres, em um tom sutil; os homens, em tom mais firme. Todos com pinturas que remetem a animais espalhadas pelo corpo. “É a identificação de nossa floresta, dos nossos animais, da nossa convivência com eles. Tem sabedoria forte. Não fala, mas tem sabedoria”, conta Towe.

“Quando a gente canta e dança se sente mais forte, revive mais, fala com os antepassados, com o grande espírito, com a floresta, com a água, com os anciões que já morreram”. Assim relata o homem que toma conta do pátio quando os Fulni-ô entram em cena – tudo acontece ao seu redor. Quando perguntado sobre como se sente nos momentos em que canta fica um tanto quanto desconcertado, mas ao responder é certeiro e carrega em sua voz uma honra transparente. “Mais forte, mais energia. Eu me sinto até mais novo espiritualmente”, afirma, com um sorriso torto e tímido estampado no rosto. (mais…)

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Ministro da Justiça cria Câmara Técnica para rever valores das áreas ocupadas na Terra Indígena Buriti

Terra Indígena Buriti. Foto: CPT MS
Terra Indígena Buriti. Foto: CPT MS

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Em reunião com os ocupantes de áreas na Terra Indígena Buriti, realizada semana passada, em Brasília, o Ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, determinou a criação pelo Incra de uma Câmara Técnica para rediscutir as avaliações  das terras nuas feitas pelo Governo, que chegam a um total de R$ 80 milhões.

A Câmara Técnica (CT) será instalada no dia 10 de agosto, composta por nove peritos engenheiros agrônomos federais, que trabalharão ligados à Superintendência do Incra em Mato Grosso do Sul. Os ocupantes de áreas na Terra Indígena terão prazo de dez dias a contar de hoje, 28 de julho, para enviar suas reivindicações, considerando as avaliações particulares por eles contratadas. A partir do recebimento desse material, a CT terá um prazo de 30 dias para concluir seus trabalhos. (mais…)

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