Ideli concorda com protestos e critica transporte público no Brasil

Ministra disse que "é um sofrimento ficar três ou quatro horas para ir e voltar do trabalho"
Ministra disse que “é um sofrimento ficar três ou quatro horas para ir e voltar do trabalho”

Para a ministra, a população “tem motivo” para protestar contra o transporte coletivo, que “é caro, é ineficiente, não é adequado às necessidades da população”

Agência Estado

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que a população “tem motivo” para protestar contra o transporte coletivo, que “é caro, é ineficiente, não é adequado às necessidades da população”. A ministra reconheceu, em conversa com a imprensa nesta sexta-feira que “é um sofrimento ficar três ou quatro horas para ir e voltar do trabalho e cumprir suas tarefas”, mas fez questão de condenar qualquer tipo de violência, seja de Policiais Militares contra a população, seja de manifestantes destruindo o patrimônio público em São Paulo.

Segundo Ideli, a desoneração de impostos federais sozinha, feita pelo governo federal, “não tem impacto suficiente”. “Para você ter um impacto efetivo teria de ter medidas complementares de desoneração de impostos municipais e estaduais”, disse a ministra, acrescentando que, “apesar de o transporte urbano ser uma responsabilidade do município, o governo federal vem entrando pesado em termos de recursos para facilitar”. A ministra declarou que “é fundamental encontrarmos soluções mais amplas do que essas que estão sendo dadas: ampliar obras, desonerar, temos de avançar”. (mais…)

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“Quem não reagiu está vivo”

"PM não foi feito para responder nem perguntar; PM foi feito para a guerra"
“PM não foi feito para responder nem perguntar; PM foi feito para a guerra”

A ignorância de quem não consegue associar os protestos em SP a séculos de agressões à vida pública é tão violenta quanto as balas e as bombas de gás lacrimogêneo

por Matheus Pichonelli – Carta Capital

Daqui a alguns anos, quando a história dos confrontos entre a população e a Polícia Militar de São Paulo for contada, poucos vão dizer que “tudo começou” com uma reação (proporcional ou não) ao reajuste das tarifas de ônibus na maior cidade do País. Da mesma forma como a Primavera Árabe não é lembrada hoje como um movimento de comerciantes em solidariedade a Tarek bin Tayeb Bouazizi, o vendedor de verduras que, cansado de ser subornado e agredido por fiscais de impostos do governo, se imolou em dezembro de 2010 e deu início à revolta que derrubou o ditador da Tunísia e se espalhou pelo Egito, Líbia e Síria, os protestos em São Paulo não podem, não devem nem serão reduzidos a um conflito provocado por “baderneiros que aviltaram o Estado democrático de Direito e causaram transtorno ao trânsito da metrópole”. Isso apesar dos esforços de editorialistas, apresentadores de tevê e usuários de redes sociais (não necessariamente de transporte público) para resumir o conflito como um episódio raso passível, como quase tudo, de ser narrado em 140 caracteres. (mais…)

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Em torno do direito de ir e vir: existe diálogo em SP?

protesto-mpl-sp-1Raquel Rolnik*

Depois de duas semanas em missão como relatora da ONU na Indonésia, volto ao Brasil e encontro minha cidade em pé de guerra como há muito tempo não via por aqui. A resposta truculenta da polícia de São Paulo à manifestação contra o aumento das passagens no transporte público chegou ontem ao seu auge. O que vi foi violência contra um movimento que há anos vem lutando, não apenas em São Paulo, mas em várias capitais brasileiras, não apenas contra os aumentos do valor das passagens, mas pelo direito à mobilidade como elemento essencial do direito à cidade.

Aliás, ao contrário do que muitos vêm dizendo na imprensa, o Movimento Passe Livre, assim como os demais que se articulam em torno da apropriação do espaço público e do direito à cidade, são muito mais amplos que a militância de partidos de esquerda e sindicatos, e não são estruturados pela lógica, métodos e práticas da política tradicional brasileira. Ao se negar a entender essa manifestação e classificá-la de “movimento político” (triste o país onde ser “político” é uma desqualificação…) as autoridades públicas se recusam ao diálogo com essa parcela da sociedade que, ano a ano, mostra que tem algo a dizer sobre a condução da política urbana no país. (mais…)

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Pelo Facebook, líderes orientam jovens a levar vinagre e caderno de capa dura para protesto em BH

Em SP, manifestantes que estavam com vinagre tiveram o material apreendido; um jornalista foi preso
Em SP, manifestantes que estavam com vinagre tiveram o material apreendido; um jornalista foi preso

Ana Clara Otoni – Hoje em Dia

Para se prevenir de ataques violentos durante as mobilizações contra o aumento das tarifas de ônibus, o criador de um evento que será realizado em Belo Horizonte  no dia 26 de junho está dando dicas de segurança para quem confirmou presença no protesto.

A manifestação, a exemplo das do Rio de Janeiro e São Paulo, tem o slogan “Mãos ao alto, tarifa de ônibus é um assalto” pretende ocupar a avenida Afonso Pena, a partir das 18 horas.

Os criadores do evento identificados como Luiz Henrique Strokes e Humanae Libertus , informam que o intuito do evento é reunir pessoas que desaprovam o valor da tarifa atual de ônibus e “não visa qualquer tipo de depredação de patrimônio público ou privado, além de não compactuar com qualquer forma de agressão”. O protesto já tinha mais de 5.400 confirmações de presença nesta sexta-feira (14). (mais…)

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Advogado toma iniciativa para defender manifestantes presos em BH

Em São Paulo, centenas de manifestantes foram presos durante os protestos
Em São Paulo, centenas de manifestantes foram presos durante os protestos

Thaís Mota – Hoje em Dia

Uma onda de protestos contra o aumento das tarifas de ônibus em todo o país motivou um advogado mineiro a criar um cadastro de defensores dispostos a defender os manifestantes que, por ventura, venham a ser presos durante a primeira assembleia do movimento no Estado, marcada para este sábado (15), na Praça da Savassi, em Belo Horizonte. (mais…)

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Impasse barra enterro de indígena assassinado por jagunço em Mato Grosso do Sul

paranhos matogrossodosulNotas: (1) como estou escrevendo desde ontem, o “indígena” tinha e tem, mesmo morto, um nome. Chamava-se Celso Rodrigues, Guarani Kaiowá da aldeia Paraguassú, Terra Indígena Takwarity/Ivykwarusu, município de Paranhos, MS; (2) embora eu despreze esse tipo de “carteirada”, há casos em que se faz justificável: Tonico Benites é, além de Guarani-Kaiowá, antropólogo e doutorando no Museu Nacional/UFRJ; e (3) com certeza ele não só acentuaria corretamente a palavra “intérprete” como saberia escrever “indigenista” etc. (Tania Pacheco) 

Família quer que vítima seja enterrada na fazenda onde o crime ocorreu. Dono da propriedade pede que sepultamento seja perto do limite com aldeia.

G1 MS

O indígena de 34 anos morto em uma emboscada em Paranhos, a 477 quilômetros de Campo Grande, ainda não foi enterrado e  está sendo velado na casa da família. O motivo, segundo o  tradutor e interprete [sic] da Assembleia Geral dos Guarany-Kaiwá, Tonico Benites, é que a família pede que o enterro seja na fazenda onde o crime aconteceu e espera decisão sobre o assunto.

Benites disse ao G1 que o dono da propriedade participou de uma reunião com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), Ministério Público Federal (MPF), Conselho Indiginista [sic] Missionário (Cimi) sobre o assunto nesta sexta-feira (14). (mais…)

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Manifestantes criticam em São Paulo remoções de famílias por causa de obras para Copa

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Bruno Bocchini* – Agência Brasil

São Paulo – O movimento Copa pra Quem? reuniu cerca de mil pessoas em frente ao escritório regional da Presidência da República, na Avenida Paulista, segundo o cálculo de organizadores. De acordo com a Polícia Militar, no entanto, havia aproximadamente 350 manifestantes. Os participantes do ato, que partiram do vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), repudiam a remoção compulsória de centenas de pessoas de suas casas em razão das obras preparatórias para a Copa do Mundo e a Copa das Confederações. (mais…)

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Policiais militares dispersam com bombas de gás e balas de borracha manifestação de estudantes em Niterói

Raquel Junia*- Rádio Nacional do Rio

Niterói (RJ) – Policiais do Batalhão de Choque dispersaram com bombas de gás e balas de borracha os estudantes que faziam um protesto contra o aumento no valor das passagens urbanas em Niterói. Os manifestantes, que chegaram a ocupar as escadarias da Câmara Municipal, foram dispersados pelos policiais quando estavam no terminal rodoviário, ao lado da Estação das Barcas, por volta das 21h.

Com a ação dos policiais do Batalhão de Choque, que lançavam bombas de efeito moral e disparavam balas de borracha, os estudantes correram na direção da Avenida Feliciano Sodré. Depois, os manifestantes seguiram para a Avenida Rio Branco, no centro de Niterói.

A manifestação começou por volta das 17h de hoje (14). Os estudantes inicialmente se concentraram na Praça Araribóia, em frente à Estação das Barcas, e depois seguiram rumo à Câmara Municipal, próximo à prefeitura.

O preço dos ônibus municipais subiu recentemente de R$ 2,75 para R$ 2,95. O protesto prejudicou o trânsito na cidade, reflexos na Ponte Rio-Niterói.

*Colaborou Vladimir Platonow (Edição: Aécio Amado)

Enviada por José Carlos para Combate Racismo Ambiental.

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Manifestantes que participaram do protesto contra a Copa são detidos

Cinco suspeitos de terem participado da manifestação desta manhã estão na 5ª Delegacia de Polícia; o motorista do caminhão teria recebido R$ 250 para fazer o transporte dos pneus

Luisa Ikemoto* – Correio Braziliense

Cinco suspeitos de terem participado da manifestação na manhã desta sexta-feira (14/6) foram detidos ainda nesta tarde. Eles foram levados para a 5ª Delegacia de Polícia (área central de Brasília) e, segundo informações dos policiais, o motorista do caminhão usado para transportar os pneus teria recebido R$ 250 para fazer o transporte do material até as imediações do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

O motorista disse durante o depoimento que foi pago para levar os pneus de uma loja do P Sul até o centro de Brasília. Ele entregou nomes de pessoas envolvidas no pagamento, que formariam uma cadeia de distribuição desse dinheiro. Após prestar esclarecimentos, ele foi liberado pois acreditava estar levando os pneus para descarte. (mais…)

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