MG – Seminário: “A cosmociência dos Guarani, Mbya e Kaiowa e o reconhecimento acadêmico de seus intelectuais”

Os estudos sobre os saberes dos povos indígenas constituem-se, hoje, em campo de crescente interesse na academia, por vários motivos. Em primeiro lugar, uma série de elementos de suas práticas e visões de mundo podem ser importantes aliados neste momento em que a humanidade se volta para uma reflexão sobre o modelo de desenvolvimento econômico, buscando a chamada sustentabilidade.

Igualmente importante é o fato de que a Constituição de 1988 impôs ao país o desafio de construir um novo modelo de cidadania, inclusiva em relação às diferenças. A diversidade cultural, neste novo paradigma nacional, há de ser valorizada, e a lei 11.645 de 2008 já apontou a necessidade de que o ensino sobre as culturas e histórias indígenas seja efetivamente integrado aos nossos currículos escolares. Só o maior conhecimento sobre as culturas indígenas trará maior respeito a esses povos que são importante elemento na formação de nossa nacionalidade.

Um elemento que se impõe nesses novos estudos sobre os saberes indígenas é a transdisciplinaridade. Tradicionalmente objetos de atenção da Antropologia, esses conhecimentos, em suas mais diversas formas e manifestações, hoje despertam interesse de áreas tão diversas como a Linguística, a Geografia, a História, a Biologia, a Música, a Literatura e várias outras. Em particular, há todo um feixe de conhecimentos ligados ao chamado xamanismo, que envolve campos tão diversos como a agricultura, os hábitos dos animais, a medicina, a botânica etc. Dentre os povos indígenas do país, os de línguas da família tupi-guarani se destacam em função não só do número de falantes, mas também por sua ampla distribuição no território. Particularmente, somados, os grupos falantes de guarani do litoral do Sudeste e do Sul (dialetos mbya e nhandeva) e os do Mato Grosso do Sul (dialetos kaiowa e nhandeva) chegam a mais de 50 mil pessoas, constituindo o que pode ser considerado o maior grupo indígena do país. (mais…)

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Projeto Livros Grátis – 2012

Por Eduardo Cruz

Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desativar o projeto por DESUSO, já que o número de acesso é muito pequeno.

Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura.

Para não deixar morrer esta ideia.  É só clicar no título para  ler ou imprimir.

1. A Divina Comédia -Dante Alighieri

2. A Comédia dos Erros-William Shakespeare

3. Poemas de Fernando Pessoa -Fernando Pessoa

4. Dom Casmurro -Machado de Assis

5. Cancioneiro -Fernando Pessoa

6. Romeu e Julieta -William Shakespeare

7. A Cartomante -Machado de Assis (mais…)

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Código da Mineração: “Os resultados podem ser desastrosos”. Entrevista especial com Sérgio Sauer

“O Brasil precisa não só alterar a sua legislação, mas estabelecer mecanismos claros de controle, inclusive porque muitas das pressões para alteração da legislação são para flexibilizar a extração e não para melhorar o controle”, assinala o relator do Direito Humano a Terra, Território e Alimentação, da Plataforma Dhesca (Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais).

A demanda crescente por riquezas naturais faz com que o Brasil seja um “cenário especial para essa cobiça internacional”, diz Sérgio Sauer à IHU On-Line. Segundo ele, esse é um dos motivos que favorece a discussão sobre a reformulação do Código da Mineração, já que a extração ilegal de minérios no país não é novidade, apesar de o tema ter saído da pauta durante muitos anos.

Na avaliação de Sauer, a exploração desenfreada de minérios no país está relacionada ao Código da Mineração vigente, que apresenta fragilidades, como a liberação de concessões de exploração em terras indígenas e em unidades de conservação. “Atualmente, a concessão de lavra é dada àquela empresa que a solicitar primeiro e sem prazo de exploração. Portanto, não há concorrência e muitas concessões se tornam ferramentas de especulação”, menciona. (mais…)

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II Seminário Nacional de Juventude Indígena, de 25 a 30 de novembro, em Brasília

De 25 a 30 de novembro de 2012, será realizado no Centro de Formação Vicente Cañas, Luziânia – GO, o II Seminário Nacional de Juventude Indígena, os organizadores do evento tem a expectativa de receber mais de 100 jovens, adolescentes e lideres indígenas de todas as regiões do país. Com o objetivo de incentivar o protagonismo político, cultural e social dos jovens e adolescentes indígenas, fortalecendo assim a identidade étnica de cada um. (mais…)

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Consciência Negra

Por CENPAH

D. Demetrio Valentini*

O dia 20 de novembro é dedicado à “consciência negra”, iniciativa que visa estimular e fortalecer a consciência da identidade própria racial e cultural dos negros no Brasil.

A iniciativa já seria válida pelo número de pessoas que se sentem envolvidas nesta questão. Não é fácil ter estatísticas precisas, justamente numa realidade que está em plena mutação, em boa parte, exatamente, pelo processo em andamento, de identificação racial e cultural.

Mas dá para afirmar que aproximadamente a metade da população brasileira se assume como possuindo componentes importantes ligados à negritude.

Comparando com dados recolhidos nos censos anteriores, percebe-se claramente que aumentou muito o contingente de brasileiros que se assumem como negros.

Isto demonstra que a iniciativa de promover a “consciência negra” vem dando bons resultados, em termos sobretudo de superação de preconceitos que a população ainda carrega, seja em referência aos negros, seja também de negros que acabam, de alguma maneira, introjetando o preconceito dentro de si próprios. (mais…)

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Tradições sobrevivem na comunidade Santo Antônio dos Pretos, em Codó

Comunidade do século XVIII quando se tornou o refúgio de escravos. Área reúne vários povoados com 196 famílias

Do G1 MA com informações da TV Mirante

Ontem, dia 20 de novembro, foi comemorada a Consciência Negra. Uma das principais comunidades quilombolas da Região dos Cocais, em Codó é a comunidade de Santo Antônio dos Pretos.

Santo Antonio dos Pretos é do século XVIII quando se tornou o refúgio de escravos que fugiam de seus senhores. Territorialmente, hoje é a uma área que reúne vários povoados com 196 famílias, das quais 37 vivem na chamada comunidade-mãe, berço cultural da umbanda codoense cujos santos e orixás são festejados em junho e dezembro.

Tradições que sobrevivem à tímidas mudanças estruturais que chegaram num passado não muito distante. Tem poço artesiano com água potável e energia elétrica. Agora, além da lavoura, eles também criam caprinos e o um pequeno rebanho de bois e vacas.

Muita coisa melhorou, mas os quilombolas da comunidade mais tradicional de Codó ainda enfrentam problemas, alguns deles na área da educação. Existem duas escolas na localidade, mas na de nível médio, técnico-profissionalizante, inaugurada em 2010, não existe sequer um aluno de Santo Antonio dos Pretos. (mais…)

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Transgénicos en México: Un Crimen contra el Maíz Campesino e Indígena

Comunicado de Prensa de la Vía Campesina

Un Crimen contra la Humanidad

México D.F., 20 de Noviembre, 2012. En los próximos días, las transnacionales Monsanto, DuPont y Dow esperan una respuesta positiva del gobierno mexicano para sembrar 2.4 millones de hectáreas de maíz transgénico en México, una superficie equivalente al área de El Salvador. La situación es extremadamente alarmante, ya que México es el centro de la diversidad del maíz en el mundo, donde existen miles de variedades en los campos de las comunidades campesinas e indígenas. El maíz es hoy en día uno de los tres principales alimentos a escala global, por lo que la contaminación de de los maíces en México por transgénicos peligrosos representa una amenaza para todo el planeta.

En las comunidades campesinas de México existen miles de variedades locales de maíz, cada una el resultado de distintos climas, suelos, ecosistemas y culturas. Desde México, el maíz recorrió el mundo, llegando a ser uno de los alimentos más importantes para muchos otros pueblos, sobre todo en el sur de África, en Asia y en toda América Latina. Sin embargo, en las últimas décadas el maíz también ha sido objeto de mucho interés por parte de la industria y las transnacionales. Estas han creado variedades de maíz híbrido, dependientes de agrotóxicos y otros insumos que los campesinos tienen que comprar. También ha creado transgénicos de maíz que hoy en día (2011) cubren una superficie de 51 millones de hectáreas a nivel global.  (mais…)

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Promoção da igualdade racial e o combate ao racismo não são prioridades no Orçamento do Governo Federal, diz estudo

Emanuelle Goes

Dados revelados em Nota

Técnica nº179, desenvolvida pelo Instituto de Estudos Socioecônomicos (Inesc), demonstra que não há muito que comemorar neste 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. O estudo aponta uma baixa prioridade na execução do Orçamento da Igualdade Racial[1] nos primeiros 10 meses de 2012. Dos R$ 1,9 bilhões previstos, apenas R$ 182 milhões foram executados pelo governo até 31 de outubro, ou seja, apenas 9,44% do total autorizado foi executado até essa data.

Segundo o estudo, essa falta de execução do orçamento faz com que a diminuição da desigualdade racial no Brasil caminhe a passos lentos. “Não só as políticas públicas universais (educação, saúde, previdência, assistência etc) não conseguem universalizar os direitos na prática, como as políticas específicas de promoção da igualdade racial e combate ao racismo são insuficientes e residuais”, diz a análise.

O estudo aponta que ações relevantes autorizadas no orçamento de 2012, de responsabilidade de diversos ministérios, tiveram execução zero como: a assistência técnica e extensão rural às comunidades quilombolas (Ministério de Desenvolvimento Agrário); o enfrentamento da violência contra as mulheres, que possui recorte racial (Secretaria de Promoção de Políticas para as Mulheres); e a integração da comunidade no espaço escolar, promoção da saúde na escola e combate à violência, à discriminação e à vulnerabilidade social (Ministério da Educação). (mais…)

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Quilombolas terão ações de inclusão produtiva do Plano Brasil Sem Miséria para superar a pobreza

Medidas de assistência técnica rural e crédito serão anunciadas nesta quarta-feira

O Programa Brasil Quilombola será ampliado com as ações do Plano Brasil Sem Miséria , em especial as medidas de inclusão produtiva dirigidas à agricultura familiar, que serão anunciadas nesta quarta-feira (21). Para ampliar a possibilidade de acesso dessas comunidades às políticas de crédito, fomento e compras da agricultura familiar, a Fundação Cultural Palmares passará a emitir a Declaração de Aptidão (DAP) ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os quilombolas terão também o Selo Quilombos do Brasil que, a exemplo do Selo da Agricultura Familiar, servirá como certificado de origem e identidade cultural para os produtos de procedência quilombola, fortalecendo assim a valorização e reconhecimento no mercado nacional.

Além das 4,48 mil famílias que já recebem Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) lançou uma segunda chamada em outubro de 2012 para atender outras 4,5 mil famílias quilombolas. A Ater possibilita o aumento da renda e a melhoria da qualidade de vida das famílias rurais, por meio do aprimoramento da produção agrícola de forma sustentável. Segundo a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), as principais atividades produtivas quilombolas são a agricultura, o extrativismo e a pesca artesanal. (mais…)

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