Trabalhadores exigem conclusão de data-base na Vale Fertilizantes

Transnacional deve deixar uma série de passivos trabalhistas na transição do controle acionário da unidade de Araucária

Pedro Carrano, de Araucária (PR)

Em assembleia na última segunda-feira (14), a direção do Sindicato das Indústrias Petroquímicas do Estado do Paraná (Sindiquímica-PR) criticou os passivos trabalhistas que serão deixados na transição do controle acionário da Vale Fertilizantes, localizada no município de Araucária, região metropolitana de Curitiba (PR). A transnacional passará o controle da unidade à Petrobras e deverá abandonar nacionalmente o setor de produção de nitrogenados, no interior do ramo de fertilizantes (N-P-K). A Vale havia assumido a planta de Araucária (PR) no final de 2009.

Até a transição, os cerca de 450 trabalhadores da unidade seguem em mobilização. A data-base está inconclusa desde novembro e nenhum ponto da pauta foi atendido até o momento. A definição dos trabalhadores após a assembleia é de limitar-se às operações padrões para a execução dos trabalhos, deixando de fazer horas extras, enquanto a empresa não responder às reivindicações.

O Sindiquímica-PR também luta pela adoção da convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que protege o trabalhador contra a dispensa imotivada. “A Vale não tem um compromisso nem com os trabalhadores e nem com a sociedade. Ela veio, usou e agora está deixando o passivo”, critica Gerson Castellano, da direção do sindicato.

Novas mobilizações devem ser realizadas ao longo do mês de janeiro. Na assembleia do dia 14, o papel da Vale em países como Moçambique também foi motivo de reflexão. Os dirigentes do Sindiquímica-PR deram informe sobre as condições de produção e de trabalho no país africano, local do mais recente encontro da Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale.

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Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

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