Marcha das Vadias reivindica liberdade feminina em diversas cidades do país

Carolina Sarres, Repórter da Agência Brasil

Brasília – Cerca de 3 mil pessoas compareceram à Marcha das Vadias hoje (26) em Brasília, segundo dados dos organizadores do protesto e da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). A quantidade de manifestantes foi aproximadamente cinco vezes maior do que a da marcha do ano passado. Munidos de buzinas, tambores, cornetas, cartazes e gritos de guerra, os manifestantes tiveram o objetivo de alertar a sociedade para a violência e o abuso sexual contra mulheres.

Na página do protesto no Facebook, principal meio pelo qual a Marcha das Vadias foi organizada, foram enfatizadas questões como a dignidade das mulheres, a divisão de tarefas domésticas, o direito à amamentação em público, a transexualidade e a homossexualidade feminina.

“Essa marcha luta pelo fim da violência física, sexual, psicológica e simbólica contra as mulheres”, disse a antropóloga Júlia Zamboni, 29 anos, que participou da organização da marcha desde a primeira edição, no ano passado.

A vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Érika Kokay (PT-DF), esteve na manifestação e explicou que o principal efeito do protesto é dar visibilidade à questão, que deve ser discutida nas escolas para que não haja “revitimização” – processo em que as mulheres sofrem violência e ainda são culpabilizadas pelo abuso. “Queríamos e queremos direitos iguais. Se ser vadia é ser livre, então somos todas vadias”, afirmou a deputada à Agência Brasil. (mais…)

Ler Mais

Mundo: La Cumbre de Río+20 y los Pueblos Indígenas. Diálogo con Patricia Borraz

Por Jorge Agurto

Servindi – ¿Qué importancia tiene la Cumbre para el Desarrollo Sostenible Río+20 para los pueblos indígenas del mundo? ¿Cuáles son los puntos en controversia y cuál el estado de las negociaciones? Estas y otras interrogantes fueron motivo de diálogo con Patricia Borraz, del Grupo de Trabajo Intercultural Almáciga, de España, que conoce el proceso desde la perspectiva de los pueblos indígenas, merced a su trabajo de acompañamiento.

– ¿Cuál es la importancia mundial de la Cumbre de la Tierra Río+20 o Conferencia de Naciones Unidas sobre Desarrollo Sustentable a celebrarse del 20 al 22 de junio de 2012 en Río de Janeiro, Brasil?

La nueva conferencia tendrá lugar veinte años después de la primera cumbre histórica de Río de Janeiro en 1992 y diez años después de la de Johannesburgo en 2002. Ha sido acordada por una resolución formal de las Naciones Unidas que convoca a los Estados, la sociedad civil y los ciudadanos a “sentar las bases de un mundo de prosperidad, paz y sustentabilidad”, buscando fortalecer los compromisos políticos en favor del desarrollo sustentable, hacer un balance de los avances y las dificultades vinculados a su implementación y dar respuestas a los nuevos desafíos emergentes de la sociedad.

De acuerdo a la resolución que convoca a la Cumbre existen dos grandes temas principales sobre los cuales se deben adoptar compromisos: 1. Una economía ecológica o verde, con vistas a la sustentabilidad y la erradicación de la pobreza. 2. La creación de un marco institucional para el desarrollo sustentable. (mais…)

Ler Mais

“Caminho do Esgoto de Juazeiro” questiona a execução do Projeto de Revitalização do Rio São Francisco

Por Luís Osete

“Na trilha das baronesas: o Caminho do Esgoto de Juazeiro-BA”. Esse é o título do curta-documentário  apresentado na tarde de hoje, durante a Miniplenária de Transposição/Revitalização do III Encontro Popular da Bacia do Rio São Francisco, que acontece até domingo em Januária, interior de Minas Gerais.

Os 12 minutos do vídeo, resultado de uma pesquisa realizada pela Articulação Popular São Francisco Vivo em parceria com estudantes universitárias de Juazeiro/Petrolina, põe em discussão as obras de saneamento básico executadas pela prefeitura municipal de Juazeiro, através do Projeto de Revitalização do Rio São Francisco.

No curta, três estudantes partem do bairro Quidé, na periferia de Juazeiro, e percorrem todo o trajeto do esgoto, até o desemboque. No itinerário, encontram canais a céu aberto vizinhos a casas de taipa e com pontes improvisadas, pondo em risco a saúde das pessoas e dos animais. Dialogam com um representante do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) e descobrem que a Estação de Tratamento anunciada no portão do SAAE não existe. Questionam uma placa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que divulga os dados técnicos da construção de uma Estação Elevatória não concretizada. (mais…)

Ler Mais

Campo Alegre de Lourdes resiste à mineração no Submédio São Francisco

Por Luís Osete

Na Miniplenária que discutiu estratégias de resistência e enfrentamento à mineração, a história de luta em Campo Alegre de Lourdes, município baiano localizado no Submédio São Francisco, sinalizou alguns bons caminhos. Há sete anos vivenciando a atuação da empresa mineradora Galvani, a população está num processo contínuo de organização em defesa dos  recursos naturais do município.

Desde a criação do Fórum das Entidades de Campo Alegre de Lourdes, em 2009, já foram realizadas duas Audiências Públicas, dezenas de reuniões de sensibilização, intercâmbios na comunidade de Angico dos Dias, para socializar os problemas enfrentados pelas pessoas atingidas diretamente com a exploração minerária, discussão da Política Municipal de Meio Ambiente em todas as escolas públicas da sede do município, 1ª Romaria do Morro do Tuiuiú e outras experiências que resultaram na lei de criação do Conselho de Defesa do Meio Ambiente.

“A partir do enfrentamento à mineração, a gente conseguiu discutir a Política Municipal de Meio Ambiente de Campo Alegre de Lourdes, que até o final do ano vai definir as regras do licenciamento ambiental, a criação de um orçamento específico, as áreas especialmente protegidas, as punições para quem destrói o Meio Ambiente e os critérios de educação ambiental”, afirma Marina Rocha, agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT). (mais…)

Ler Mais

III Encontro Popular da Bacia do São Francisco começou ontem, 25, com povos e sabores do rio

O III Encontro Popular da Bacia do rio São Francisco foi aberto ontem, 25, com a participação de cerca de 80 representantes das lutas populares de toda a bacia.

Na abertura do encontro, indígenas, quilombolas, pescadores, representantes de organizações sociais e de pastorais da igreja se apresentaram, cantaram e comeram do sabor do rio, um beiju feito e servido quente para todos os representantes.

Ainda pela manhã, Roberto Malvezzi e Soraya Tupinambá fizeram uma análise de conjuntura sobre as questões sócio-ambientais que estão em voga na bacia do rio São Francisco, no país e no mundo.

À tarde, foi dada continuidade aos trabalhos com discussões em grupos sobre quatro temáticas: Terra/Território, Energia, Mineração e Revitalização x Transposição. Experiências sobre essas quatro temáticas, das quatro regiões da bacia (Alto, médio, submédio e baixo São Francisco) estão sendo apresentadas e discutidas. Uma das experiências apresentadas é a vivida pela população de Itacuruba (PE), que está sendo ameaçada pela implantação de uma Usina Nuclear. (mais…)

Ler Mais

“Tempo em Curso” está disponível, com os últimos indicadores do mercado de trabalho

Enquanto o portal do LAESER não volta ao ar, você pode acessar a edição de janeiro de 2012 do boletim eletrônico mensal de nosso Laboratório clicando AQUI.

O “Tempo em Curso” é dedicado ao estudo dos indicadores do mercado de trabalho metropolitano brasileiro desagregado pelos grupos de cor ou raça e gênero. A origem dos dados é a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Este número do “Tempo em Curso”, além de dados da conjuntura do mercado de trabalho no período, corresponde à continuidade do estudo especial realizado pelo LAESER, que consiste em uma comparação entre os indicadores do mercado de trabalho gerados pelas estatísticas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e as bases de dados do IBGE.

Desta vez, foram comparados os indicadores selecionados sobre as desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho formal do país, segundo as bases da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e da Pesquina Nacional por Amostra de Domicílios (IBGE). (mais…)

Ler Mais

Um Táxi para a Escuridão / Taxi to the Dark Side – 1 a 7 – 1h40m

Documentário assustador detalhando as práticas de tortura adotadas quase que oficialmente pelo Governo dos EUA, desrespeitando totalmente a Convenção de Genebra. Depois de 11 de Setembro, a CIA pôs em prática toda a ciência desenvolvida há mais de 50 anos desde o Projeto Manhattan, que engloba as atividades de interrogatório que foram amplamente usadas na América Latina (ver Shock Doctrine e War on Democracy).

Começa falando do taxista afegão Dilawar, que, apesar de saberem que era inocente, seviciam até a morte. Em sua autópsia consta “homicídio”. Dalawar foi apenas um dentre muitos e muitos assassinados nas prisões militares estadunidenses. (mais…)

Ler Mais

Rio+Leaks: veja nova versão do documento que será negociado na Rio+20 oficial, não divulgado pela ONU

A Cúpula dos Povos divulga em primeira mão a mais recente versão do documento que servirá de base para as discussões na Rio+20 oficial (o ‘rascunho zero’), distribuída apenas para os grupos negociadores das Nações Unidas – Estados-membros, organizações intergovernamentais e Major Groups. No espírito Wikileaks, esta divulgação de um documento mantido fora do alcance do público pela ONU é apenas a primeira da série que chamamos de Rio+Leaks.

As Nações Unidas publicaram na íntegra apenas a primeira versão do documento. O motivo? Não sabemos. Mas a Cúpula considera que todas as versões do ‘rascunho zero’ – intitulado O futuro que queremos – são de interesse público e ajudam a entender os jogos de poder e os interesses que circulam nos debates a portas fechadas na sede da ONU, em Nova York.

Neste documento, formulado após uma rodada de negociações informais realizada no início de maio, as 80 páginas revelam uma “linguagem mais amena que as outras versões do ‘rascunho zero’”, segundo a antropóloga Iara Pietricovsky, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e membro do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20. Como nas outras duas versões do documentos que analisamos aqui, Iara apontou alguns aspectos importantes – explícitos e implícitos –  do texto. (mais…)

Ler Mais

Nota Pública acerca do julgamento dos assassinos de Aldo Mota: Justiça já! Basta de impunidade!

Terra Indígena Raposa do Serra do Sol, 25 de maio de 2012.

O CONSELHO INDÍGENA DE RORAIMA, os familiares de ALDO DA SILVA MOTA, e as comunidades indígenas da região das Serras, Terra Indígena Raposa Serra do Sol, vêm manifestar seu repúdio quanto ao resultado do julgamento ocorrido nos dias 17 e 18 deste mês e ano, no qual os três acusados de assassinar o índio macuxi ALDO DA SILVA MOTA no dia 02 de janeiro de 2003 foram absolvidos.

Ficamos nos perguntando então, quem matou o ALDO? Não tem nenhuma outra suspeita! Os caminhos percorridos por ALDO e as testemunhas foram convincentes, não temos testemunha ocular da execução, porém testemunhos e o desenho do caminho percorrido por ele para chegar até a fazenda e não mais retornar. Somente o seu corpo foi encontrado no dia 09 de janeiro na área da fazenda, onde já haviam acontecido muitas ameaças, cujos vaqueiros na sede da fazenda estavam fortemente armados, com capacidade para executar qualquer uma pessoa sozinha.

Presenciamos também durante o julgamento o preconceito contra os povos indígenas por terem reconquistado as suas terras, mesmo após uma luta de trinta anos, onde foram assassinadas 21 lideranças indígenas, 54 ameaças de morte, 51 tentativas de homicídios, 80 casas destruídas, 71 prisões ilegais, 05 roças queimadas e 05 cárceres privados. Do lado contrário, todos os não-índios receberam as indenizações por suas benfeitorias. (mais…)

Ler Mais