Na última terça feira, 11 de outubro, foi realizada na Advocacia Geral da União uma reunião para tratar dos conflitos enfrentados pel@s morador@s de Tatajuba (em Camocim), que há mais de 10 anos estão sendo ameaçados pelo projeto de construção de um resort de luxo em seu território pelo grupo empresarial Vitória Régia.
A reunião contou com a Participação de Keila Pereira Neri (Procuradora da União), Gislene Frota Lima (Defensora Pública da União) e representantes das organizações que atuam na comunidade, como Marília Passos (Escritório de Direitos Humanos Frei Tito da Assembléia Legistaliva – EFTA), Cláudio Silva (Advogado da Associação Comunitária dos Moradores de Tatajuba – Acomota) e Camila Garcia (assessora do Instituto Terramar). Munidos/as de diversos documentos, os representantes dos moradores de Tatajuba argumentaram a existência de interesse da União na região do conflito e, portanto, a necessidade da atuação da AGU e DPU nos diferentes procedimentos jurídicos envolvendo a questão.
Segundo relatos de moradores de Tatajuba, são mais de dez anos de conflito, desde que a Vitória Régia começou dizer ser dona de 5 275 hectares de terras na região, aproximadamente 5.000 campos de futebol. A partir daí os/as moradores que lá residem há mais de 100 anos perderam a tranqüilidade sobre a permanência em seus territórios. De ameaças verbais, processos na justiça e tentativas de despejos, tudo tem feito parte da estratégia da empresa. A última foi despejar uma família que havia recém construído sua casa. Na ocasião, o uso abusivo de força policial intimidou toda a comunidade. (mais…)