Indígena se torna o terceiro xinguniano a conquistar título de mestrado

Marcelo Jatobá/UnB Agência
Marcelo Jatobá/UnB Agência

Em Boa Informação

Recentemente, Makaulaka Mehinako se tornou mestrando pela Universidade de Brasília (UNB) e, por mais que seja corriqueiro receber o título, isto é mais do que um fato. Mahinako, de 33 anos, é indígena da aldeia Kaupüna do Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso. Ele é o terceiro xinguniano a ganhar o título de mestrado.

O indígena estudou a língua Imiehünaku (Mehinaku), de família linguística Aruak, falada apenas por cerca de 300 integrantes da etnia Mehinako, da qual ele também faz parte. Após apresentar a tese “Organização Sociopolítico do povo Mehinaku”, Makaulaka retornou à aldeia para viver com sua esposa e seus quatro filhos.

Ao Terra e à jornalista Keka Werneck, o indígena disse: “o meu objeto de estudo foi minha própria língua. Aprofundei o parco conhecimento linguístico existente sobre a Mehináku. A língua Mehináku é rica em verbetes como qualquer outra”, para que possam se referir a tudo que compõe o mundo em que vivem. Esse é um universo cultural brasileiro pouco conhecido e diverso”.

Makaulaka aprendeu a ler e escrever somente aos 14 anos, mas contou com o auxílio de um professor para prosseguir com os estudos. De acordo com a reportagem, em 2000, terminou o magistério e, no ano seguinte, em 2011, cursou Ciências Sociais pelo Projeto 3º Grau Indígena promovido pela Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), em Barra do Bugres (MT). O indígena faria ainda uma especialização na área da educação, chegando ao mestrado em linguística.

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