Os indígenas da Amazônia estão em risco. O grito de alarme de um bispo

Fonte: http://goo.gl/zOGLuY
Fonte: http://goo.gl/zOGLuY

Erwin Kraütler, há alguns meses conhecido em todo o mundo como o colaborador do Papa Francisco para a próxima encíclica sobre os pobres e a criação, manteve sua promessa. Apesar de ter completado 75 anos, em 12 de julho, seu compromisso em favor de sua gente no Brasil parece ter encontrado um novo impulso e novas forças

Maria Teresa Pontara Pederiva – Vatican Insider

Ainda bispo da prelazia de Xingu (até a nomeação de seu sucessor) e presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Kräutler participou, como apontou a página web do episcopado brasileiro, da apresentação do relatório “A violência contra as populações indígenas no Brasil – 2013”, por ocasião da Conferência Nacional dos Bispos, realizada na capital, na semana passada.

Segundo o religioso, na atualidade, a sobrevivência física e cultural dos indígenas “está ameaçada”, pois, quando se nega o direito das populações indígenas à existência, verifica-se uma autêntica “agressão, inclusive contra a própria nação brasileira”. (mais…)

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Estudo mostra existência de práticas discriminatórias já na primeira infância

2014_07_discriminacao_crianças_clade_reproducaoNatasha Pitts – Adital

A Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (Clade) decidiu investigar as formas de discriminação que existem dentro das escolas para conseguir avançar rumo à superação do problema. Assim, durante dois anos, professores, funcionários, diretores, pais e alunos de escolas do Brasil, Colômbia e Peru foram escutados. Seus depoimentos deram origem à “Consulta sobre Discriminação na Educação na Primeira Infância”.

A discriminação está presente em vários ambientes e a escola é um deles; nem mesmo a educação infantil está imune. A Clade confirma que até mesmo entre os pequeninos já podem ser vistas situações de exclusão e preconceitos étnico-raciais e de gênero. A comprovação veio após análise em 12 escolas. No Brasil, foram trabalhadas escolas das cidades de Fortaleza (Estado do Ceará) e Baixa Grande (Bahia); na Colômbia, escolas de Bogotá e Cartagena; e no Peru, escolas de Lima e Urubamba. Foram entrevistados 135 adultos e 300 crianças com idade entre 4 e 8 anos. (mais…)

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Comissão da Verdade ouve coronel que participou da Operação Sucuri

Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil 

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) ouviu ontem (22) o depoimento do coronel reformado Roberto Amorim Gonçalves falou sobre sua participação na Operação Sucuri, que infiltrou militares na área ocupada pela Guerrilha do Araguaia. Gonçalves foi o quinto dos 16 depoentes que a comissão pretende ouvir esta semana sobre violações de direitos humanos no período da ditadura militar.

Após o depoimento, o ex-ministro da Justiça, José Carlos Dias, integrante da CNV, classificou como “um pouco arrogante” a postura de Gonçalves, que “parece manter a mentalidade dos anos de chumbo”. Segundo Dias, ao ser perguntado se a população na região do Araguaia não gostava da presença de militares, Gonçalves respondeu: “Por que alguém vai ter alguma coisa contra um militar neste país?”.

Segundo Dias, o depoente se recusou a utilizar a palavra “guerrilheiros”, a quem chamou apenas de “terroristas” durante a oitiva. O coronel disse que moradores relatavam casos de “justiçamento”, assassinatos de moradores, por parte desses “terroristas”, mas não soube dizer nenhum nome ou especificar nenhum caso. (mais…)

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EUA vão enviar mais documentos sobre a ditadura à Comissão Nacional da Verdade

Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil 

Depois de entregarem 43 documentos relativos à ditadura militar no Brasil à Comissão Nacional da Verdade (CNV), os Estados Unidos vão continuar colaborando com os trabalhos do colegiado e enviar novas informações sobre o período.

Após visita à Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, integrantes da CNV confirmaram que o governo norte-americano vai continuar desclassificando documentos antes considerados sigilosos e entregando-os à comissão.

“Fomos informados pela embaixadora que o presidente Barack Obama manifestou interesse em dar continuidade à operação. Então, o processo de desclassificação de documentos nos Estados Unidos e envio para nós deve continuar. Devemos receber mais documentos no segundo semestre”, disse o coordenador da CNV, Pedro Dallari. Ele também explicou que o envio de documentos daquele país ao Brasil deve continuar mesmo após o encerramento dos trabalhos da comissão, em dezembro deste ano. “Esse é um dos legados da comissão”, disse Dallari. (mais…)

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Liderança é assassinada em ocupação de terra pública em São Félix do Xingu

400_reforma_agrariaComissão Pastoral da Terra – Félix Leite dos Santos, vice-presidente da associação dos ocupantes de uma área de terra pública, conhecida como Divino Pai Eterno, localizada no Município de São Félix do Xingu (PA), foi assassinado a tiros na ultima sexta feira, dia 18, quando saía de sua roça e retornava para sua casa.

Seu corpo só foi encontrado no sábado por familiares que passaram a procurá-lo devido ele não ter retornado para casa no final do dia de trabalho. Félix era casado e pai de cinco filhos. Segundo informação do presidente da Associação, ele já vinha recebendo ameaças de morte e registrou o fato na Delegacia de Polícia de São Félix do Xingu. O corpo de Félix foi sepultado em Marabá, no domingo à tarde, onde o trabalhador tinha parentes.

O complexo Divino Pai Eterno é constituído de terra pública federal, com área aproximada de 8 mil hectares. Há mais de seis anos que cerca de 200 famílias sem terra, ligadas à FETAGRI, reivindicam do INCRA o imóvel para serem assentadas. Por outro lado, um grupo de oito fazendeiros, liderados por Bruno Peres de Lima, reivindica a área para formação de fazendas e criação de gado.

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MPT aciona Justiça para que M. Officer seja banida de São Paulo por explorar escravos

Por conta das longas jornadas prolongadas, um dos oito costureiros resgatados costurando para a M. Officer improvisou um assento mais macio colocando uma toalha como apoio. No chão, roupa com a etiqueta da grife. Foto: Daniel Santini
Por conta das longas jornadas prolongadas, um dos oito costureiros resgatados costurando para a M. Officer improvisou um assento mais macio colocando uma toalha como apoio. No chão, roupa com a etiqueta da grife. Foto: Daniel Santini

Grife é acusada de se beneficiar de escravidão de maneira sistemática e praticar dumping social. Com base em lei paulista, procuradores pedem cassação de ICMS

Por Daniel Santini – Repórter Brasil

O Ministério Público do Trabalho ajuizou Ação Civil Pública cobrando a responsabilização da M5, empresa detentora da marca M. Officer, pelo emprego sistemático de trabalho escravo em sua cadeia produtiva. Os procuradores Christiane Vieira Nogueira, Tatiana Leal Bivar Simonetti e Tiago Cavalcanti Muniz, que assinam a peça, pedem que a empresa seja condenada a pagar R$ 10 milhões, sendo R$ 7 milhões como danos morais coletivos por submeter pessoas a condições degradantes e jornadas exaustivas, e R$ 3 milhões pela prática do que classificam como dumping social, ou seja, a subtração constante de direitos trabalhistas como forma de se obter vantagens em relação a concorrentes. A ação pede que o valor total seja revertido para o “Fundo de Amparo ao Trabalhador ou seja convertido em bens ou serviços para reconstituição dos bens lesados”. (mais…)

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Povos indígenas de todo o mundo afirmam que tem sido ignorados na luta contra o HIV. Brasileiros não estão representados

indios okAgência de Notícias da Aids – Povos indígenas de diferentes partes do mundo estão presentes na 20ª Conferência Internacional de Aids, que está ocorrendo esta semana em Melbourne. Em uma conferência que está sendo marcada pela constatação de que a epidemia não será debelada se não houver políticas específicas para os grupos mais atingidos, os indígenas queixam-se de sua invisibilidade e demandam ser incluídos como prioridade na política mundial contra a doença.

O fato de o evento ser na Austrália é uma oportunidade para o grupo, já que os povos indígenas australianos têm um nível relativamente alto de  reconhecimento. Prova disso é que a conferência começou, como é de praxe em qualquer evento oficial no país, com o reconhecimento aos tradicionais donos da terra de Melbourne, a nação Kulin, e um discurso de boas-vindas pronunciado por uma liderança aborígene. No entanto, ao longo da cerimônia, os indígenas não foram citados nas diferentes falas sobre grupos vulneráveis.

Hoje (23), a plenária especial, que tratou das questões negligenciadas pelas políticas de aids, contou com James Ward, descendente de aborígenes dos clãs Pitjantajarra e Nurrunga e uma autoridade australiana em saúde indígena. (mais…)

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