“Áfricas”: Bando de Teatro Olodum, no Vila Velha, Bahia

Áfricas, primeiro espetáculo infanto-juvenil do grupo, traz à cena o continente africano, através de seus contos, seu povo, seus mitos e religiosidade. Assim, os atores, como griôs, contam histórias em narrativas permeadas de dança e música e resgatam, investindo na forma lúdica e poética, o orgulho da afrodescendência no imaginário infanto-juvenil. Do Senegal, trazem Abdu, caçador de crocodilos; do Mali, duas irmãs e um feiticeiro; e da mitologia afro-brasileira, a criação do mundo e histórias de Oxumarê e Omolu. (mais…)

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MG – Unaí registra 1260 casos de câncer em 2011. Agrotóxico na produção de feijão estaria aumentando casos de câncer

Parlamentar diz que Judiciário local protege empresas que usam defensivos e criminaliza movimentos sociais.

O Movimento – O número de casos de câncer em adultos e crianças, motivado pelo consumo e contato com agrotóxicos, está crescendo em Unaí, cidade a 100 quilômetros de Paracatu. Em 2011, segundo dados divulgados pelo deputado federal Padre João (PT/MG), na internet, o número de casos chegou a 1260. A gravidade da situação foi denunciada por movimentos sociais, professores e membros do Poder Judiciário, na audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de MG, dia 12 de dezembro, solicitada pelo deputado Rogério Correia (PT), que tratou, ainda, da criminalização de militantes vinculados a movimentos ambientais e sociais. De acordo com o parlamentar, o assessor de Comunicação da Comissão Pastoral da Terra, Frei Gilvander Luís Moreira, estaria sendo ameaçado de prisão por juiz local, por ter disponibilizado um vídeo na internet, que traz depoimentos sobre os efeitos dos agrotóxicos na região.

Vídeo – O deputado Rogério Correia explicou que, apesar da realidade local ser de amplo conhecimento público, o Poder Judiciário tem protegido as empresas que fazem uso dos defensivos e criminalizado os movimentos sociais. “É um fato inusitado. O feijão produzido em Unaí está envenenado e a punição recai sobre quem denuncia”, indignou-se. Frei Gilvander confirmou as denúncias e apresentou o vídeo com depoimento sobre o uso de tóxicos no feijão. Ele destacou o fato de a cidade estar preparando a construção de um hospital do câncer, apesar de ter menos de 100 mil habitantes. “Nenhuma cidade no Brasil desse porte conta com um estabelecimento de saúde especializado para esse fim. É mais uma prova de que o problema é grave”, reforçou. (mais…)

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“Sobre o suicídio de Viviane Alves Guimarães Wahbe”

Pequeno cronograma: 24/11 – festa de Natal do escritório; 03/12 – suicídio; 30/12 – 1ª notícia na ‘grande imprensa’. TP.

Por Ana Rusche

A respeito do caso que envolve o falecimento de Viviane Alves Guimarães Wahbe, circulam textos raivosos, transtornados de revolta, obnubilados. É revoltante sim.

É revoltante o silêncio oficial de Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados à imprensa – o escritório “lamenta profundamente o ocorrido”, diz que “já está contribuindo para o entendimento do caso” e em respeito à memória de Viviane, “não se manifestará sobre o fato”.

É revoltante o silêncio que ronda a notícia tão avassaladora. O falecimento ocorreu no dia 3 de dezembro e, só para exemplificar, tanto a Folha de S. Paulo, quanto o Estadão apenas noticiaram o fato mais de 25 dias depois (embora o zunzunzum no meio jurídico não seja tão moroso).

A estratégia da retórica do silêncio aqui pouco convence: a falta de manifestação clara e transparente em defesa da vítima e da apuração do ocorrido é exatamente o que macula sua memória. Faz com que não se reconheça suas horas trabalhadas. Faz com que tudo pareça um ato de loucura isolado. Quando se deveria ler desespero, excesso de pressão, desamparo. (mais…)

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