O Bacuri do Faz-ânsia

bacuri aberto esPor Mayron Borges

Alguns caminhos ficam para trás e sem ter e nem pra quê eles voltam a ser frequentados.

O caminho do Brejão ficava atrás do que hoje é a propriedade do Vicente de Paula, na Chapada do povoado Carrancas, município de Buriti, Baixo Parnaíba maranhense. A sua avô andava por esse caminho sempre que ia à casa de sua irmã. Os vaqueiros usavam o Caminho do Brejão para levar o gado até o Tabuleiro, também município de Buriti. O Vicente conta isso com uma ponta de orgulho. Os proprietários de terra, ou somente seus vaqueiros, se juntavam em uma comitiva e saiam pela Chapada como num cortejo.

A família dos Madalena, proprietária de terras nas Laranjeiras, carreou muito gado por veredas nas Chapadas de Buriti; o seu Antonio Madalena que hora e outra descarreira funcionários de empresas de soja e de eucalipto que indagam sobre os limites da sua terra que pega parte das Laranjeiras e parte das Carrancas. Uma vez, o seu Antonio Madalena palestrou tanto sobre o dia em que fora preso a mando dos sojicultores que o Vicente de Paula não via a hora de ir embora. Ele não para quieto em suas propriedades. O Vicente tê-lo encontrado foi um achado. (mais…)

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Neste domingo (26), a televisão francesa levou ao ar o documentário “Belo Monte: Amazônia sob alta tensão”

ISA

“Belo Monte: Amazônia sob alta tensão” (Belo Monte: Amazonie sous haute tension) trata-se de um filme sobre a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará.

Enquanto o documentário do cineasta Alexandre Bouchet não está disponível na íntegra, você pode assistir o trailer.

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Coimbra: Colóquio Internacional sobre as Epistemologias do Sul, de 10 a 12/07

Boaventura de Sousa Santos apresenta o Colóquio Internacional sobre as Epistemologias do Sul. Não precisamos de alternativas mas sim de um pensamento alternativo de alternativas.

Este colóquio desafia os participantes a considerarem que a compreensão do mundo é muito mais ampla que a compreensão ocidental. Áreas temáticas:

> Democratizar a democracia
> Constitucionalismo transformador, interculturalidade e reforma do Estado
> Outras economias
> Direitos humanos e outras gramáticas da dignidade humana.

Submissão de propostas de Comunicação

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Quarta usina nuclear do Brasil pode ser instalada no Norte de Minas Gerais, próximo ao Rio São Francisco

Internet/ Ilustração
Internet/ Ilustração

As próximas usinas nucleares a serem construídas no Sudeste, depois de Angra 3, podem ser instaladas no Norte de Minas Gerais, próximo ao Rio São Francisco.

Por  redação Gerais News

A Presidência da República deve decidir ainda neste ano onde deverá ser construída a quarta usina nuclear do Brasil. Relatório preliminar do Governo Federal aponta algumas alternativas: Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe ou o sertão de Minas Gerais. O Brasil produz, atualmente, energia nuclear em três usinas: Angra 1, Angra 2 e Angra 3. Elas formam a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto. A produção deste tipo de energia ocorre quando há a fissão dos átomos. Este recurso é não-renovável.

De acordo com a Indústrias Nucleares do Brasil (INB), uma instituição ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, uma instalação nuclear não pode causar explosão atômica. “Tal receio não tem qualquer fundamento, já que a concentração de urânio-235 é muito baixa (cerca de 3%), não permitindo que a reação em cadeia se processe com rapidez suficiente para se provocar uma explosão. Ao contrário dos reatores que são concebidos para reter as substâncias radioativas, as bombas são concebidas para tornar eficaz a sua dispersão”. A quarta usina nuclear brasileira pode demorar aproximadamente oito anos para começar a produzir. (mais…)

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MPF/MS investiga contaminação em rio que abastece Dourados

Análise periódica deve averiguar presença de agrotóxicos na água consumida pelos moradores de Dourados. Foto: MPF/MS
Análise periódica deve averiguar presença de agrotóxicos na água consumida pelos moradores de Dourados. Foto: MPF/MS

Lacen/PR encontrou agrotóxicos em valores acima do permitido, situação pode afetar a saúde dos moradores

Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul

Decisão liminar obtida pelo Ministério Público Federal (MPF/MS) e Estadual (MP/MS) determina a análise quinzenal da água consumida pela população de Dourados, segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, com 207 mil habitantes. A análise deverá ser realizada na água do rio Dourados e nas fontes subterrâneas da região. O objetivo é apurar possível relação entre a contaminação da água por resíduos de agrotóxicos provenientes das lavouras e a saúde dos moradores do município.

As análises devem ser feitas pelo Governos Federal e de MS e pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), sob pena de multa diária de R$ 100 mil, até que se implemente efetivamente a pesquisa de resíduos de agrotóxicos no Laboratório de Saúde Pública do Estado de Mato Grosso do Sul (Lacen/MS).  (mais…)

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Uma nova ameaça ao Tapajós

Marizilda Cruppe/Greenpeace
Marizilda Cruppe/Greenpeace

Por Luana Lila, para o Greenpeace

Nove terminais fluviais estão previstos no rio Tapajós, no Oeste do Pará, para o escoamento de grãos produzidos no Centro-Oeste do Brasil. Mas, segundo David Leal, secretário da Indústria, Comércio e Mineração do Pará, afirmou em reportagem recente do jornal Valor Econômico, não há nada – nem mesmo um plano de ação – previsto para mitigar os impactos ambientais e sociais que deverão ser causados pelas construções.

A criação de uma nova rota para escoar a produção agrícola da região será plenamente viabilizada após a conclusão do asfaltamento da BR-163, cuja área de influência foi uma das mais impactadas pelo aumento de 28% do desmatamento na Amazônia, divulgado no último balanço anual do governo. (mais…)

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ONGs criticam estratégia brasileira de desenvolvimento a todo custo

Durante o Fórum Social Temático, entidades da sociedade civil alertam para o enfraquecimento da legislação ambiental e afirmam que estão buscando novas abordagens para defender os ecossistemas

Fernanda B. Müller – Instituto CarbonoBrasil

Na última quinta-feira (23), em um evento que faz parte do Fórum Social Temático, a Fundação SOS Mata Atlântica, a Rede de ONGs da Mata Atlântica e a Frente Parlamentar Ambientalista, com o apoio da Frente Parlamentar Ambientalista do Rio Grande do Sul, realizaram os “Diálogos Socioambientais” com os temas “Código Florestal: implementação ou retrocesso” e “Unidades de Conservação ameaçadas no Brasil”.

O movimento socioambiental, a sociedade civil e representantes do poder público discutiram sobre como enfrentar os desafios que envolvem esses dois temas em um momento particularmente complicado da história brasileira, apontado por muitos durante o evento como uma fase desenvolvimentista a todo custo.

“O Código Florestal foi o primeiro tiro, vamos tomar ainda mais, o Código de Mineração está chegando”, alertou Marcelo Cardoso, coordenador executivo do Vitae Civilis. “O que temos é uma linha de desenvolvimentismo muito forte que passa por cima de todas as regras, mas também temos muitos jovens e coletivos para buscar a sustentabilidade. Precisamos ficar alertas”, ponderou Cardoso.

Não apenas a revolta dos movimentos com as mudanças na legislação ambiental – e também indígena – e a retomada no aumento das taxas de desmatamento na Amazônia mostram a urgência de iniciativas inovadoras para lidar com a realidade, mas também as tragédias que não param de se repetir em nosso país. (mais…)

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Presidente teme efeito “devastador’ à imagem do País

Uma “aliança”, ainda que não combinada, entre índios, trabalhadores sem terra, movimentos de sem teto e facções no controle de presídios às vésperas da Copa da Fifa de Futebol tem mantido o governo sob permanente tensão e obrigado ministros a uma intensa troca de informações de bastidores sobre esses “termômetros” sociais

Mauro Zanatta – O Estado de S. Paulo

Os rolezinhos em shoppings e a volta do vandalismo “black bloc” nas ruas anteciparam alguns movimentos esperados para abril ou maio, época em que o Brasil estará na vitrine internacional durante 40 ou 50 dias por causa da Copa. A presença de dezenas de TVs e publicações do mundo todo, avalia-se no governo, deve estimular manifestações dos mais variados matizes.

Há um gabinete de crise informal e permanente no governo, revelou um ministro à reportagem. “A ordem é não fazer marola. A agenda está carregada e a presidente já determinou cautela”, diz. Mas boa parte dos temas é “contencioso” de muitos anos, cuja resolução não será imediata, sobretudo a crueldade comum nas penitenciárias do País. Rebeliões internas ou ataques coordenados nas ruas teriam efeito “devastador” à imagem do Brasil.

Os ministérios da Justiça, da Defesa, do Esporte, a Secretaria-Geral da Presidência, Gabinete de Segurança Institucional e Advocacia-Geral da União (AGU) estão na linha de frente. Diariamente, a presidente Dilma Rousseff aciona auxiliares e recebe informes reservados sobre as movimentações. (mais…)

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Protesto faz governo convocar reunião de emergência sobre a Copa

Em um dos protestos mais violentos desde junho, a Polícia Militar baleou neste sábado um manifestante, que foi internado em estado crítico. A tensão gerada pela onda de manifestações pelo Brasil, com atos de depredação e forte repressão por parte da polícia, fez a presidente Dilma Rousseff (PT) tomar, neste domingo, a decisão de se reunir com sua equipe para traçar estratégia para evitar que as ações cresçam e atinjam o ápice durante a Copa do Mundo

O Estado de S. Paulo

O tema será tratado com os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Celso Amorim (Defesa) e Aldo Rebelo (Esportes). De acordo com informação de auxiliares da presidente, ainda em Lisboa, onde desceu de surpresa e pernoitou antes de seguir para Havana, Dilma foi informada de que os protestos contra a Copa feitos no sábado foram violentos, com pessoas feridas, depredações e ondas de vandalismo. A presidente, então, convocou a reunião para a volta ao Brasil.

Cardozo está de férias. De acordo com sua assessoria, ele deve retornar ao trabalho nesta terça-feira. E já encontrará uma série de demandas envolvendo a segurança da Copa, maneiras de evitar que os tumultos se espalhem pelo País e formas de conter a ação violenta contra as manifestações por parte das polícias estaduais. O governo avalia que a radicalização das ruas, em junho, teve como origem a forte repressão feita pela Polícia Militar de São Paulo aos jovens que protestavam contra o aumento da passagem de ônibus. (mais…)

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Holocausto Brasileiro. Vida, genocídio e 60 mil mortes no maior hospício do Brasil. Entrevista especial com Daniela Arbex

Foto: Luiz Alfredo/Museu da Loucura (1961)
Foto: Luiz Alfredo/Museu da Loucura (1961)

“Os funcionários alegavam não ter tido a dimensão da tragédia, que apenas seguiam a cartilha dos mais antigos. Eles também acabaram se desumanizando com o tempo”, reflete a jornalista

Por Andriolli Costa e Ricardo Machado – IHU On-Line

Durante o regime militar da Alemanha nazista, estima-se que cerca de 6 milhões de judeus perderam suas vidas nos campos de concentração. Ainda que um holocausto de tamanhas proporções jamais tenha se repetido na história desde então, a barbárie, a crueldade e a desumanização encontraram eco em vários lugares do mundo. No Brasil, uma das experiências mais emblemáticas é a do Hospital Colônia de Barbacena (MG), caso que se tornou conhecido pela alcunha de “holocausto brasileiro”. (mais…)

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