Nota Pública contra a violência policial: após protestos polícia realiza chacina na Maré

luto (1)As favelas da Maré foram ocupadas por diferentes unidades da Polícia Militar do Estado do Rio (PMERJ), incluindo o Batalhão de Operações Especiais (Bope), com seu equipamento de guerra – caveirão, helicóptero e fuzis – ontem, dia 24 de junho. Tal ocupação militar aconteceu após manifestação realizada em Bonsucesso pela redução do valor da passagem de ônibus, como as inúmeras que vêm sendo realizadas por todo o país desde o dia 6 de junho. As ações da polícia levaram à morte de um morador na noite de segunda-feira. Um sargento do Bope também morreu na operação e a violência policial se intensificou, com mais nove pessoas assassinadas, numa clara demonstração de revide por parte do Estado.

Diversas manifestações estão ocorrendo em todo o país e intensamente na cidade do Rio de Janeiro. Nas última semanas a truculência policial se tornou regra e vivemos momentos de bairros sitiados e uma multidão massacrada na cidade. No ato do último dia 20, com cerca de 1 milhão de pessoas nas ruas, o poder público mobilizou a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), contando com o Choque, Ações com Cães (BAC), Cavalaria, além da Força Nacional. A ação foi de intensa violência contra a população, causando um clima de terror em diversos bairros da cidade.

Não admitimos que expressões legítimas da indignação popular sejam transformadas em argumento para incursões violentas e ocupações militares, seja sobre a massa que se manifesta pelas ruas da cidade, seja nos territórios de favelas e periferias! (mais…)

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Campanha Reaja! Estudante e militante negro de 15 anos é executado em Itacaré, sul da Bahia

LutoINFORME EMERGENCIAL – A Campanha Reaja, no calor dos acontecimentos nacionais que sacodem o país e exigem de nós um posicionamento explícito no que tange a luta antifascista, contra o racismo, o capitalismo e o totalitarismo – o ódio, o desprezo contra a população que tem resultado em situações de morte no cotidiano de nossas comunidades pobres e negras apartadas racialmente e situações de violências mediadas por instituições que deveriam servir a princípios de cidadania e direitos – vem mais uma vez seguir sua missão histórica: não dormir na luta!

Temos o desprazer e a dor profunda que nos acompanha desde maio de 2005, quando pela primeira vez tomamos as ruas contra a brutalidade policial, os grupos paramilitares, os grupos de extermínio, contra as execuções sumárias e extrajudiciais.

Hoje, recebemos as triste Nota de Falecimento de Jackson Antônio Souza de Carvalho, de 15 anos, executado em Itacaré, Sul da Bahia, com tiros de espingarda calibre 12 e enterrado de ponta-cabeça, num cemitério clandestino – ponto de desova de grupos de extermínio daquela região que em 08 meses, segundo dados dos militantes daquela região, já morreram mais de 20 jovens. (mais…)

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“Precisamos disputar corações e mentes. Quem não entrar, ficará fora da história”, diz Stedile

Por Nilton Viana, do Brasil de Fato, na Página do MST

É hora do governo aliar-se ao povo ou pagará a fatura no futuro. Essa é uma das avaliações de João Pedro Stedile, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sobre as recentes mobilizações em todo o país. Segundo ele, há uma crise urbana instalada nas cidades brasileiras, provocada por essa etapa do capitalismo financeiro.

“As pessoas estão vivendo um inferno nas grandes cidades, perdendo três, quatro horas por dia no trânsito, quando poderiam estar com a família, estudando ou tendo atividades culturais”, afirma. Para o dirigente do MST, a redução da tarifa interessava muito a todo o povo e esse foi o acerto do Movimento Passe livre, que soube convocar mobilizações em nome dos interesses do povo.

Nesta entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, Stedile fala sobre o caráter dessas mobilizações, e faz um chamamento: devemos ter consciência da natureza dessas manifestações e irmos todos para a rua disputar corações e mentes para politizar essa juventude que não tem experiência da luta de classes. “A juventude está de saco cheio dessa forma de fazer política burguesa, mercantil”, constata. (mais…)

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Nota Pública da Aty Guasu contra genocídio – 25/06/2013

Aty Guasu - assassinatos

Esta nota da Aty Guasu vem repudiar e denunciar a propaganda pública de GENOCÍDIO, ÓDIOS, VIOLÊNCIAS CONTRAS INDÍGENAS, patrocinada pela FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO MATO GROSSO DO SUL (FAMASUL). Frente ao fato de incitação pública de violências contra indígenas, vimos denunciar o ato de racismo, de estigmatização, sobretudo de discriminação pública as vidas dos indígenas pela organização dos fazendeiros do Mato Grosso do Sul (FAMASUL).

Observamos que, nos últimos dois meses de 2013, na entrada e nos centros urbanos de todas as cidades do Estado de Mato Grosso do Sul foi exposto pela FAMASUL um grande pôster e cartaz em que consta IMAGEM DO ÍNDIO E O SLOGAN CONFUSO – “ONDE TEM JUSTIÇA, TEM ESPAÇOS PARA TODOS”. Além disso, no pôster e no cartaz a imagem foi posta, por um lado, índio como sendo seres não humanos, enquanto a imagem do “branco” como sendo seres humanos incitando publicamente mais ódio, racismo, genocídio e violências contra as vidas dos indígenas brasileiros. (mais…)

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Cimi lança Relatório de Violência Contra os Povos Indígenas nesta quinta, 27

relatorio2012O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) lança nesta quinta-feira, 27, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF), às 9hs, o Relatório: Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, Dados de 2012. O levantamento abrange diversas categorias de violência contra povos e comunidades de todo o país.

Dados como o aumento de assassinatos de indígenas, o colapso da saúde, os crescentes casos de suicídios, que a cada ano bate recordes, e a baixa execução orçamentária do governo Dilma Rousseff na demarcação de terras serão revelados ao conjunto da sociedade brasileira.

“Queremos demonstrar em números o que acontece na prática e tem motivado a mobilização dos povos indígenas em busca de seus direitos, de suas terras. Nossa intenção é revelar o ciclo da violência, mostrando que ela é resultado de um processo maior”, afirma o secretário executivo do Cimi, Cleber Buzatto.

Há pelo menos 20 anos o Cimi sistematiza informações levantadas por suas equipes espalhadas pelo Brasil, que atuam próximas ou até mesmo nas próprias áreas indígenas. Dados pesquisados junto aos órgãos públicos e notícias veiculadas pela imprensa também servem de base ao relatório.  (mais…)

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Palestra e debate: Direito Humano ao Alimento e à Nutrição no Contexto Mundial das Metas do Milênio

palestra

O direito ao alimento e à nutrição apresenta-se como uma conquista recente no conjunto aos direitos humanos e sociais no contexto brasileiro e mundial. Apesar disso, a realidade da fome está presente em diferentes territórios e nações.

Este cenário justificou a indicação da redução em 50% dos famintos no mundo como o primeiro Objetivo do Milênio – ODM definido pela ONU no ano 2000 para o seu alcance em 2015. Analisar esta realidade, seus avanços e limites apresentam-se como objetivos da palestra com Dom Mauro Morelli e debate a serem realizados neste evento, que ocorrerá em 26 de junho.

As inscrições podem ser feitas no site do IHU.

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RJ – Observatório de Favelas denuncia violência policial com nove mortes no Complexo da Maré

foto: Midiacon
Movimentação de policiais do Batalhão de Choque e do Bope na entrada da comunidade Nova Holanda, no complexo de favelas da Maré (foto: Midiacon)

Vladimir Platonow, Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A operação que reúne cerca de 500 policiais militares no Complexo da Maré desde a noite de ontem (24) e que registrou até agora nove mortos deixa em pânico parte dos moradores da comunidade, que tem aproximadamente 140 mil moradores. A denúncia é de integrantes da organização não governamental Observatório das Favelas, que tem uma de suas sedes dentro do complexo.

O diretor da ONG, Mario Pires Simão, alertou para a possibilidade de que um confronto de maiores proporções acabe atingindo moradores. “Existe indicação de que algum confronto vai acontecer, o comércio está fechado e a polícia está concentrada na Avenida Brasil. As organizações sociais estão tentando fazer uma frente contra esta ação policial, que de certo modo se pauta pelo enfrentamento”, alertou. (mais…)

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Emoção e luta no primeiro encontro do Liderar

Durante cinco dias as lideranças trocaram experiências e compartilharam suas histórias de vida. 

Foto: saite IEB
Foto: saite IEB

IEB – Lideranças do Amazonas e do Pará se reuniram de 27 a 31 de maio para o primeiro encontro do Programa Liderar – Desenvolvimento de Lideranças na Amazônia,  em Brasília.  Eles atuam em várias frentes: assentamentos de reforma agrária, terras indígenas, reservas extrativistas e suas respectivas associações. Muitas vezes são ameaçados de morte, mas nunca desistem da luta. “Essas pessoas trabalham pelo interesse público e prestam um serviço para a sociedade brasileira,” afirmou Ailton Dias, diretor técnico do IEB.

O Programa Liderar, realizado pelo IEB, vai ser desenvolvido ao longo de 10 meses em um trabalho de formação continuada. Dos 105 inscritos, o comitê de seleção escolheu 15 participantes dos municípios de Apuí, Boca do Acre, Canutama, Lábrea, Manicoré e Pauiní, no sul do Amazonas, e Anapu, Barcarena, Itaituba, Juruti e São Felix do Xingu, no Pará. “Essa turma, com a diversidade de lutas e de regiões, torna a experiência do Liderar muito mais rica,” explicou Camila de Castro, coordenadora do programa.

Durante os cinco dias do encontro, as lideranças contaram suas histórias de vida e de luta, visitaram o Congresso Nacional, onde tiveram a oportunidade de acompanhar uma audiência pública, discutiram os temas a serem trabalhados e definiram as próximas etapas. Fizeram também uma visita ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), onde foram recebidos pelo presidente do órgão, Roberto Vizentin, e à Fundação Nacional do Índio (Funai), onde conversaram com a atual presidente, Maria Augusta Assirati. (mais…)

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Segundo a Agência Câmara, líderes decidem rejeitar a PEC 37

PEC 37 - DH

José Carlos Oliveira, Agência Câmara de Notícias

Os líderes decidiram votar nesta terça-feira e na quarta-feira a Medida Provisória (MP) 611/13, o projeto que destina os royalties do petróleo para a educação (PL 5500/13), os novos critérios para a distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE – PLP 288/13), e a PEC 37/11, que regulamenta as investigações criminais. Os líderes pretendem derrubar a PEC 37/11 e discutir, posteriormente, uma nova proposta que regulamente as investigações criminais e busque o entendimento entre o Ministério Público e as polícias Federal e Civil.

Há a possibilidade ainda de votar a PEC 207/12, que regulamenta as Defensorias Públicas.

Edição – Newton Araújo

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