A Comissão Nacional de Direitos Humanos do México estima que 8,1 milhões de mulheres indígenas são vítimas de abusos, agressões físicas e morais, dentro dos seus lares, e não têm acesso aos serviços de saúde e de educação
Francisco Pedro, em Fátima Missionária
Apesar de desempenharem um papel fundamental na recomposição do país, as mulheres indígenas mexicanas continuam a ser alvo de violência doméstica e de discriminação no acesso aos serviços escolares e de saúde.
Segundo dados da Comissão Nacional de Direitos Humanos, existem 8,1 milhões de mulheres a viver situações de abusos e agressões dentro das suas próprias casas. Para contrariar este flagelo, a Comissão Nacional para o Desenvolvimento das Populações Indígenas está a preparar programas de formação permanente que promovam o conhecimento dos direitos humanos das meninas e mulheres indígenas e previnam a violência contra elas.
O objetivo deste plano, de acordo com a agência Fides, é contribuir para a promoção de políticas públicas que ajudem a reforçar a igualdade de condições de vida, assegurem o acesso da população feminina aos seus direitos e garantam uma vida livre de violência. Em 2012, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) assinalou que no México, do total da população indígena, 3,3 milhões de pessoas não conseguiram satisfazer as suas necessidades alimentares básicas.
E o nível de escolarização é relacionado com o elevado índice de mortalidade materna, pois 36,5 por cento das mulheres mortas em municípios com mais de 70 por cento de população índia não possuía instrução e 24,7 por cento não conseguiu terminar o ensino fundamental.