O desmatamento volta a crescer na Amazônia de 2012 a 2013. A projeção do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) é de 28%. Foram desmatados quase 6 Mil km² em 2013.
O Pará foi o campeão do desmatamento na Amazônia (41%), seguido do Mato Grosso (20%), Rondônia (16%) e Maranhão (6%).
Os dados permitem observar o desmatamento por município. No Pará, a expansão do desmatamento se concentrou nos municípios do oeste paraense. Altamira, São Félix do Xingu, Novo Repartimento, Itaituba, Placas, Novo Progresso e Anapú vêm sofrendo as maiores taxas de desmatamento. (mais…)
O Ministério Público Federal no Amazonas recomendou nesta sexta-feira (03) que o Ministério da Saúde e a Funai (Fundação Nacional do Índio) garantam o fornecimento de medicamentos e de alimentos aos índios das etnias tenharim e jiahui. Eles não podem sair das aldeias porque foram ameaçados de morte por fazendeiros e madeireiros, revoltados com o desaparecimento de três homens no interior da reserva Tenharim Marmelos, em Manicoré, no sul do Amazonas.
Os índios compravam gêneros alimentícios e eram atendidos por políticas públicas federais nas cidades de Manicoré e Humaitá, distante das aldeias de 90 a 150 quilômetros. (mais…)
Além da falta de comida e do isolamento devido a insegurança no entorno das terras indígenas do sul do Amazonas, a ausência de assistência à saúde provocou o aumento de doenças nos índios. Um dos líderes da etnia jiahui, Nilcélio Jiahui, que está na aldeia Marmelos, a 123 quilômetros de Humaitá, afirmou ao Amazônia Real que entre a população de 100 índios da etnia, mais de 30 estão doentes, com sintomas de diarreia e malária.
“Estamos há dois dias sem alimentação. Há crianças com diarreia, vômito, malária, pessoas com pressão alta já desmaiando, entre outras doenças. Não tem medicamento, nem analgésico para conter a dor. Precisamos de equipes de saúde na aldeia com urgência”, disse Nilcélio, que também afirmou temer que os indígenas mais doentes “não resistam” e possam vir a óbito.
Nilcélio Jiahu, que é uma das principais lideranças de sua etnia, contou que está desde o dia 24 de dezembro sem poder sair da aldeia devido às ameaças de não indígenas. “As ameaças começaram com os tenharim, mas chegou a nós também. Desde então, muitas mulheres, velhos e crianças estão no mato, escondidos”, disse ele. (mais…)
Brasília – O Exército inicia neste fim de semana a desintrusão de não índios da Terra Indígena Awá-Guajá. Homens das Forças Armadas foram enviados ontem (3) a São João do Caru, no Maranhão, para montar a base de operação.
O território, de 116 mil hectares, compreende os municípios de Centro Novo do Maranhão, Governador Newton Bello, Zé Doca e São João do Caru. Com a ação, o governo cumpre decisão da Justiça Federal no Maranhão, emitida no último dia 16 de dezembro pelo juiz José Carlos do Vale Madeira.
Nesta segunda (6), o Disque 100 será disponibilizado para o esclarecimento de dúvidas e o envio de denúncias sobre o processo de desintrusão. Durante a próxima semana, oficiais de Justiça darão início à notificação dos não índios para que saiam voluntariamente, dentro do prazo de 40 dias, da terra indígena. De acordo com a decisão do juiz, nesse período será permitida a retirada de bens e animais da região pelos posseiros, agricultores, madeireiros e criadores. (mais…)
Brasília – O Ministério da Saúde confirmou a exoneração da coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena de Boa Vista, Joana Claudete Schuertz. Os índios da etnia Yanomami protestavam desde o início da semana pela saída de Joana do cargo, sob a reclamação de má gestão e falta de fornecimento de medicamentos.
A decisão foi divulgada após reunião ocorrida hoje (3) na capital de Roraima entre a chefe de gabinete da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do ministério, Verbena Mello, e lideranças indígenas yonamamis. De acordo com a Sesai, a exoneração decorre depois que se avaliou “a gestão da saúde oferecida à população indígena yanomami”. Maria de Jesus do Nascimento, funcionária de carreira do distrito sanitário indígena de Boa Vista, assume interinamente a coordenação. (mais…)
A POLÍCIA FEDERAL informa que como resultado das investigações que vem desenvolvendo na operação de busca das pessoas desaparecidas, na região localizada entre as cidades de Humaitá e o distrito de Santo Antônio do Matupi (km 180), foi encontrado, na data de hoje, “um lugar de interesse pericial”.
Neste local existem sinais de um veículo incendiado.
Equipes especializadas de Peritos Criminais Federais foram encaminhadas para o local com a finalidade de realizar os exames pertinentes.
Importante frisar, visto a onda de boatos infundados que se espalha, que até o momento nenhuma pessoa ou corpo foi encontrado, assim como, não foi identificado o veículo. [grifo deste blog] (mais…)
Situação de calamidade e instabilidade está instaurada na região, palco de conflitos envolvendo indígenas desde o dia 25 de dezembro
O Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) expediu recomendação [veja abaixo, na íntegra] para garantir atendimento médico e fornecimento de medicamentos aos índios da terra indígena Tenharim Marmelos. A medida foi tomada após informações de que faltam alimentos e medicamentos no local, em razão da situação de calamidade instaurada na região sul do Amazonas, palco de conflitos envolvendo indígenas.
A recomendação foi encaminhada aos Municípios de Humaitá e Manicoré, ao Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Porto Velho e à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), que devem, em articulação com a Fundação Nacional do Índio (Funai), providenciar o atendimento médico e o fornecimento de medicamentos aos índios da terra indígena Tenharim Marmelos, mediante a permanência de equipe multidisciplinar no local, e, quando necessário, realizar a remoção dos pacientes que precisem de atendimento especializado a unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O prazo para o cumprimento das providências é de 48 horas.
O MPF/AM recomendou também à Funai que, no mesmo prazo, adote todas as providências necessárias para a prestação de assistência material aos indígenas, promovendo a articulação com os órgãos municipais, estaduais e federais para a garantia, na situação de emergência instalada, de recursos básicos para a sobrevivência do povo indígena em questão. (mais…)