O poder do agronegócio sobre os Estados na Rio+20

A agroecologia, pouco mecanizada, é o futuro da agricultura, segundo economista (foto: IRRI Images/CC BY-NC-SA 2.0)

por Eduardo Sá, no Brasil de Fato

Com vasta experiência na área agroecológica no Brasil, o economista Jean Marc Von Der Weid* participou junto à sociedade civil da ECO 92 e vem acompanhando desde a década de 1980 os movimentos ambientais no Brasil.

Atualmente é coordenador de Políticas Públicas da ONG Agricultura Familiar e Agroecologia (AS-PTA) e membro da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).

Nesta entrevista, ele fala sobre a perspectiva de fracasso da Rio+20, as forças políticas e interesses que estão em xeque, a falsa visão ambiental da economia verde e aponta a agroecologia como solução para muitos problemas climáticos e energéticos no planeta. Segundo o estudioso e militante, a tendência é uma regionalização da cadeia produtiva alimentar e a potencialização da agricultura familiar para garantir a alimentação dos povos. (mais…)

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Brasil: Obstetricia moderna y parteras, una alianza necesaria

Maria dos Prazeres de Souza, partera, oficio que actualmente se busca rescatar en las comunidades tradicionales.

Por Fabiana Frayssinet

RÍO DE JANEIRO, 3 may (IPS) – María dos Prazeres de Souza perdió la cuenta de la cantidad de nacimientos “sin ninguna muerte” que atendió como partera, oficio que actualmente se busca rescatar en las comunidades tradicionales de Brasil a las que el Estado no llega o que su accionar no es del todo comprendido culturalmente.

De Souza tiene 74 años y cuenta que hasta 2008 intervino en 1.000 partos, tanto en Jaboatão dos Guararapes, el municipio que habita, como en el resto del estado de Pernambuco y en otros vecinos del Nordeste.

Aunque reconoce el dolor de la mujer en todo alumbramiento, aún continúa sorprendiéndose por ese cambio de la expresión del llanto al placer.

“La mujer en trabajo de parto siente dolor, pero cuando nace el bebito sonríe y llora de alegría”, describió a IPS al recordar todas las lágrimas que ella misma derramó de emoción en cada nacimiento.  (mais…)

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ONU-HABITAT: América: Região de distribuição de água privilegiada, mas desigual

Rio de Janeiro, Brasil. 2012 – Trabalho apresentado no Fórum Mundial da Água deste ano, a Agenda de Águas das Américas apresenta o estado de utilização e gestão de água, os desafios enfrentados para a gestão sustentável e orientações estratégicas para o futuro para as cidades da América Latina e no Caribe.

O documento foi elaborado por mais de 40 organizações reunidas em seis grupos de trabalho temáticos. A Agenda reconhece diferenças entre os países da região, como o desenvolvimento econômico elevado e água no Canadá e os EUA, a distribuição irregular espacial e temporal dos recursos hídricos em países menos desenvolvidos e os diferentes modelos de governança.

“A publicação permite experiências de gestão do conhecimento em outras cidades e que abre uma forma de divulgar diferentes abordagens e formas de superar os desafios colocados pela gestão da água” , diz Chefe do Programa de Água e Saneamento para cidades latino-americanas e no Caribe da ONU-Habitat, Victor Arroyo. (mais…)

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Extrema pobreza e racismo possibilitam trabalho escravo no Brasil, diz debatedor

Agência Câmara de Notícias

O presidente da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Edson França, defendeu há pouco políticas públicas para o combate à extrema pobreza e ao racismo no Brasil, como forma de acabar com o trabalho escravo contemporâneo no País.

“A aprovação da PEC do Trabalho Escravo (438/01) é fundamental, mas, além disso, precisamos de políticas públicas para combater a extrema pobreza e o racismo”, disse. Ele ressaltou ainda a necessidade de punição para o trabalho escravo contemporâneo e a efetiva implementação do Estatuto de Igualdade Racial (Lei 12.288/10).

A declaração foi dada no seminário sobre os entraves e as soluções para as questões étnico-raciais no Brasil, promovido pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, no auditório Nereu Ramos.

A PEC do Trabalho Escravo prevê a expropriação, sem indenização, de propriedades rurais ou urbanas onde for constatado trabalho escravo. (mais…)

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Operação Monte Carlo atinge em cheio lobby parlamentar do amianto: Perillo, Demóstenes e Leréia

Audiência com Gilmar Mendes, no STF, intermediada por Marconi Perillo e Demóstenes Torres. Da esquerda para a direita: Perillo, Mendes, o deputado Carlos Leréia, o diretor-geral da SAMA Rubens Rela e Élio Martins, presidente do Grupo Eternit. Foto: Gervásio/SCO/STF

2012: O império do amianto está ruindo, a olhos vistos.

por Conceição Lemes

Em 13 de fevereiro, a Justiça italiana anunciou a condenação dos ex-proprietários da Eternit, o barão belga Jean-Louis de Cartier de Marchienne e o magnata suíço Stephan Schmidheiny, a 16 anos de prisão e ao pagamento de quase 100 milhões de euros.

Nem mesmo o informe publicitário publicado na ocasião pela Eternit do Brasil  nos principais veículos de comunicação (CartaCapital foi a única a recusar o anúncio), negando qualquer relação com a empresa incriminada, diminuiu o amargor da derrota.

Agora, o lobby do amianto sofre novos reveses. Indiretamente, a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), atingiu em cheio o império do amianto no Brasil. Seus mais ilustres e ferrenhos defensores no meio político brasileiro estão envolvidos com os esquemas do bicheiro Carlinhos Cachoeira. (mais…)

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Secretarias discutem obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira na rede pública

Para a técnica do Núcleo de Educação da Seafro, Cristina Bernardo, o currículo deve conter aspectos da cultura local dos alunos

Fonte: Diário do Amapá (AP)

Aconteceu na manhã desta segunda-feira, 7, reunião entre as secretarias de Estado de Políticas para Afrodescendentes (Seafro) e de educação (Seed). Na pauta principal a execução, no Amapá, da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-brasileira em todas as escolas brasileiras, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio e inclui o Dia da Consciência Negra no calendário escolar.

Os professores Sivaney Rubens, do Núcleo de educação Étnico-racial (Neer), e Jean Paulo Gomes, coordenador de Ensino Específico da Seed, foram recebidos pela secretária Marilda Leite, pelo chefe de Gabinete, Carlos Souza, e pelo corpo técnico da Seafro. Um dos pontos mais debatidos foi quanto ao Censo escolar, no qual muitas escolas deixaram de ser declaradas como quilombolas.

“Essas escolas constam apenas como rurais no Censo. Assim, dei-xam de receber políticas públicas específicas para escolas quilombolas. Nas últimas estatísticas, o Amapá teve uma diminuição no número de escolas quilombolas, apesar das várias comunidades mapeadas”, informa Silvaney Rubens. (mais…)

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Terra dos Índios

Em Paralelo 10, Sílvio Da-Rin revela um País desconhecido e discute a função do sertanista

Luiz Carlos Merten – O Estado de S.Paulo

Sílvio Da-Rin havia acabado de participar de um debate sobre seu longa Paralelo 10 na Universidade Estácio de Sá, no Rio, quando conversou com o repórter pelo telefone. Ele ainda estava impactado pela emoção de ver o interesse dos estudantes pelo assunto. É uma contradição, em termos pelo menos, com o que você vai ler ao lado, na crítica. Brasileiro não gosta de índio. Não gosta? Da-Rin agradece às políticas públicas que têm permitido a realização de documentários como o seu. Ele é realista. Sabe do pouco interesse que o mercado tem por documentários que não sejam sobre esportes ou música. As políticas são respaldo para o resultado mercadológico.

Muitos desses filmes que, no futuro, serão documentos fundamentais sobre o multiculturalismo nacional fazem 5 ou 10 mil espectadores nas salas. Mas eles necessitam dessa vitrine para se distribuir pelas outras mídias. Paralelo 10 era o filme que Da-Rin faria quando assumiu a Secretaria do Audiovisual. Ele conseguiu fazê-lo só após abandonar o ministério. Durante sua gestão, incentivou justamente as políticas públicas, lançando editais quase todos os meses, durante 30 meses de sua gestão. Ele critica o imobilismo da atual gestão no Ministério da Cultura. Lamenta quão pouco está se fazendo pelo audiovisual. (mais…)

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Extrema pobreza e racismo possibilitam trabalho escravo no Brasil, diz debatedor

O presidente da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Edson França, defendeu há pouco políticas públicas para o combate à extrema pobreza e ao racismo no Brasil, como forma de acabar com o trabalho escravo contemporâneo no País.

Acompanhe o debate ao vivo.

“A aprovação da PEC do Trabalho Escravo (438/01) é fundamental, mas, além disso, precisamos de políticas públicas para combater a extrema pobreza e o racismo”, disse. Ele ressaltou ainda a necessidade de punição para o trabalho escravo contemporâneo e a efetiva implementação do Estatuto de Igualdade Racial (Lei 12.288/10).

A declaração foi dada no seminário sobre os entraves e as soluções para as questões étnico-raciais no Brasil, promovido pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

A PEC do Trabalho Escravo prevê a expropriação, sem indenização, de propriedades rurais ou urbanas onde for constatado trabalho escravo. (mais…)

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Waká – assuntos da contemporaneidade indígena, dias 09, 10 e 11/05, Brasília

O Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB (CDS/UnB), a Fundação Darcy Ribeiro e a Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge realizarão o Waká, um evento para falar sobre questões da contemporaneidade indígena. Debates, mostra de vídeo, dança e música tomarão o Memorial Darcy Ribeiro de 09 a 11 de maio, no Campus da UnB.

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E circule a informação nas redes sociais das quais você faz parte.

Enviada por Ro’otsitsina.

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Preconceito racial e racismo institucional no Brasil: algumas reflexões

Márcia Pereira Leite*

“Na primeira vez em que estive aqui,em 1987, fiquei chocado ao ver que na TV, em revistas, não havia negros. Melhorou um pouco. Mas há muito a fazer. Quem nunca veio ao Brasil e vê a TV brasileira via satélite vai pensar que todos os brasileiros são louros de olhos azuis” (Spike Lee) [1]

1. Introdução:do preconceito e do racismo

O comentário do cineasta americano SpiKe Lee, em recente visita ao Brasil para filmagem do documentário “Go Brasil Go”, no mesmo período em que o Supremo Tribunal Federal julgava a constitucionalidade das cotas raciais em universidades públicas, despertou várias discussões na imprensa e nas redes sociais sobre o racismo na sociedade brasileira. Desses debates, é possível depreender o quanto ainda persiste o mito de que o Brasil seria uma “democracia racial” em que,a despeito do preconceito, não haveria nem o ódio, nem a segregação que caracterizaram o regime do apartheid. Nosso racismo combinaria preconceito de cor e o preconceito de classe, diluindo-se no caso de negros e negras educados e bem sucedidos e implodindo no samba, no carnaval, enfim, na cultura popular brasileira.

Não pretendemos, aqui, discutir as cotas e seus efeitos, nem tampouco o racismo individual enquanto preconceito (sentimento/crença) daqueles que se julgam superiores a outros por conta de sua raça e suas diversas formas de manifestação. Nosso foco é o outro. Queremos chamar atenção para o que ficou ausente nesse (como em outros) debate sobre o racismo no Brasil: os mecanismos de discriminação produzidos e operados pelas estruturas e instituições públicas e privadas que o reproduzem e o fortalecem. Nesta reflexão, propomos seguir o giro da ciência social, nos anos 60, em sua análise das relações raciais: (mais…)

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