Juventude de movimentos rurais se unem para lutar por direitos

Da Página do MST

A juventude rural de diversos movimentos sociais vai realizar diversas lutas pela permanência do jovem no campo e denunciando o agronegócio neste segundo semestre de 2014.

As ações surgiram após a apresentação nesta quinta-feira (03/07) do Programa de Fortalecimento da Autonomia Econômica e Social da Juventude Rural (Pajur) pelo governo federal.

Os movimentos avaliaram, em reunião com o ministro Gilberto Carvalho, a secretária nacional de Juventude Severine Macedo e representantes dos ministérios do trabalho, desenvolvimento agrário e comunicação, que o Programa, apesar de ter projetos importantes, como cursos de residência agrária, inclusão digital para a juventude e cursos com parcerias com universidades federais, é um conjunto de medidas emergenciais e pequenas ao se considerar a demanda de oito milhões de jovens que lutam para permanecer no campo.

“O Pajur é o reflexo da paralisação da Reforma Agrária. Ele não está vinculado a um projeto de democratização da terra, e não altera o cenário que temos hoje, onde os ministérios do governo não abrem o diálogo para as demandas da juventude”, afirma Raul Amorim, do setor de juventude do MST.

Luta Unitária

Frente a isso, a juventude de movimentos como MST, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Pastoral da Juventude Rural (PJR), Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) decidiu, do dia 11 ao 13 de agosto, fazer uma luta unitária das juventudes camponesas nos estados onde esses movimentos se organizam.

Entre as pautas estão o fortalecimento das políticas do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para a juventude, a luta por mais acesso à educação e a denúncia do fechamento das escolas do campo.

Além disso, os movimentos vão construir um acampamento internacional da juventude camponesa em união com a Via Campesina, para “mostrar a força da juventude camponesa e denunciar o agronegócio em dimensões internacionais”, afirma Raul. O acampamento ocorrerá em novembro, na cidade de Foz do Iguaçu.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.

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