O procurador de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), Riscalla Abdenur, encaminhou agravo regimental ao desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) pedindo que ele reconsidere a concessão de habeas corpus aos 23 ativistas acusados de atos violentos em protestos no Rio de Janeiro.
A decisão do desembargador foi divulgada na última quarta-feira (23), quando Elisa Quadros (a Sininho) e Camila Jordan ainda estavam na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, e Igor D’Icarahy na Cadeia Pública José Frederico Marques. Ambas no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio. Os três ativistas foram soltos na quinta-feira (24). A medida do desembargador beneficiou também Caio Silva e Fábio Raposo, mas eles permaneceram presos, porque são acusados de terem soltado o rojão que provocou a morte do cinegrafista Santiago Andrade, em fevereiro, durante manifestação em frente a Central do Brasil, no centro do Rio. Os outros ativistas atingidos pela medida do desembargador estavam sendo considerados foragidos pela Polícia Civil do Rio.
Em entrevista à Agência Brasil, o desembargador Siro Darlan disse que não tem como avaliar se vai aceitar o pedido de reconsideração porque não havia recebido, ainda, o agravo regimental. “Se chegar, eu vou examinar e decidir de acordo com a lei. Quando eu conhecer o que eles estão pedindo é que eu vou saber se decido ou não. Como eu vou dizer que aceito casar com a noiva sem conhecer a noiva”, comentou. (mais…)