Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil
O vice-presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jeffrey Webb, lamentou ontem (3) que uma das medidas de combate à discriminação planejada para a Copa do Mundo não tenha sido executada. Durante entrevista à imprensa, Webb, que também é diretor da Força-Tarefa Antidiscriminação da organização, disse que os agentes que teriam a responsabilidade de identificar as práticas no campo e nas arquibancadas para auxiliar nas sanções ficaram de fora da Copa.
“Havia um plano, aprovado em março, que previa treinar esses oficias. Isso poderia ter sido feito de várias formas, como por organizações internacionais, além de especialistas da União das Federações Europeias de Futebol (Uefa)”, citou. “Claramente era uma prioridade, justamente devido aos exemplos que observamos [no Brasil]”, emendou, esclarecendo que os agentes teriam como única tarefa reportar os fatos e oferecer elementos para a aplicação de sanções.
A revelação do vice-presidente foi feita durante entrevista à imprensa sobre as ações da organização contra a discriminação no futebol. A Fifa vem sofrendo críticas por não ter punido casos suspeitos de xenofobia, como a entrada de torcedores com um símbolo nazista no jogo entre a Coreia do Sul e a Rússia e pela invasão do campo por um alemão com mensagem também de conotação nazista pintada no peito. Um episódio envolvendo a equipe técnica do Brasil e do Chile, no último sábado (28) também é investigado. (mais…)